Avaliação: Honda Civic EX ainda tem bom custo-benefício
Versão intermediária do Honda Civic, versão EX 2.0 custa R$ 120.400 e ainda é uma opção atraente num ambiente de carros caríssimos
O Honda Civic EX está posicionado bem no meio entre as cinco versões do sedã japonês. Ele custa R$ 120.400. Abaixo do Civic EX, temos as versões Sport (R$ 115.900) e LX (R$ 109.300). Acima do Civic EX ficam as versões topo de linha EXL (R$ 126.500) e Touring (R$ 149.400). Das quatro versões, só a Touring utiliza motor 1.5 turbo de 173 cavalos; todas as outras mantêm o motor 2.0 aspirado flex de 150/155 cv (gasolina/etanol). Num ambiente de carros caríssimos, como se transformou o mercado brasileiro, o Civic EX ainda tem um bom custo-benefício.
Visualmente, o Civic EX é tão imponente quanto as duas versões acima dele. A grade frontal e as molduras laterais do para-choque têm acabamento cromado, bem como rodas de liga leve aro 17 com dez raios e acabamento em grafite brilhante. Na traseira, o acabamento é cromado na parte inferior do para-choque. Um detalhe que não faz muita diferença na beleza do carro: as colunas das portas não têm acabamento em preto brilhante.
Na linha 2021, o Civic EX passou a contar com o sistema Smart Key, que elimina a necessidade da chave para a abertura e partida do veículo, agora feita pelo botão Push Start. A versão EX também ganhou saídas de ar condicionado traseiras e sensor de estacionamento traseiro, dois equipamentos que melhoraram o conforto e as manobras de estacionamento. Afinal, o Civic mede 4,461 m e tem 1,799 m de largura (sem contar os espelhos retrovisores).
Em termos de equipamentos, a única coisa que realmente faz falta no Civic EX, em relação ao EXL, é a nova central multimídia 7” com botão físico giratório para controle do volume, o que torna mais cômoda a operação do sistema de áudio. No EX é comum confundir o botão do ar-condicionado com o botão de sistema de áudio. A versão intermediária também vem sem faróis Full LED e faróis de neblina não são de LED. Dá para “sobreviver” sem esses luxos.
Em termos dinâmicos, o Civic EX 2.0 continua sendo um ótimo carro. O motor de 150/155 cv entrega uma boa aceleração de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos, considerando o porte do carro. O consumo não chega a ser ruim, pois dá para fazer 13,9 km/l de gasolina na estrada e 10,5 km/l na cidade. Vai depender, claro, da tocada do motorista. Com etanol, o consumo é de 8,9 km/l na estrada e 7,2 na cidade. Não vale a pena viajar abastecido com etanol.Devido à sua ótima aerodinâmica, o Honda Civic atinge 192 km/h de velocidade máxima.
O câmbio é automático do tipo CVT (continuamente variável) de 7 marchas com conversor de torque. É possível fazer trocas de marcha pelo volante, o que tira um pouco da monotonia do câmbio CVT. Como tem pneus largos (215/50 R17) e é bem baixo (1,433 m de altura), o Civic EX é bastante estável nas curvas. Seu sistema de freios (a disco nas quatro rodas, ventilados na dianteira) é bastante eficiente. O carro realmente transmite segurança para o condutor, mesmo em velocidades mais altas. Graças à suspensão traseira independente, o Honda Civic EX tem um comportamento dinâmico exemplar.
Ainda existe alguma dúvida sobre a continuidade da produção do Civic no Brasil, devido ao valor do carro (que fez as vendas caírem), mas a Honda já registrou a nova geração do Civic no Brasil e não parece ter intenção de deixar este segmento no colo da rival Toyota (com o Corolla). De qualquer forma, o Civic atual ainda é muito bom, embora seu visual espalhafatoso na parte traseira tenha deixado os clientes conservadores mais próximos do Toyota Corolla, do Chevrolet Cruze e do Volkswagen Jetta. Por isso, a próxima geração do Civic terá um design mais comedido.
Com um porta-malas de 519 litros e um recipiente de 7,2 litros no console central (dá para guardar um tablet e fechar a tampa), além de amplos porta-objetos nas portas, o Honda Civic EX 2.0 é um carro interessante. Ele tem muitos itens eletrônicos de segurança, como controle de tração e estabilidade, auxílio de partida em rampa), vetorização de torque, luz de frenagem de emergência, freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, luzes de rodagem diurna, lanternas traseiras de LED e monitoramento de pressão dos pneus, além de seis airbags.
Considerando que todos os carros ficaram caríssimos, o Honda Civic EX deve ser olhado dentro desse novo panorama, que, tudo indica, continuará por bastante tempo no mercado brasileiro. O motor 2.0 i-VTEC atinge sua potência máxima de 150/155 cv a 6.300 rpm e entrega o torque máximo de 191 Nm a 4.800 rpm. São números que mostram um caráter estradeiro -- e, de fato, na rodovia é onde o Civic realmente mostra suas melhores qualidades.
O Honda Civic EX 2021 pode ser adquirido nas cores Branco Tafetá (sólida), Azul Cósmico, Cinza Barium, Prata Platinum (metálicas), Preto Cristal (perolizada) e Branco Estelar (perolizada especial). Como esta versão vem com bancos de couro, a cor do revestimento varia conforme a cor externa: interior cinza para as tonalidades Cinza Barium, Azul Cósmico e Branco Estelar e interior preto para as tonalidades Branco Tafetá, Prata Platinum e Preto Cristal. A garantia da Honda é de três anos, sem limite de quilometragem.
Os números
- Preço: R$ 120.400
- Motor: 2.0 flex
- Potência: 155 cv a 6.300 rpm (e)
- Torque: 191 Nm a 4.800 rpm (g)
- Câmbio: 7 marchas CVT
- Comprimento: 4,641 m
- Largura: 1,799 m
- Altura: 1,433 m
- Entre-eixos: 2,700 m
- Peso: 1.290 kg
- Pneus: 215/50 R17
- Porta-malas: 519 litros
- Tanque: 56 litros
- 0-100 km/h: 10s9
- Velocidade máxima: 195 km/h
- Consumo cidade: 10,5 km/litro (g)
- Consumo estrada: 13,0 km/litro (g)
- Emissão de CO2: 118 g/km