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Importados da Abeifa registram queda de quase 40% em 1 ano

Apesar do aumento na produção nacional, Abeifa destaca impactos da crise dos semicondutores e alta do dólar nas vendas de carros importados

8 nov 2021 - 13h07
(atualizado em 11/11/2021 às 22h45)
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Volvo XC40 Recharge Pure Electric
Volvo XC40 Recharge Pure Electric
Foto: Fabio Aro/Volvo

Em outubro, as onze marcas filiadas à Abeifa registraram 6.308 unidades, considerando as vendas de carros importados e modelos com produção nacional. De acordo com a entidade, o resultado se traduz em um aumento de 2,6% ante setembro de 2021, quando foram comercializadas 6.149 unidades. Comparado a outubro do ano passado - que registrou 5.783 veículos - o aumento é de 9,1%.

Considerando apenas o licenciamento de veículos produzidos no Brasil, as marcas da Abeifa chegaram a 4.711 unidades, um aumento de 10,1% ante aos resultados do mês anterior e de alta de 49,6% em relação a outubro de 2020. Já na importação, as 1.597 unidades vendidas significaram uma queda de 14,6% ante as 1.871 unidades de setembro de 2021 e de 39,4% ante outubro de 2020. 

P.MARCAVENDAS
1Volvo635
2Kia404
3Porsche175
4Land Rover168
5Jaguar78

Somadas as unidades importadas e as nacionais, com total de 61.344 veículos nos primeiros dez meses de 2021, as associadas à Abeifa registram percentual positivo de 32,7%. Em 2020, em igual período comparativo, o total de licenciamentos foi de 46.225 unidades. Apesar do aumento na produção nacional, a entidade destaca que a instabilidade do fornecimento de semicondutores e a desvalorização cambial têm impactado sobretudo na disponibilidade e nas vendas de unidades importadas.

“Tanto na importação como na produção nacional, mais uma vez as nossas associadas não conseguiram atender à demanda potencial, por conta da falta de produtos em consequência do abastecimento instável de semicondutores. Infelizmente, a indústria automotiva internacional deve ser impactada pela falta de insumos ao longo do próximo ano. Isso tem provocado fila de espera por vários modelos importados”, avalia João Oliveira, presidente da Abeifa.

Não bastasse a instabilidade de desembarque de veículos importados no país, o presidente da entidade também manifestou preocupação com a renovação da lista de exceção aos produtos híbridos e elétricos, cujo imposto de importação varia de 0% a 7%, dependendo da eficiência energética dos produtos. A tarifa excepcional vence no dia 31 de dezembro próximo.

“Vale ressaltar que as associadas à Abeifa têm expressiva representatividade em híbridos e elétricos premium. Se não acontecer a renovação do regime, poderemos ter um 2022 ainda mais difícil, porque a paridade cambial do real com o dólar e o euro ainda é muito desfavorável ao importador brasileiro e também porque 2022 será fortemente impactado pelas eleições gerais no Brasil”, argumenta João Oliveira.

João Henrique Garbin de Oliveira, da Abeifa
João Henrique Garbin de Oliveira, da Abeifa
Foto: Abeifa/Divulgação

Com essas parciais mensais, no acumulado dos primeiros dez meses do ano, as unidades importadas significaram queda de 4,9%: de janeiro a outubro de 2021, foram registradas 21.392 unidades contra 22.491 emplacamentos de importados em igual período de 2020. Já a produção nacional das associadas à Abeifa acumula 39.952 unidades licenciadas contra 23.734 unidades até outubro de 2020, alta de 68,3%. No acumulado do ano, com 61.344 unidades, as associadas representam 3,79% do mercado interno brasileiro (1.620.109 unidades).

Segundo a Abeifa, com as 6.308 unidades licenciadas (importados + produção nacional), a participação das associadas à Abeifa em setembro foi de apenas 4,2% do mercado total de automóveis e comerciais leves (150.079 unidades). Quanto aos carros importados, a participação da associação foi de apenas 1% do mercado interno brasileiro, enquanto as unidades nacionais, com 4.711 veículos, representam um marketshare de 3,1%.

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