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Existe espaço para os SUVs da Ranger e da Amarok?

Somente três SUVs atualmente utilizam carroceria sobre chassi. Projeto Cyclone da Ford Volkswagen seria uma volta à raiz

21 jan 2020 - 08h00
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Um SUV raiz derivado das picapes Ford Ranger e VW Amarok vem aí.
Um SUV raiz derivado das picapes Ford Ranger e VW Amarok vem aí.
Foto: Autoblog / Reprodução

Já faz um bom tempo que a Ford e a Volkswagen anunciaram o Projeto Cyclone, que desenvolve de forma conjunta as novas gerações das picapes Ranger e Amarok. Concorrente elas são, mas como os carros estão virando commodities, o que faz a diferença é o valor de cada marca, por isso vale a pena a economia no desenvolvimento. A bomba que caiu recentemente na América do Sul, entretanto, foi que junto com as picapes podem surgir dois novos SUVs: o SUV Ranger e o SUV Amarok.

Faz sentido? Sim, pois o mercado tem atualmente somente três carros com essa configuração: Toyota SW4 (derivado da picape Hilux), Chevrolet Trailblazer (derivado da picape S10) e Mitsubishi Pajero Sport (derivado da picape L200). As vendas desses carros não são muito expressivas. O SW4 é o que mais vende: 13.523 unidades no ano passado, um bom número. Já o Trailblazer vendeu apenas 3.360 e o Pajero (contando Sport + Full) emplacou 2.195. 

Num mercado superior a 600 mil unidades/ano (total de SUVs vendidos no Brasil), os pouco mais de 19 mil emplacamentos do trio chassi+carroceria é bem pouco. Porém, estamos falando de projetos antigos. Com certeza os SUVs das novas Ranger e Amarok seriam bem mais ao gosto dos clientes atuais.

Mitsubishi Pajero Sport: SUV raiz derivado da picape L200 que convive com o Pajero Full.
Mitsubishi Pajero Sport: SUV raiz derivado da picape L200 que convive com o Pajero Full.
Foto: Mitsubishi / Divulgação

Segundo o site Autoblog, da Argentina, o SUV da Amarok já tem até código de fabricação para os fornecedores: U704. O da picape Amarok é J73 e o da picape Ranger é P703. Não sabemos o código do SUV da Ranger. No Projeto Cyclone, a união da Ford e da Volkswagen não será total, como nos tempos da Autolatina. A Ford entrará com seu conhecimento histórico da fabricação de picapes e veículos comerciais, enquanto a Volkswagen compartilhará sua experiência em veículos elétricos e tecnologias autônomas.

É improvável que os novos SUVs da Ranger e da Amarok utilizem o paradigma dos utilitários esportivos atuais, que são fabricados em carroceria monobloco. Mas isso não pode ser descartado, pois, para oferecer uma dirigibilidade compatível com o que se tem hoje, a Ford e a Volkswagen teriam que fazer uma suspensão traseira bastante complexa, partindo do projeto que a Mercedes-Benz desenvolveu para a picape Classe X. 

De qualquer forma, a dobradinha Ford-Volks mostra que as duas empresas irão além nesse segmento. É possível que os SUVs (e também as referidas picapes das novas gerações) surjam com versões puramente elétricas ou, pelo menos, híbridas e, claro, com tração 4x4. A aplicação de motorização eletrificada em veículos comerciais é uma tendência forte, tanto que a VW produzirá um caminhão elétrico para o mercado brasileiro. Por que não usar toda essa tecnologia também num SUV raiz?

Primeira imagem da futura geração da picape Ranger, que chega em 2022.
Primeira imagem da futura geração da picape Ranger, que chega em 2022.
Foto: Autoblog / Reprodução

A Volks já chegou a desenvolver um SUV sobre a plataforma da Amarok atual, porém nunca se animou a colocá-lo no mercado. O fato é que, pensado inicialmente para atender ao mercado de picapes da América do Sul, o Projeto Cyclone ganhou um grande impulso com a introdução dessa variante, digamos, civil. A nova Ranger já teve imagens reveladas há algum tempo pelo Autoblog. Agora cresce a curiosidade sobre os novos utilitários esportivos.

Um fato não passou despercebido pela alta cúpula do Projeto Cyclone. Mesmo com pouco volume de vendas, o Toyota SW4, o Chevrolet Trailblazer e o Mitsubishi Pajero Sport são carros altamente lucrativos. Eles atendem a uma parcela do público que precisa de um carro grande e não abrem mão da robustez construtiva oferecida pela carroceria sobre chassi -- portanto, paga o preço. Estamos falando de carros que devem custar R$ 200 mil para começar.

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