Carro elétrico x combustão. Qual custa menos para manter?
Estudo feito por startup brasileira compara os custos de manutenção e eficiência de carros elétricos e modelos equivalentes a combustão
Os custos de um carro elétrico podem ser até 10 vezes menores do que os de um modelo equivalente a combustão. É o que indica um estudo realizado pela UCorp, startup brasileira de tecnologia e soluções de mobilidade corporativa focada em veículos elétricos. A análise comparou os custos de manutenção, eficiência e até emissão de CO2 de carros elétricos e a combustão.
Um dos destaques dos carros elétricos é a não emissão de gases de efeito estufa. Com isso, o ciclo de vida do veículo terá menos emissões de poluentes do que um modelo a combustão. De acordo com o estudo, um veículo a gasolina, por exemplo, emite em média 150 gramas de gás carbônico (CO2) por km rodado. Isso sem contar os demais gases poluentes emitidos durante o uso. Após 20 mil km rodados, um carro a combustão chega a produzir 3 toneladas de CO2, enquanto um elétrico emite apenas 70 kg.
A análise feita pela UCorp também mostra que um carro a combustão chega a ter em média 2.400 peças. No caso de um carro elétrico, esse número cai para cerca de 250. De acordo com a startup, essa diferença se reflete nos custos de manutenção. Uma revisão periódica de seis meses, por exemplo, custa em média R$ 250 para um carro elétrico. Já para um carro a combustão, esse valor chega a R$ 800.
Outra vantagem dos carros elétricos são os custos de recarga. Segundo a análise, na hora de encher o tanque de veículo a combustão, o custo médio é de R$ 275. No caso de um carro elétrico, uma carga completa custa apenas R$ 22,44, valor cerca de 10 vezes menor, e que se torna ainda mais relevante em tempos em que o preço dos combustíveis ultrapassa os R$ 6 chegando a quase R$ 7 por litro.
A startup destaca que o valor da economia ao optar por um carro elétrico chega a ser 10 vezes maior. "Dentre os benefícios temos a diminuição na produção de CO2, maior eficiência quando colocado em movimento, melhor desempenho e a diminuição de gastos na manutenção. Quando falamos de frotas eletrificadas temos melhora na gestão das empresas sobre como uso dos carros pelos colaboradores, diminuição de carros nas ruas, de multas, e economia na locação de carros pelas empresas", afirma Guilherme Cavalcante, CEO e fundador da UCorp.
Em todo o mundo, são muitos os movimentos em prol do aumento da frota elétrica. Recentemente a General Motors anunciou o investimento de 35 bilhões de dólares em carros autônomos e elétricos até 2025, além de uma parceria com a Honda que dará origem a dois SUVs elétricos inéditos. No Brasil, a Nissan acaba de ampliar a rede de concessionárias autorizadas a vender o elétrico Leaf de 7 para 44 pontos de venda.