Avaliação: Honda CR-V é um SUV perfeito para a família
Mais seguro e conectado, o Honda CR-V 2021 confirma sua maturidade, agrada a família inteira e revela porque é um dos top SUV globais
O Honda CR-V é top global quando se fala em SUV. O carro sempre disputa a liderança mundial em vendas. E não é por menos. Trata-se de um SUV familiar com todas as características para agradar uma família de cinco pessoas. Foi o que comprovamos mais uma vez, agora numa avaliação mais detalhada do Honda CR-V 2021, que traz o facelift da atual geração - a quinta.
Mas, por que o Honda CR-V é tão admirado pelas famílias de muitos países? Primeiro porque é discreto. O CR-V pode até não ganhar um concurso de beleza perante seus rivais alemães, ingleses ou até japonês - como o Lexus RX 350 -, mas ganha muitos pontos por ser discreto. Trata-se de um detalhe de segurança não chamar tanta atenção nas ruas.
Ele também não é feio. Suas linhas são discretas, porém modernas, sóbrias e elegantes. Se não tem sofisticação no design, tem funcionalidade. O carro tem o visual clássico do SUV moderno, com a frente elevada, rodas grandes, cabine espaçosa e alta, traseira ligeiramente inclinada para não prejudicar a capacidade do porta-malas (bons 522 litros). A grade frontal, as rodas de 18”, as lanternas e as saídas de escapamento têm novo design.
O interior do CR-V ganhou um console redesenhado, com carregamento do celular por indução e um reposicionamento das entradas USB dianteiras. A Honda também aplicou um botão de girar para controle do volume do som junto à tela multimídia, que não é muito grande, tem 7”. O acabamento interno imita madeira para dar um ar de sofisticação. Como itens funcionais que agradam os usuários, o Honda CR-V traz Head-Up Display e sistema Start-Stop com Auto Hold.
Rodando, o CR-V é extremamente amigável, fácil de estacionar (pois não é muito largo), não raspa no chão (pois é bem alto), tem a direção leve, os comandos bem posicionados, boa posição de dirigir, boa visibilidade externa e bancos bastante confortáveis.
A principal melhoria no carro foi a adoção do Honda Sense, um sistema de segurança mais evoluído. Agora o CR-V traz piloto automático adaptativo (ACC), sistema de frenagem para mitigação de colisão, assistente de permanência em faixa e sistema para mitigação de evasão de pista. O ACC funciona entre 40 e 145 km/h e amplia bastante o conforto em situações de tráfego intenso. É um item valorizado especialmente nos Estados Unidos, onde os carros percorrem dezenas de km na mesma faixa de velocidade e sem mudanças na qualidade das estradas.
Embora seja um SUV, o Honda CR-V não tem características de uso off-road radical, como modelos da Land Rover. Mesmo assim, ele conta com um sistema de tração nas quatro rodas Real Time AWD. O próprio sistema de tração maximiza o uso da aderência e capacidade de subida disponíveis. A operação é completamente automática - uma segurança extra em caso de chuva, por exemplo.
O motor é 1.5 turbo a gasolina de 190 cv e 240 Nm. A potência máxima surge a 5.600 rpm e o torque máximo está disponível numa faixa ampla, que vai de 2.000 a 5.000 rpm. Junto com um câmbio CVT de 7 marchas, o motor permite que o CR-V acelere de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos e atinja 201 km/h. De novo, o SUV grande da Honda não é um campeão de arrancada na categoria, por isso ele atende exatamente a um perfil familiar mais conservador, que aprecia uma viagem tranquila, sem grandes aventuras em termos de velocidade. Para quem dirige, a posição ao volante é bastante elevada. Para quem é passageiro, há um grande espaço a bordo.
Por ser alto e pesado, o Honda CR-V tem um comportamento dinâmico focado no conforto. A suspensão é mole para dar ao carro um rodar bem macio. Claro que isso afeta a inclinação nas curvas, por isso o desempenho limitado também está de acordo com a proposta do carro. Para ser um SUV “voador”, o CR-V teria que ser rebaixado e ter a suspensão mais dura - mas, assim, perderia sua clientela fiel em todo o planeta.
No consumo, o Honda CR-V 2021 ficou mais econômico do que o modelo anterior: agora faz 11,0 km/l de gasolina na cidade e 12,3 km/l na estrada. Assim, sua eficiência energética melhorou, de 1,97 para 1,88 MJ/km e a emissão de CO2 caiu de 122 para 116 g/km. Ele tem nota C na classificação geral do Inmetro, mas em sua categoria (Utilitário Esportivo Grande 4x4) é nota A. A única versão disponível é a Touring, que custa R$ 264.900 (preço nacional) ou R$ 274.700 (São Paulo).
ITEM | CONCEITO | NOTA |
MOTOR | Muito bom | 8 |
CÂMBIO | Muito bom | 8 |
SUSPENSÃO | Muito bom | 8 |
FREIOS | Ótimo | 9 |
DIREÇÃO | Muito bom | 8,5 |
EQUIPAMENTOS | Ótimo | 9 |
ERGONOMIA | Ótimo | 9 |
PORTA-MALAS | Ótimo | 9,5 |
ACABAMENTO | Ótimo | 9 |
DESIGN | Bom | 6 |
VEREDICTO | Muito bom | 8,4 |
Os números
- Preço: R$ 264.900
- Motor: 1.5 turbo
- Potência: 190 cv a 5.600 rpm
- Torque: 240 Nm a 2.000 rpm
- Câmbio: 7 marchas CVT
- Comprimento: 4,591 m
- Largura: 1,855 m
- Altura: 1,667 m
- Entre-eixos: 2,660 m
- Vão livre: 208 mm
- Peso: 1.629 kg
- Pneus: 235/60 R18
- Porta-malas: 522 litros
- Carga útil: 523 kg
- Tanque: 57 litros
- 0-100 km/h: 10s1
- Velocidade máxima: 201 km/h
- Consumo cidade: 11,0 km/l
- Consumo estrada: 12,3 km/l
- Emissão de CO2: 116 g/km