Conheça a história e a evolução dos rádios automotivos
Mercedes-Benz relembra evolução dos rádios automotivos; do rádio-cassete ao streaming, confira o que mudou em mais de 100 anos de história
Há mais de 135 anos os automóveis permitem mobilidade individual para todos e o rádio também faz parte dessa jornada há mais de 100 anos. Os primeiros rádios automotivos surgiram nos EUA no início dos anos 1920 e logo se espalharam pela Europa, como itens exclusivos e personalizados feitos por aficionados e utilizando como base a tecnologia contemporânea de válvula de rádio. Uma das montadoras pioneiras a adotar os rádios automotivos foi a Mercedes-Benz.
Em um artigo datado de 13 de agosto de 1922, o jornal alemão Berliner Illustrierte Zeitung relata o “wireless como um passatempo -- a moda mais recente na América”. A história apresentava ilustrações de uma instalação de rádio, incluindo um sistema de antena passando pelo para-brisa. “Sem dúvida, automóveis e rádios são a combinação perfeita. A velocidade com que os veículos permitem a mudança de localização é complementada pela liberdade espacial do rádio”, dizia uma reportagem da revista especializada alemã Funkschau em 1931.
O primeiro rádio automotivo produzido em massa na Europa foi fabricado pela Bosch e foi apresentado em 1932. O aparelho pesava 15 kg e tinha um preço altíssimo, sendo considerado um opcional de luxo. Na época, também era comum conectar a unidade de controle diretamente ao painel de instrumentos, enquanto o componente receptor e o amplificador eram instalados em um local diferente, como no porta-malas.
No entanto, o rádio criado pela Bosch já era comparativamente compacto, tornando possível instalar a tecnologia abaixo do painel de instrumentos. Um dos primeiros carros a contar com um rádio integrado ao veículo foi o Mercedes 770 “Grand Mercedes”, que tinha um dial redondo de estação de rádio próximo aos comandos do painel e dentro do campo de visão do motorista.
Após a Segunda Guerra Mundial, os rádios automotivos tornaram-se significativamente mais compactos e foi possível integrá-los completamente ao painel de instrumentos. No Mercedes-Benz 170 S (W 136), o primeiro veículo de luxo da marca no pós-guerra, o rádio já estava disponível como opcional em 1950. Na mesma década, surgiram os primeiros rádios FM (frequência modulada), que ofereciam melhor qualidade sonora e de sinal, e contavam com teclas de rádio e funções de varredura de estação.
Já nos anos 60, surgiram tecnologias como transistor, slot de fita cassete e som estéreo. Já nos anos 70, foi a vez do recurso Autofahrer-Rundfunk-Informationssystem (transmissão de informações para motoristas, em alemão), um sistema inteligente que identificava as notícias de tráfego transmitidas como parte do programa de rádio e aumentava ligeiramente o volume.
Desde então, as unidades de rádio nos veículos foram aprimoradas como um sistema completo de mídia digital e tecnologia da informação. Nos anos 80, surgiram os primeiros rádios com leitores de CD integrados, combinados com navegação por satélite na década de 1990. Quase na virada do século, surgiu a primeira “central multimídia” automotiva. A introdução do display Comand e de um sistema operacional representa um marco na Mercedes-Benz, celebrando sua estreia mundial em 1998 nos modelos Classe S.
Anos depois, surgiram diversas tecnologias, como as disqueteiras de CDs -- hoje em desuso -- recepção de rádio digital, streaming via smartphones ou MP3 de um pen drive USB. Atualmente, a tecnologia oferece opções que vão muito além de entretenimento, notícias e notificações de trânsito. Os carros da Mercedes-Benz contam com o sistema de infoentretenimento adaptável e personalizável MBUX (Mercedes-Benz User Experience).