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Audi tem plano de carro por assinatura a partir de R$ 9.590

Modelos A6, A7, Q8 e E-tron são os veículos disponíveis. Assinatura contempla 2.000 km de franquia por mês e inclui vários itens pagos

25 set 2020 - 13h00
(atualizado às 19h39)
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Audi E-tron Performance Black: por R$ 10.590 por mês, cliente pode rodar 2.000 km.
Audi E-tron Performance Black: por R$ 10.590 por mês, cliente pode rodar 2.000 km.
Foto: Audi / Divulgação

A utilização no lugar da posse. Este é o novo paradigma que bate à porta das montadoras e parece que nenhuma marca conseguirá fugir disso. Nesse cenário, a Audi do Brasil anunciou nesta sexta-feira (25) um projeto piloto inovador de carro por assinatura. Ele começa já em setembro, foi batizado de Audi Luxury Signature, e tem quatro modelos disponíveis: o sedã A6, o sedã-cupê A7, o SUV Q8 e o elétrico E-Tron.

Segundo a Audi, a assinatura vai funcionar como os streamings de vídeo e áudio. Da mesma forma que o cliente paga uma mensalidade para o Netflix, para o Amazon Prime, para o Deezer ou para o Spotify, pagará uma assinatura para usar um carro da Audi. Claro que os valores são bem mais salgados. Segundo a Audi, a assinatura vai incluir seguro, IPVA, licenciamento, assistência 24 horas e manutenção preventiva. Além disso, como opcional, é possível adicionar até blindagem do carro. Os assinantes poderão rodar até 2.000 km por mês com o Audi escolhido.

Audi A6 Sedan: modelo mais barato no plano de assinatura custa R$ 9.590 por mês.
Audi A6 Sedan: modelo mais barato no plano de assinatura custa R$ 9.590 por mês.
Foto: Audi / Divulgação

Os planos variam de acordo com o modelo desejado e terão duração mínima de 24 meses. São 20 carros disponíveis dois A6 Sedan, dois A7 Sportback, oito Q8 e oito E-tron. Os valores da assinatura são os seguintes:

  • A6 Sedan: R$ 9.590
  • E-Tron Performance: R$ 9.990
  • E-Tron Performance Black: R$ 10.590
  • A7 Sportback: R$ 10.990
  • Q8 Performance: R$ 12.590
  • Q8 Performance Black: R$ 13.290

Portanto, uma assinatura do Audi A6 Sedan custará R$ 230.160 no período de dois anos. Os únicos gastos do assinante em relação ao carro serão com combustível, pedágio e estacionamento. Trata-se de um carro que custa R$ 426.990. Já assinatura bianual de um Audi Q8 Performance Black, que custa R$ 515.990, sairá por um total de R$ 318.960.

Audi Q8: carro mais caro do programa custa R$ 515.990 e a assinatura sai por um total de R$ 318.960.
Audi Q8: carro mais caro do programa custa R$ 515.990 e a assinatura sai por um total de R$ 318.960.
Foto: Audi / Divulgação

Nesta primeira fase, o Audi Luxury Signature será realizado na Grande São Paulo e terá 20 unidades à disposição dos clientes. O projeto piloto é desenvolvido em parceria com a Fleet Solutions, empresa do Grupo Volkswagen que atua na terceirização e gestão de frotas, e terá quatro meses de duração, de setembro a dezembro, período em que o modelo de negócios será avaliado pelas perspectivas do cliente, da concessionária e da montadora.

Audi vai parar de produzir carros no Brasil

Para Johannes Roscheck, presidente da Audi do Brasil, “a indústria da mobilidade passa por uma revolução muito intensa nos últimos anos e o avanço da tecnologia nos permite hoje explorar novos modelos de negócios”. Por outro, a Audi está dando marcha-à-ré na fabricação de carros no Brasil. Segundo os sites Automotive Business e AutoData, especializados nos negócios da indústria automobilística, o A3 Sedan será produzido somente até o fim deste ano em São José dos Pinhais (PR). Depois disso, a nova geração será importada, da mesma forma que ocorre com o novo Q3.

Novo Audi A3 Sedan: virá ao Brasil só como importado se o governo não pagar a dívida.
Novo Audi A3 Sedan: virá ao Brasil só como importado se o governo não pagar a dívida.
Foto: Audi / Divulgação

A Audi do Brasil está negociando com a matriz alemã a continuidade da produção no país. “Roscheck admite que um elemento importante nesse convencimento será receber do governo o super IPI com majoração de 30 pontos porcentuais, que foi pago de 2012 a 2017 durante a vigência do Inovar-Auto e, pelas regras do programa, deveria ter sido devolvido às montadoras que investiram em fábricas no País”, noticiou Automotive Business. O governo brasileiro deve R$ 289 milhões às três marcas de luxo alemãs (Audi, BMW e Mercedes-Benz).

“Especialmente neste momento em que a pandemia afetou os resultados em todo o mundo, é difícil convencer a matriz a fazer um novo investimento enquanto temos esses recursos a receber aqui”, disse Roscheck ao Automotive Business. “Fica difícil convencer a matriz de investir em um mercado que não cumpre compromissos”, desabafou o CEO da Audi ao AutoData. “Estamos preparados para brigar por um novo projeto, mas vai depender das discussões.” 

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