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Anfavea prevê normalização de semicondutores só em 2022

Balanço de vendas da Anfavea em maio indica período de estabilidade no mercado automotivo, mas a falta de semicondutores preocupa setor

8 jun 2021 - 13h01
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Luiz Carlos Moraes: normalização de semicondutores só em 2022.
Luiz Carlos Moraes: normalização de semicondutores só em 2022.
Foto: Anfavea/Reprodução YouTube

A produção de veículos no Brasil se manteve em um patamar estável durante os cinco primeiros meses do ano. O balanço divulgado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) indica que a produção de automóveis em maio foi de 192,8 mil unidades, apenas 1% superior à de abril deste ano. Apesar do número positivo, a entidade reafirmou a preocupação com a crise global de fornecimento de semicondutores. 

De acordo com a Anfavea, a produção de veículos no país se manteve num patamar entre 190 mil e 200 mil unidades por mês desde janeiro, seguindo uma espécie de “teto técnico” justamente pela falta dos semicondutores, que forçou diversas montadoras a paralisarem as linhas de produção temporariamente. Vale ainda lembrar que a entidade já havia alertado sobre essa possibilidade em novembro do ano passado. 

“Esse problema, que deve se alongar até os primeiros meses de 2022, é o responsável pelas paralisações temporárias de parte de nossas fábricas, algumas por períodos curtos, outras mais longos", explica o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes. Dentre os fatores que contribuíram para a escassez de componentes estão o aumento da demanda por semicondutores pelos setores de telecomunicações e computação. 

Escassez de semicondutores tem afetado a indústria automotiva em escala global.
Escassez de semicondutores tem afetado a indústria automotiva em escala global.
Foto: Anfavea/Reprodução YouTube

Além disso, a concentração da produção de semicondutores na Ásia também foi um dos pontos abordados na entrevista coletiva virtual. “Estados Unidos e países da Europa captaram o sinal de alerta e já estão desenvolvendo políticas industriais no sentido de produzir localmente esses componentes eletrônicos, que são a base de toda a revolução tecnológica do 5G, internet das coisas, automação e outras já em curso”, acrescenta Moraes.

“Existe uma estimativa inicial de perda de 3% a 5% da produção global de automóveis em 2021”, disse Moraes. De acordo com a Anfavea, o estoque de veículos se manteve estável em maio, embora esteja em um patamar baixo desde novembro do ano passado. O estoque atual é de 97 mil unidades, número suficiente para cerca de 15 dias de vendas. Normalmente, a entidade costuma trabalhar com cerca de quatro meses de estoque. 

Uma das preocupações é de como o mercado se comportará a partir do segundo semestre do ano, período em que costuma registrar mais vendas. De acordo com a Anfavea, isso se deve pela estimativa de que a produção global de semicondutores em 2021 não terá a capacidade de cobrir toda a demanda do setor automotivo. Com isso, a falta de carros novos pode ocasionar no aumento da procura por automóveis usados, ou pela decisão de postergar a compra para o ano que vem.

Vendas de automóveis atingiram em maio um patamar próximo ao de 2019.
Vendas de automóveis atingiram em maio um patamar próximo ao de 2019.
Foto: Anfavea/Reprodução YouTube

Apesar das paralisações na produção, a Anfavea comemorou o crescimento das vendas em maio. Foram licenciados quase 189 mil autoveículos (inclui caminhões e ônibus) no mês passado, um crescimento de 7,7% em relação a abril. Além disso, a exportação de carros subiu ainda mais. Cerca de 37 mil carros foram embarcados, 9,1% a mais do que no mês passado. No acumulado até maio, os licenciamentos chegaram a 891,7 mil, e as exportações a 166,6 mil, números que se aproximam do patamar atingido em 2019, antes da pandemia.

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