Audi 100 Duo de 1989 foi o primeiro híbrido plug-in da marca
Conceito mostrado no Salão de Genebra há 31 anos podia rodar até 39 km sem o uso do motor a combustão. Apenas dez carros foram produzidos
Embora apenas nos últimos anos os automóveis híbridos plug-in tenham se tornado mais populares, nas décadas passadas os fabricantes já faziam os seus experimentos com veículos que combinam motores elétrico e a gasolina e permitem a recarga das baterias em uma fonte externa de energia. No caso da Audi, o primeiro carro dotado desta tecnologia foi o 100 Avant Quattro Duo, um conceito mostrado no Salão de Genebra (Suíça) de 1989.
Partindo de uma station 100 Avant de produção, o híbrido trazia um motor 2.3 de cinco cilindros e 136 cv para mover as rodas dianteiras, enquanto um pequeno motor elétrico de 12,6 cv funcionava ligado ao eixo traseiro. Apesar da baixa potência, o bom torque do propulsor alimentado por baterias de níquel-cádmio (montadas sob o piso do porta-malas) permitia ao veículo atingir 50 km/h sem o uso do motor a combustão.
Diferente dos carros híbridos atuais, em que a eletrônica se encarrega de gerenciar o funcionamento dos motores, na 100 Avant Quattro Duo essa transição precisava ser feita manualmente: o motorista tinha que colocar o câmbio automático em “neutro” para então acionar o motor elétrico, em um botão posicionado no console central.
As baterias permitiam ao motor elétrico um alcance de 39 km. Além da tomada, a recarga das baterias era feita também por painéis solares instalados no teto da station e também pelos freios regenerativos, que transformam a energia cinética liberada nas frenagens em eletricidade.
Ao todo, foram produzidas 10 unidades da Duo em 1989. Os exemplares foram empregados em um programa de testes que incluiu o emprego como táxi na cidade de Ingolstadt (Alemanha), até que foram aposentados. O carro das fotos faz parte do acervo de veículos históricos da marca. O primeiro híbrido de produção da Audi viria em 1997, quando foi lançada uma edição limitada da Audi A4 Avant.