Dodge Challenger elétrico? Meta seria bater Tesla Model S
Stellantis quer transformar o Dodge Challenger num supercarro elétrico para superar o Tesla Model S na aceleração; conheça os desafios
Nos 10 anos que ganhou para mostrar seu valor, a Dodge deve ser a marca de carros elétricos superpotentes da Stellantis. Uma meta já teria sido estabelecida, segundo o site Motor1: transformar o Dodge Challenger num poderoso carro elétrico capaz de superar o Tesla Model S na aceleração.
Trata-se de um duelo de gigantes. O Tesla Model S Plaid se tornou o carro de produção mais rápido do mundo ao acelerar de 0 a 96 km/h em mísero 1,9 segundo. Totalmente elétrico, o Tesla detém, portanto, o título que era do Dodge Challenger Demon: 0 a 100 km/h em 2,3 segundos.
Ninguém de fato precisa de um carro tão rápido. Mas a indústria automobilística não vive só de necessidades reais e sim de desafios criados por ela mesma para valorizar suas marcas e vender mais carros. Por isso, o movimento da Stellantis é importante. Dona de mais de uma dúzia de marcas, a Stellantis precisa posicionar cada uma delas de forma diferente para que todas possam sobreviver.
Um desses casos é a Dodge. Alguns anos atrás, ainda sob a administração da FCA (Fiat Chrysler Automobiles), a Dodge já tinha seu destino mais ou menos traçado. A empresa sabia que teria de abandonar os incríveis motores Hellcat 6.2 V8 com mais de 800 cavalos para investir em propulsão elétrica. Mas a FCA não era a campeã da tecnologia elétrica, por isso o desafio era bastante complexo. Agora, não. Com a Stellantis, o grupo ganhou a expertise elétrica da PSA (Peugeot Citroën) e tem mais possibilidades, inclusive de escala industrial, reduzindo os custos.
Para atingir o objetivo de superar o Tesla Model S Plaid, entretanto, o Dodge Challenger precisa recomeçar do zero. A plataforma do modelo atual é ultrapassada para as necessidades de um carro elétrico extremamente rápido. Por isso, o Challenger (Desafiador, em inglês) terá um longo caminho pela frente para baixar da marca dos 2 segundos sem um motor a combustão interna.
Alguns analistas também consideram que a FCA errou ao tirar da Dodge as picapes Ram, transformando a Ram em marca própria. Esta, entretanto, é uma decisão sem volta. A Ram vai muito bem em todos os países nos quais atua. Restrita praticamente aos muscle cars, a Dodge ficou em situação complicada. Agora, a ideia do momento é ser uma espécie de Tesla superesportiva, produzindo muscle cars com zero emissão.