5 jogos brasileiros do segundo dia de BGS
Segundo dia teve Tibia 2.0, God of War na cultura maia, combate não-violento, soulslike e uma carta de amor aos schmups
Como a Brazil Game Show é sinônimo de Pavilhão Indie pro Controles Voadores, vou listar aqui alguns jogos brasileiros que estão presentes lá no chão da feira pra vocês conhecerem e visitarem. Pode ser versão alfa, beta, demo ou jogo completo, se é indie br (ou com br), o Controles vai jogar.
O segundo dia de BGS uma evolução de Tibia com animações incríveis, um hack n slash viajando pela cultura da antiga cidade de Tikal, um sci-fi coop (ou solo) com foco em não sair destruindo todo bixo que se mexe, uma continuação quase oficial de um clássico dos anos 90 feita por um brasileiro e um souslike cheio de customização e que vai te render brindes.
Narcalid (Lotus Mountain Creative)
Tá, pode ser um jogo feito em Utah, mas Narcalid tem um desenvolvedor brasileiro que caiu de paraquedas no projeto (e o dev Peter Jones foi muito fofo explicando o jogo, além de ter uma foto com a careca pintada com a seta azul do Avatar). Narcalid é um metroidvania com quatro personagens com habilidades diferentes (puxar pedras, quebrar paredes, acalmar criaturas e um escudo) que você pode jogar solo alternando personagens ou em até quatro jogadores.
O jogo tem uma proposta de combate não-violento na exploração desse mundo de ficção científica. Ao invés de destruir criaturas e robôs, você precisa utilizar as habilidades distintas dos personagens pra descobrir o que está errado e como esses "inimigos" podem ser ajudados. Artes lindas e uma ideia extremamente legal.
Drakantos (Drakantos Game Studios)
Como bom tibiano na adolescência, meus olhinhos míopes brilharam ao ver Drakantos. O jogo é uma daquelas evoluções muito bem-vindas ao clássico e maior MMO de todos os tempos. A pixel art do jogo tá lindíssima e as animações de combate tão de cair o queixo.
São mais de vinte bonecos com jogabilidades diferentes, entre assassinos, magos, tanques, arqueiros, necromancers e muitos outros clássicos dos RPGs, modo PVP e várias missões pra se fazer sozinho ou em grupo também. E pra quem já tá querendo reclamar da INCRÍVEL gameplay de tibia, o combate de Drakantos é bem ativo - usei um assassino e foi beeem legal sair por aí fatiando orcs com acrobacias diferenciadas.
Povos Perdidos (Triple Eleven Game Studio)
Povos Perdidos é um jogo de aventura com combate tipo hack and slash que joga seu protagonista em um tempo antigo. Pode não ser a sinopse mais animadora, mas a Triple Eleven levou isso pra explorar a cultura maia, na cidade de Tikal. Algumas vezes, a jogabilidade pode não ser inovadora, mas um tema fresco e diferente das mitologias nórdicas, europeias e japonesas já faz meu olho brilhar um pouco diferente.
O projeto ainda está em fase bem inicial e os desenvolvedores cariocas estão super contentes de ouvir o retorno dos jogadores sobre o combate, as artes e todo o conceito de Povos Perdidos lá na feira, não deixem de pular lá pra dar esse apoio.
Beyond the Storm (Leandro Gabriel)
Eu não conhecia Tyrian, schmup de 1995 da Eclipse Software pra MS-DOS, mas o entusiasmo e paixão que o solodev Leandro Gabriel imprimiu pra me falar desse clássico dos anos 90 e do seu projeto Beyond the Storm me cativou. Cansado de esperar uma nova aventura de um de seus jogos preferidos, o desenvolvedor rondoniense colocou seus quase ou mais de vinte anos de experiência em Game Maker pra fazer a sua própria continuação.
Além de programador e desenvolvedor, Leandro se apaixonou pela música jogando Tyrian - o que o levou a ser compositor, arranjador e maestro da Orquestra Shekiná, em Cacoal. Então já dá pra ter uma ideia do quanto o schmup foi importante pra sua vida.
Acabei nem falando do Beyond em si, mas o jogo tem aquela dificuldade brutal dos schmups verticais (pelo menos pra mim), uma galáxia aberta e enorme para exploração, customização intensa da sua nave e uma trilha e gráficos totalmente originais baseadas na do clássico de 1995.
Goldilock One: The Mists of Jakaíra (Shed of Ideas Game Studios)
Combate hack n slash com aquela pegada souls de preocupação e paciência e um sistema de party tipo Genshin, pra você trocar de personagens e usar diferentes habilidades pra resolver seus problemas. Goldilock One conta a história de um criminoso exilado no lado mais frio do planeta que dá nome ao jogo e que precisa descobrir através da SURRA nos demais se você é ou não culpado. É um RPG de ação e exploração com diversos estilos de armas, customização de habilidades e itens e um inventário com um visual crocante e nostálgico, estilo Diablo e outros MMOs clássicos.
O jogo tem propostas interessantes, inimigos e combate ainda um pouco derivativos, mas com certeza os capixabas da Shed of Ideas estão no caminho certo. Lá na BGS, se você conseguir matar um dos bosses do jogo você leva na hora um copo térmico. Um desafio a altura dos jogadores de Souls (mas lembrem, se o bixo é grande e com pouca mobilidade, corre pras pernas).
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