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PARTE 5: Outros 20 jogos brasileiros que podem sair em 2023

Épico de aventura, um Hollow Knight brasileiro, vários jogos inspirados por animes e muitos puzzles interessantíssimos

2 mai 2023 - 09h53
(atualizado às 10h23)
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Mais 20 jogos nacionais pra ficar de olho
Mais 20 jogos nacionais pra ficar de olho
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Bora lá com mais uma lista de jogos brasileiros lindíssimos pra gente acompanhar nesse ano. Aqui você vai encontrar desde projetos gigantescos como o adventure brasileiro-polonês The Path of Calydra até jogos absurdos feitos por um desenvolvedor só, como Gurei. Além, claro, de muitos joguinhos inspirados em animes até porque somos todos otakus sujos.

Antes de ler esse aqui, vai lá ver as primeiras quatro listas com mais de 100 jogos indies nacionais absurdos:

1 - The Path of Calydra (Finalboss e VARSAV Game Studios)

Co-produção do Brasil com a Polônia, The Path of Calydra é um grandioso jogo de aventura 3D sobre um garotinho tímido que sofre bullying na escola e vai parar num mundo fantástico cheio de criaturas incríveis, magia e longe de qualquer sinal de internet.

Vestindo seu uniforme do colégio público, Matheus deve usar a magia de Calydra através de sua mochila para dominar os elementos, resolver puzzles, encontrar segredos e derrotar chefes enormes para recuperar o poder da entidade mágica. O jogo é absolutamente lindo e tem uns bichão sinistro a la Monster Hunter encontra Avatar do James Cameron. Imperdível!

2 - Seedless Light (Unknown Bit Games)

Seedless Light é um dos negócios mais bonitos que você vai ver hoje e eu tenho certeza disso. O jogo é é uma aventura de ação 2D com mecânicas e progressão tipo Hollow Knight, com habilidades melhoradas através de sementes, mapas fechados pra abrir ao longo do tempo e estilos diferentes de combate pra melhor enfrentar monstros que podem te destroçar com facilidade.

Seedless também tem um quê de Hollow muito forte em sua arte, com ambientes sombrios e espinhudos, mas desde que vi pela primeira vez senti um pouco de Gris nessa parte também, com traços que parecem muito pinturas e uma palheta de cores muito agradável - pode ser só viagem minha.

3 - Urbano - Legends' Debut (Barosa)

Viva um anime, só que mais legal, ou não. Urbano tem combates rítmicos estilosos e progressão de RPG, além de tarefas como dançar por dinheiro ou interagir com outros personagens tão estranhos quanto você. Ah, e obviamente você vai precisar caçar demônios ou algo do tipo durante a noite, afinal, isso aqui é tipo um anime.

O jogo é muito estiloso, com personagens cheios de peças de roupas e um traçado branco que faz tudo parecer ter saído de um álbum de figurinhas. Urbano tem histórias se cruzando e muita coisa dependendo da sua escolha entre mandar um hambúrguer pra dentro, xavecar alguém ou só soltar um papo furado.

4 - Gurei (Lobo Sagaz Studio)

Se você gosta do martírio de enfrentar o coliseu de Hollow Knight, Gurei é a parada perfeita pra você. Um boss rush com visual lindimais e animações feitas à mão com criaturas baseadas em lendas japonesas. Cada novo chefe te dá uma nova habilidade e deixa a próxima luta mais difícil que a anterior.

O jogo tem combate rápido e desafios crescentes que vão exigir domínio de cada nova técnica e um tanto de estratégia pra decidir qual a melhor ordem pra enfrentar os bichão e ganhar novos ataques.

5 - Pixel Ripped 1978 (ARVORE Immersive Experiences)

É uma baita honra do nosso tempo poder viver ao lado da Ana Ribeiro e do universo criado pela ARVORE. Pixel Ripped 1978 é mais um jogo dessa série inovadora de VR, que coloca o jogador agora na criação dos videogames, lá nos anos 70, com o comecinho do Atari. A gigante dos videogames, inclusive, é a publicadora do jogo da ARVORE (e isso é muito foda).

1978 tem uma narrativa super metalinguística em que precisamos entrar no próprio Pixel Ripped pra impedir que o vilão Cyblin Lord refaça a linha do tempo se colocando como o protagonista da série. O jogo novamente é protagonizado pela Dot, com a ajuda da "própria criadora", Bug.

6 - The Lacerator (Fernando Tittz)

Movimentação de tanque, gráfico poligonalzão sujo de PS1 e uma equipe de filme pornô capturada por um vilão slasher de filme trash. The Lacerator é um projeto paralelo do dev Fernando Tittz e tem tudo pra agradar nosso querido amigo Arthur Eloi.

O jogador controla o ator pornô Max (que parece o Heriberto Leão), que foi preso numa masmorra doidera pelo maníaco THE LACERATOR (algo tipo "o dilacerador") junto com sua equipe de filmagem. O jogo brinca com a movimentação, câmera travada, inventário limitado e vários puzzles interativos a la Resident Evil antigos, além de ter um perseguidor implacável que pode arrancar partes do seu corpo deixando a escapada ainda mais difícil. Coisa fina.

7 - Bruxólico (Amaweks)

Outro jogo que já foi lançado, mas precisa estar nessa lista, é Bruxólico. Jogo não, experiência retrô completa. Bruxólico é um videogame feito para ZX Spectrum, um computador antigo muito específico e que tem uma nova comunidade de usuários e aficionados que criam cerca de cem novos games por ano.

Um desses aficionados é o catarinense Paulo Andrés, ou Amaweks, que fez uma aventura baseada na cultura local de Florianópolis e, principalmente, na obra do artista Franklin Cascaes. O jogo tem um visual feito pra causar estranhamento e ainda conta com experiência multiplataforma, com um livro ilustrado e áudio narração que completam sua história.

8 - Relic Dudes (Achenar Studios)

Sou do time que acha que quanto mais Vampire Survivors-like tiverem, melhor. Relic Dudes é um ótimo nome nessa pegada, com um multiplayer online que permite você tentar sobreviver às hordas e mais hordas de monstros com mais três amigos.

Relic Dudes foi lançado em fevereiro e tem mais de 20 relíquias diferentes - e com promessa de mais um monte delas - pra fazer combos show de bola e destruir milhares de bonequinhos de pixel. Gostamos!

9 - Energy Survivors (Robotizar)

Energy Survivors é um shooter isométrico com melhorias constantes tipo roguelike e uma estrutura de jogo de sobrevivência que faz com que você precise sempre estar em movimento procurando fontes de energia. O jogo foi lançado em abril.

O solodev mineiro Matheus Nascimento criou uma estética futurista pós-apocalíptica e fez o jogo centrado nesse ciclo de procurar fontes de energia em um planeta alienígena no papel de um mercenário brucutu. São mais de 30 upgrades diferentes pra armas, habilidades e pros bonecos. 

10 - Torecower (Softwoolco)

Eu sou ligadão em tower defenses e Torecower reúne tudo de bom do gênero enquanto usa um estilo de arte minimalista com uma interface muito clara. O jogo da Softwoolco abraça a gente com esse visual arcade, mas logo dá um socão com a quantidade de torres e upgrades e os 20 níveis de dificuldade crescente.

Logo a tela já vai sendo tomada por aquela chuva de tirinhos e inimigos tentando invadir o centro da sua base - e a cada fase a gente ganha uma enxurrada de endorfina na medida certa. Vale ressaltar também que o Cuca, dev da sSoftwoolco, é um baita querido e ainda ensina Godot no canal dele do youtube (e tenho certeza que o resto da equipe também é muito querida).

11 - Doug's Nightmare (Undev Games) 

Bananas, bullet hell, Chtullu e ansiedade. Doug's Nightmare é um bullet hell protagonizado por uma banana chamada Doug com animações e artes feitas à mão e um universo cheio de demônios a serem destruídos.

Se você ainda não está convencido de jogar o bullet hell da banana, o jogo também tem várias armas diferentes pra você macetar demônios com porretes ou botar fogo com arminhas de plástico, além de um monte de skin desbloqueável - tipo um manto de culto pra deixar seu bananão todo estilizado.

12 - Turi Kaapora (Vortex Indie Games)

A Vortex Indie Games é um estúdio de estudantes que ainda estão na faculdade de desenvolvimento, mas que já tem um visual muito próprio e uma ideia muito boa de fazer jogos com mensagens poderosas e atuais sobre nosso meio sócio-político.

Turi-Kaapora é o projeto de TCC do grupo, um jogo que te coloca como Caipora, a guardiã dos animais, pra recuperar o fogo fátuo do Boitatá, roubado pelos caçadores e madeireiros que aprisionam as criaturas da floresta e colocam fogo em tudo. Depois do dez na entrega final do trabalho de conclusão, espero que o time siga trabalhando pra polir e aumentar ainda mais o jogo.

13 - Exodus Checkmate (NinjaDaLua)

Como faz jogo de anime essa geração, bicho! E eu gosto, viu? Exodus Checkmate te coloca como um aluno fodão que encarna a "peça do rei" para salvar sua escola da invasão de monstros xadréticos.

A base do jogo gira em torno dos rpgs clássicos de RPG Maker, com visual visto de cima, pixel-art e combate por turnos, mas a exploração de Exodus tem um charme a parte, usando visual 3d pra criar uma experiência retrô tipo Doom e Duke Nukem. São oito dungeons com temáticas e puzzles diferentes pra explorar, enfrentar inimigos e se relacionar com as outras personagens.

14 - Amabily (LightUP)

Lançado em janeiro de 2023, Amabilly é uma aventura de plataforma extremamente carismática, bonitinha e roqueirona. O jogo passa por dois tipos de fases curtas, uma envolvendo coletar itens, outra envolvendo derrotar inimigos.

O solodev Juliano Lima colocou todo seu repertório de plataformas e chefes de Mario num universo com monstros que parecem organelas celulares, uma guitarra sinistra e trilha sonora cheia de metal e pedaleira dupla. Coisa boa, coisa formosa.

15 - Brave Soldier - Invasion of Cyborgs (JM Neto Game Dev)

Quem nunca passou raiva em algum run and gun por não ter habilidade suficiente ou por não conseguir mirar direito nos bonecos que atire a primeira pedra. Até por isso eu fiquei muito interessado quando vi que Brave Soldier tem um fodendo HADOUKEN pra explodir geral na tela.

Brincadeiras a parte, o jogo do solodev foi lançado em fevereiro e tem 30 fases feitas à mão, aqueles upgrades padrões de runs and gun clássicos, trilha sonora e pixel-art retrô e vários chefes boladões pra gente quebrar a cabeça e culpar o controle por cada morte.

16 - Kalia and the Fire Staff (gdn001)

Ainda em pré-alpha, vejo um potencial muito legal em Kalia and the Fire Staff. O jogo mistura exploração e aventura num combate cheio de interatividade com o cenário e uma demônia perdida tentando sobreviver no mundo externo.

Kalia pode colocar fogo em árvores, móveis, teias de aranha e vários outros tipos de itens pra abrir novos caminhos ou causar mais dano nos inimigos infernais. Mesmo em uma versão muito inicial, já dá pra ver muita coisa legal no combate e na exploração do jogo, então bora jogar e dar todo tipo de feedback pro dev melhorar cada vez mais o projeto.

17 - Red Moon Lost Days (Neuromage Studio)

Visual novel feita para Sega Saturno, Red Moon Lost Days conta uma história sobre impérios, brigas comerciais, relações pessoais e robôs gigantes. O jogo gira em torno de uma general da Grande China, novo maior império do mundo, e sua vice-general - além de outros personagens vivendo nesse futuro tecnológico.

Red Moon Lost Days precisa de um emulador de Sega Saturno para ser jogado e apresenta uma narrativa não-linear com diversos finais diferentes de acordo com suas escolhas e ações, além de áreas exploráveis e uma arte incrível que anda entre o nostálgico e o novo (parece um anime dos anos 90!).

18 - (Dis)assemble (Dragon Fruit Studio)

(Dis)assemble nasceu de um joguinho de game jam feito pelo Michel e outro amigo e melhorado até esse produto final super fofinho, mas com carinha de complexidades malditas que vão deixar a gente maluquete. O jogo tem mais de 40 fases diferentes e vários tipos de bonecos que podem se combinar ou descombinar pra resolver quebra-cabeças.

Você pode tentar juntar e desjuntar as coisas sozinho ou em multiplayer cooperativo. Nessa mecânica de combinações, algumas peças podem andar só na vertical, outras conseguem puxar blocos - e ao misturar você vai ganhando novas possibilidades mecânicas pra resolver os puzzles.

19 - Endless Chase (Voxels Entertainment and Games)

Multiverso e viagem no tempo feitas de um jeito estilosão e edgy envolvendo um combate eterno entre representantes dos seres criadores dos universos. Endless Chase foi um daqueles jogos promissores do Corredor Indie da BGS de 2022 com gráficos realistas e propostas ousadas pra serem feitas por um estúdio indie pequeno.

O jogo vai brincar com diferentes eras temporais e cenários, já tendo revelado um futuro bem cyberpunk com cidades tecnológicas e robôs, um ambiente meio faroeste e outro parecendo brincar com o período dos samurais. Parece algo meio Deus Ex, com combates variando entre tiros, porradas e magias/técnicas diferenciadas e uma história rocambolesca misturando várias realidades.

20 - Lovestruck: Just for Me (Aurora Borealis Studio)

Não tem muito o que saber ainda sobre Lovestruck, mas o que a Aurora Borealis já mostrou me deixa curioso. O jogo vai ser uma visual novel com aquela pegada escolar de animes e de Persona, aparentemente com combates de RPG na estileira BONITA que o tweet de cima mostra.

Lovestruck primeiramente seria um jogo multiplayer online de gerenciamento e estratégia, mas o estúdio preferiu mudar o foco do projeto pra uma história single-player focada em narrativa. Além do novo jogo, a Aurora Borealis também tem uma agência de VTubers chamada AuroStars.

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