Renault Captur: 1.6 por R$ 94 mil ou 2.0 por R$ 95 mil?
O Captur tem duas versões Intense que só se diferenciam pelo motor e câmbio: 1.6 CVT e 2.0 AT. Descubra qual é o melhor para você
Quando o Renault Captur estreou no Brasil, ele tinha apenas uma versão com câmbio automático. Ele tinha motor 2.0, enquanto as versões com câmbio manual utilizavam o motor 1.6. Porém, se o motor 2.0 oferecia 28 cavalos a mais de potência, a transmissão automática tinha apenas quatro marchas. Por isso, quando a Renault lançou a versão 1.6 com câmbio CVT, a estratégia da marca foi posicioná-lo bem próximo do Captur 2.0.
Hoje, a versão Intense (intermediária) tem apenas R$ 1.000 de diferença entre o 1.6 CVT e o 2.0 AT4. O Captur Intense 1.6 custa R$ 93.990, enquanto o Captur 2.0 sai por R$ 94.990. Em termos de equipamentos, opcionais e até mesmo tamanho de rodas, eles são absolutamente iguais. As rodas são de 17”. Opcionalmente, somente o banco de couro está disponível e custa R$ 1.700.
Entretanto, como o Captur tem um design premiado, a Renault decidiu ganhar algum em cima das cores. Somente o carro branco pode ser comprado sem custo extra. As cores prata, cinza e preta saem por R$ 1.650. O mesmo preço é cobrada pelas combinação com teto prata: preto/prata e cinza/prata. Para ter o teto preto, porém, é preciso pagar R$ 3.100. As combinações oferecidas são as seguintes: cinza/preto, branco/preto, vermelho/preto e prata/preto.
O Captur Intense 1.6 é 66 kg mais leve do que o Captur Intense 2.0. Porém, a relação peso/potência do 2.0 é melhor. Por isso, ele é mais rápido na estrada e proporciona arrancadas superiores na cidade também, pois a relação peso/torque dele igualmente é melhor. Todavia, o 2.0 é mais gastão. Não tanto pelo motor, mas por causa do câmbio automático ultrapassado, de apenas quatro marchas. Com poucas velocidades, nem sempre o motor está na faixa de giros ideal, por isso o consumo sobe.
Para quem busca prazer ao dirigir, o câmbio automático de quatro marchas do Captur 2.0 não chega a ser muito inferior ao CVT do Captur 1.6. A falta de aletas para trocas manuais deixa o câmbio um tanto monótono. Porém, como o CVT X-tronic simula trocas automáticas, o motorista que usa mais o carro na cidade pode se sentir melhor com o Captur 1.6. A decisão, portanto, fica mesmo na questão do desempenho versus consumo. Para quem busca desempenho, o Captur 2.0 é mais de 2 segundos mais rápido numa aceleração de 0-100 km/h. Para quem se preocupa com o consumo, o Captur 1.6 chega a ser 16% mais econômico na cidade.
Na versão Intense, o Captur já vem com controle de tração/estabilidade, quatro airbags, chave cartão, retrovisores rebatíveis eletricamente, ar-condicionado automático, Media Nav com tela tátil de 7”, câmera de ré, sensor de chuva, farol de neblina com função cornering e sensor de luminosidade. As rodas de 17” e são diamantadas.
No Captur 1.6, a transmissão CVT (continuamente variável) é do tipo X-Tronic, que tem polias menores, é 13% mais leve que um convencional e ocupa menos espaço. Esse câmbio tem seis marchas, que podem ser trocadas sequencialmente pela alavanca. O Captur Intense 2.0 utiliza transmissão automática de quatro velocidades. Esse câmbio é antiquado e cobra muito no consumo de combustível. Tanto que é muito raro uma marca cobrar quase o mesmo preço por um carro 2.0 em relação a um similar 1.6.
O que nós gostamos
- O Captur 1.6 com câmbio CVT tem uma utilização agradável no trânsito urbano e ficou melhor que o 1.6 manual.
- O motor 1.6 SCe tem gerenciamento eletrônico para entregar mais potência com menos consumo. Uma das possibilidades do Captur é dirigir no modo Eco.
O que pode melhorar
- Alguns comandos ficam mal posicionados dentro da cabine, como os botões do regulador e limitador de velocidade e da função Eco (auxilia no consumo de combustível), que ficam próximos ao freio de mão.
- Não há regulagem de profundidade da coluna de direção e os materiais do acabamento interno poderiam ser melhores, visto que há uso de muito plástico rígido.
- Não ter ajuste de profundidade do volante já seria ruim, mas não ter nem ajuste de altura era uma ausência grave. Felizmente, a Renault corrigiu esse problema.
- A tela multimídia está mal posicionada no painel, pois obriga o motorista a baixar os olhos toda vez que precisa consultar alguma informação (o navegador, por exemplo).
Item | 1.6 CVT | 2.0 AT4 |
---|---|---|
Preço | R$ 93.990 | R$ 94.990 |
Motor | 1.6 flex | 2.0 flex |
Potência |
120 cv a 5.500 rpm (e) |
148 cv a 5.750 rpm (e) |
Torque |
159 Nm a 4.000 rpm (g/e) |
205 Nm a 4.000 rpm (e) |
Câmbio | 6 marchas CVT | 4 marchas AT |
Peso | 1.286 kg | 1.352 kg |
0-100 km/h | 13s1 | 10s9 |
Velocidade máxima |
169 km/h | 179 km/h |
Autonomia cidade |
10,5 km/l (g) | 8,8 km/l (g) |
Autonomia estrada |
11,7 km/l (g) | 10,8 km/l (g) |
Consumo cidade |
9,5 litros por 100 km |
11,4 litros por 100 km |
Consumo estrada |
8,5 litros por 100 km |
9,2 litros por 100 km |
Alcance cidade |
525 km | 440 km |
Alcance estrada |
585 km | 540 km |
Emissão de CO2 |
122 g/km | 141 g/km |
Notas no Imnetro |
C (geral) D (categoria) |
C (geral) E (categoria) |
No que eles são iguais
- Comprimento: 4,329 m
- Largura: 1,813 m
- Altura: 1,619 m
- Entre-eixos: 2,673 m
- Pneus: 215/60 R17
- Porta-malas: 437 litros
- Tanque: 50 litros