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Montadoras vão deixar de vender 950 mil carros em 2020

Queda será de 30% e as vendas ficarão em 1,864 milhão, prevê consultoria IHS Markit. Mesmo assim, os preços dos carros devem subir 5%

17 abr 2020 - 12h14
(atualizado às 12h23)
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Chevrolet Tracker: desempenho nas vendas afetado por chegar junto com a pandemia.
Chevrolet Tracker: desempenho nas vendas afetado por chegar junto com a pandemia.
Foto: GM / Divulgação

O mercado brasileiro de carros vai sofrer mais do que a média mundial por causa da pandemia de coronavírus. Enquanto a média global prevista é de 22%, no Brasil o recuo será de 30%. O total de veículos leves emplacados será de apenas 1,864 milhão. A previsão é da consultoria IHS Markit e foi feita hoje por Fernando Trujillo numa live na internet com o jornalista Pedro Kutney, editor do site Automotive Business, especializado na indústria. Com esse total, o mercado de veículos leves (automóveis de passeio, picapes, vans e furgões) recua para o patamar da crise econômica de 2016 e 2017.

Trujillo afirmou que a queda na produção ficará em torno de 31%, fechando o ano com apenas 1,939 milhão. O consultor da IHS Markit disse que o segmento de carros de entrada -- onde se situam modelos como Chevrolet Onix Joy, Renault Kwid e Volkswagen Gol -- será mais afetado por causa do desemprego, que a consultoria prevê em 16%. Assim, as montadoras deixarão de vender cerca de 950 mil carros em 2020. Apesar disso, os preços dos veículos devem subir 5% nos próximos meses, devido à elevação dos custos, especialmente por causa do dólar a R$ 5,26. Para 2021, o cenário previsto pela IHS Markit é de recuperação, com aumento de 23% nas vendas (2,292 milhões) e de 28% na produção (2,495 milhões). 

Renault Kwid: um dos mais fortes representantes do segmento de entrada, que vai sofrer mais.
Renault Kwid: um dos mais fortes representantes do segmento de entrada, que vai sofrer mais.
Foto: Sergio Quintanilha / Guia do Carro

Pior do que o Brasil está a Argentina. A previsão para o mercado argentino é de queda de 41% nas vendas deste ano (apenas 260 mil unidades) e 19% na produção (265 mil). Em 2021, segundo a IHS Markit, a Argentina terá 15% de aumento nas vendas (300 mil) e 40% de aumento na produção (371), em função da rápida recuperação do mercado brasileiro.

Fernando Trujillo afirmou também que os lançamentos de carros previstos para 2020 e 2021 deverão ser mantidos, porém com atraso de dois ou três meses. A partir de 2022, porém, os novos projetos correm sérios riscos, pois a perda de faturamento das montadoras será global. “Lançamento sempre puxa o mercado para cima, mas não acredito que deva acontecer muito nessa situação”, disse Trujillo, sobre a expectativa de novos modelos aquecerem as vendas. Para se ter uma ideia, a maior venda do Chevrolet Tracker -- um dos mais aguardados lançamentos do ano -- foi em março, com apenas 1.907 unidades.

Fernando Trujillo, da IHS Markit, respondeu às perguntas de Pedro Kutney na live ABX20
Fernando Trujillo, da IHS Markit, respondeu às perguntas de Pedro Kutney na live ABX20
Foto: Automotive Business / Reprodução
Guia do Carro
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