Fiat Mobi Way, o aventureiro 1.0, é refém dos opcionais
Rival do Renault Kwid Outsider, o Mobi Way só fica competitivo com alguns kits pagos à parte. Veja o que é bom e o que pode melhorar
O Mobi Way é o topo de linha do subcompacto da Fiat e se diferencia por equipamentos e elementos de aventura. Ele é mais barato do que o seu Kwid Outsider, da Renault, que custa R$ 45.890. Porém, como é costume da Fiat, o preço inicial do Mobi Way não traz alguns equipamentos importantes, como o sistema de som, por exemplo.
O Mobi Way passou a contar recentemente com um novo pacote de opcionais, o Kit Série Especial Extreme, que custa R$ 2.950 e oferece diversos apetrechos e equipamentos, com destaque para câmera de ré no retrovisor interno e sensor de estacionamento traseiro.
Outra boa intervenção da Fiat foi no aperfeiçoamento do Kit Live On, que tem duas entradas USB. Todas as versões do Mobi podem ser equipadas com um novo kit de apelo estético no valor de R$ 990, o Pack Cross, que é composto por adesivo no capô, calotas escurecidas, faixas laterais e pintura bicolor (com teto preto).
O que nós gostamos
A suspensão mais alta e reforçada absorve bem as irregularidades do piso.
Apesar de simples, o quadro de instrumentos conta com indicador de trocas de marcha, que orienta o motorista a ter melhor desempenho e consumo de combustível.
Esta versão oferece comando interno de abertura do tanque de combustível e do porta-malas, itens que são opcionais do Kit Comfort no Mobi Like.
Os vidros elétricos dianteiros possuem sistema one touch e anti esmagamento.
De série, oferece a função Lane Change, que permite o acionamento das setas por alguns segundos, na direção selecionada pelo motorista.
Os bancos traseiros são bipartidos e rebatíveis.
Embora não tenha iluminação, o porta-malas tem bom acabamento. A base de acesso tem revestimento plástico, sem lataria aparente.
O que pode melhorar
No Mobi Way, a direção ainda é hidráulica. Nas versões mais caras, equipadas com motor de três cilindros, o carro oferece direção com assistência elétrica e função City, que a deixa ainda mais leve.
A Fiat deveria adotar o motor 1.0 Firefly 6V de três cilindros em toda a linha Mobi. O motor Fire 1.0 Evo 8V de quatro cilindros dá conta do recado, porém tem consumo e desempenho que deixam a desejar, ainda mais para um hatch subcompacto.
O câmbio manual de cinco velocidades também precisa melhorar. Os engates são longos, prejudicando o desempenho, o conforto e o consumo de combustível.
O isolamento acústico não é muito eficiente, o ruído externo invade a cabine, prejudicando o conforto ao rodar. Na estrada, o problema é ainda mais evidente.
A suspensão mais elevada faz com que a cabine incline com mais facilidade em curvas acentuadas.
O assento central traseiro não possui encosto de cabeça nem cinto retrátil de três pontos.
O tampão do porta-malas tem acabamento de plástico e se solta com facilidade.
O banco do motorista não oferece ajuste de altura e o volante não é regulável em profundidade.
O sistema de som não é de série, sendo oferecido somente nos pacotes de opcionais. O Kit Connect sai por R$ 1.620.
Item | Conceito |
Nota (0 a 5) |
---|---|---|
Desempenho | Básico | 1 |
Consumo | Muito bom | 4 |
Segurança | Básico | 1 |
Conectividade | Ruim | 0 |
Conforto | Médio | 2 |
Pacote de Série | Básico | 1 |
Usabilidade | Médio | 2 |
Veredicto | Médio | 1,6 |
Os números
- Preço: R$ 42.340
- Motor: 1.0 flex
- Potência máxima: 75 cv a 6.250 rpm (e)
- Torque máximo: 97 Nm a 3.250 rpm (e)
- Câmbio: 5 marchas MT
- Comprimento: 3,596 m
- Largura: 1,685 m
- Altura: 1,550 m
- Entre-eixos: 2,305 m
- Vão livre: 171 mm
- Peso: 940 kg
- Pneus: 175/65 R14
- Porta-malas: 215 litros
- Tanque: 47 litros
- 0-100 km/h: 13s8
- Velocidade máxima: 152 km/h
- Consumo cidade: 12,6 km/l (g)
- Consumo estrada: 14,2 km/l (g)
- Emissão de CO2: 100 g/km