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"Zero preocupação", diz Bolsonaro sobre vídeo de reunião

Presidente afirmou que o tom de reunião foi 'bruto', pois era reservado e se fosse em público teria usado uma forma mais 'polida'

11 mai 2020 - 19h28
(atualizado às 19h46)
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (11) que tem "zero" preocupação com o vídeo da reunião citada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro em depoimento e que comprovaria que ele foi pressionado a trocar o comando da Polícia Federal. A gravação será exibida nesta terça-feira, 12, no Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Executivo disse que decidiu entregar o vídeo pela "verdade acima de tudo."

"Zero preocupação", diz Bolsonaro sobre vídeo de reunião
"Zero preocupação", diz Bolsonaro sobre vídeo de reunião
Foto: Reuters / BBC News Brasil

Bolsonaro, no entanto, disse esperar que apenas trechos que envolvam o inquérito sejam divulgados. Ele afirmou que o tem da reunião foi "bruto", pois era reservado e se fosse em público teria usado uma forma mais "polida".

"Zero, zero (preocupação). Nós fornecemos o vídeo na íntegra. E não precisamos fornecer, no meu entender, porque não é um vídeo oficial. Até para provar que nada devemos no tocante ao inquérito."

O chefe do Executivo disse que poderia ter alegado que o vídeo não existia mais. "Filmou-se, como sempre, para aproveitar algumas imagens. Eu podia falar que não tem mais o vídeo. Não tenho obrigação de ter o vídeo. Não é o vídeo da entrada da portaria da presidência. É um vídeo reservado, mas eu resolvi assumir. A verdade acima de tudo."

Até entregar a integra ao ministro Celso de Mello, a Advocacia-Geral da União alegou que se tratava de "assuntos potencialmente sensíveis de Estados" e pediu para remeter apenas trechos. Por fim, pediu que a divulgação se restringisse aos trechos do inquérito.

Bolsonaro justificou que pediu para divulgar apenas trechos de interesse do inquérito da PF, porque estava em uma reunião reservado em que tratou de temas política internacional e segurança nacional. Ele ainda reconheceu que usou termos poucos polidos.

"Claro que se fosse uma conferência ou um evento não seria tratado daquela forma bruta, seria uma forma mais polida. Agora é justo expor o que falamos de política externa, assunto de segurança nacional? Aí não dá. Complica a situação. Eu espero que não aconteça. Esperamos que os demais poderes atuem de forma responsável", disse.

Estadão
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