Novo Audi RS 6 Avant é muito mais que uma perua esportiva
Não é sempre que se encontra um carro de 600 cv que entrega a praticidade de uma station wagon com extrema esportividade. Eis o RS 6 Avant
Falou em “save the wagons” é com a Audi mesmo. A marca alemã mantém viva suas peruas e sempre brinda os fãs com a esportividade dos modelos RS 4 e RS 6, que transformam os pacatos A4 Avant e A6 Avant em foguetes com rodas. A novidade para o Brasil é a chegada do novo Audi RS 6, o mais brutal representante da linha Avant. Um carro que aumenta o significado de uma perua esportiva.
Poucos carros combinam o refinamento na técnica, a emoção da esportividade e a praticidade no uso como o Audi RS 6 Avant. Não por outro motivo, custa R$ 793.990 no Brasil (rico não compra, só milionário mesmo). O espaço no porta-malas é de 565 litros. Internamente, o carro é bem espaçoso, por conta do entre-eixos é de 2,930 m. Este Audi é a prova de que a velha fórmula das peruas pode, sim, manter-se viva perante a invasão de SUVs de alto desempenho
O motor V8 biturbo de 4,0 litros agora conta com um sistema híbrido leve de 48 volts para entregar uma espantosa cavalaria de 600 cv. A proposta do Audi RS 6 Avant não é ser um esportivo nervoso, puro-sangue, que exige muita perícia ao volante, mas sim oferecer o máximo em esportividade para uma família. Trata-se, seguramente, de um dos carros mais versáteis da marca, em termos de utilização.
Faz tempo que a Audi aposta nessa fórmula. O primeiro modelo a chegar ao Brasil foi o RS 2 Avant, lançado em 1994 numa parceria tecnológica com a Porsche. Em 2005 surgiu o RS 4 Avant, com motor 4.2 V8. Três anos depois, a ousadia foi ainda maior, com o lançamento do RS 6 Avant V10 biturbo de 5,0 litros com 580 cv. Esse carro acelerava de 0-100 km/h em 3,6 segundos.
Não precisava mais que isso, mas a Audi foi além. Nesta quarta geração, o Audi RS 6 ficou um pouco mais potente e ganhou mais rigidez, pois o processo de produção também evoluiu. A plataforma usada é a MLB. A suspensão é multilink na frente e atrás, com ajuste pneumático. Segundo a Audi, a suspensão esportiva RS reduz a rolagem da carroceria nos modos dinâmicos (porém, ainda não pudemos experimentar esse modelo, devido à pandemia de coronavírus).
A aceleração de 0-100 km/h continua sendo de 3,6 segundos, pois o foco da Audi foi melhorar a eficiência do motor V8 de 3996 cm3 -- daí a adoção do sistema híbrido leve. Os 600 cv são entregues a 6.000 rpm. O torque impressionante de 800 Nm está disponível em sua totalidade a partir de 2.050 giros do motor. O novo RS 6 Avant tem transmissão automática Tiptronic com conversor de torque de oito marchas e tração integral Quattro. A velocidade máxima é de 280 km/h, mas pode subir a 305 km/h se o cliente optar por instalar freios de carbono (+R$ 75.000).
A beleza do carro continua sendo um ponto alto. Visto por fora, o RS 6 Avant é de tirar o fôlego, tanto mais para quem sofre com a lenta extinção das peruas. No interior, o consolo e o painel trazem o conceito digital, com dois grandes displays de alta resolução sensíveis ao toque. A tela superior tem 10,1” e traz as funções multimídia, compatíveis com Android e iOS. O display inferior tem 8,6” e permite o controle das funções de conforto, além de entrada de texto. O quadro de instrumentos também é digital (Audi Virtual Cockpit).
Para possuir um Audi RS 6 Avant é preciso dispor de uma garagem grande. A perua esportiva mede 4,995 m de comprimento e 1,951 m de largura (sem contar os espelhos). A altura, esta sim, é baixa, apenas 1,460 m, o que reforça ainda mais sua esportividade. Os pneus são 275/35 R21, ou seja, têm quase a largura de uma régua escolar. O consumo fica na casa dos 6 km/l na cidade e 9,5 km/l na estrada, o que explica o enorme tanque de 73 litros e a opção da Audi pelo sistema híbrido leve.