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Atos marcam a semana de Combate à Intolerância Religiosa

Manifestações culturais, rodas de conversa e palestras visam chamar atenção contra o racismo religioso e pela promoção à liberdade religiosa

17 jan 2022 - 16h35
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Imagem mostra cinco pessoas com vestimentas e indumentárias religiosas do candomblé. Eles usam roupas brancas e torços brancos na cabeça
Imagem mostra cinco pessoas com vestimentas e indumentárias religiosas do candomblé. Eles usam roupas brancas e torços brancos na cabeça
Foto: GOV-BA / Alma Preta

Palestras, rodas de conversa, manifestações culturais e debates marcam a semana do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado no dia 21 de janeiro. Os eventos tiveram início no domingo (16) e seguem até o dia 20 de janeiro na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.

Promovido pela ONG Koinonia e organizado por movimentos sociais e povos de terreiro, os eventos também têm como objetivo chamar atenção para os debates contra o racismo religioso, sobretudo contra as religiões de matriz africana, e sensibilizar a sociedade sobre o respeito à livre manifestação religiosa.

Instituído em 2007, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa marca a morte da ialorixá Mãe Gilda de Ogum, que morreu vítima de um infarto fulminante após ser vítima da intolerância religiosa. O caso é considerado um dos mais emblemáticos na luta contra o racismo e o ódio religioso no Brasil.

'Racismo é o principal problema a ser enfrentado no combate à intolerância religiosa'

"Considerando que a maioria das vítimas de intolerância religiosa professam sua fé em religiões afro-brasileiras, os debates que marcam os 15 anos do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa são fundamentais para colocar em pauta o racismo religioso (intolerância às religiões de matriz africana) e a importância do diálogo inter-religioso para promoção do respeito à liberdade religiosa, que está garantido na nossa Constituição", destaca Camila Chagas, advogada e assessora da ONG Koinonia Presença Ecumênica e Serviço.

Dados recentes do Disque 100 evidenciam que as maiores vítimas da intolerância são as religiões de matriz africana. No primeiro semestre de 2019, houve crescimento de 56% no número de casos de intolerância religiosa em comparação com o mesmo período do ano anterior. Dos 354 casos registrados, 233 não tiveram segmento religioso informado, no entanto, 61 registros foram de casos cometidos contra religiões de matriz africana.

Nesse sentido, os eventos buscam pela mobilização pela liberdade e o respeito à diversidade religiosa. Confira abaixo a programação completa:

Programação

Data: 18/01 (Terça-feira)

Horário: 16h45

O que: Roda de Conversa sobre Intolerância Religiosa

Local: Igreja do Rosário dos Pretos - Salvador

Data: 20/01 (Quinta-feira)

Horário: 9h

O que: Roda de Conversa "Intolerância Religiosa é crime! Como combater e se defender?"

Local: Ilê Axé Odé Ofá Aidan Orum - Salvador

Data: 20/01 (Quinta-feira)

Horário: 18h30

O que: Roda de Conversa Virtual com a participação de Iyá Márcia e Iyá Jaciara (BA), Iyá Juçara (RJ) e Babá Gil (SP).

Local: Transmissão ao vivo no Facebook

Data: 20.01 (Quinta-feira)

Horário: 19h30

O que: Projeções

Local: Dique do Tororó - BA; Lapa - RJ; Consolação - SP

Alma Preta
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