Test Drive: Jeep Commander Overland TD380 4x4
Test Drive do Jeep Commander Overland TD380 4x4, versão topo de linha a diesel, que custa R$ 287.990
Lançado no final de agosto, o Jeep Commander começou a ser entregue em setembro já na linha 2022. A versão Overland TD380 4x4 é a topo de linha do SUV de 7 lugares, que tem mais outras três configurações - uma diesel (Limited) e duas flex (Limited e Overland). Ele é um modelo da categoria D-SUV (utilitário esportivo grande).
O que é novo
> Esta é a primeira geração do Jeep Commander, portanto tudo é novo no carro. Ele é fabricado em Goiana (PE) e divide a linha de produção da Jeep com dois modelos menores: Renegade (B-SUV) e Compass (C-SUV).
> O Commander é o primeiro SUV de 7 lugares da Jeep Brasil. Ele aumenta o nível de sofisticação dos Jeep nacionais. Trata-se do primeiro modelo desenvolvido no país com um conceito global.
> O motor é o 2.0 do Jeep Compass, mas no Commander ele recebeu um mapa de calibração específico, novo volante (do motor), novo conversor de torque e nova turbina, além de ter a curva de pedal aprimorada, permitindo um aumento de torque de 350 Nm para 380 Nm.
O que nós gostamos
> O design frontal agrada por trazer as sete fendas da grade (padrão da marca) e os faróis unificados com uma assinatura própria dentro da gama.
> Os faróis full led possuem pisca-pisca dinâmico. Lanternas, também em led, faróis de neblina e DRL também são em led.
> O interior é muito refinado e traz bancos de couro com detalhes em suede. Os assentos têm costura aparente, com tom acobreado, bordado no encosto e nos assentos dos bancos. Há ótimo espaço para porta-objetos, num total de 31 litros.
> A terceira fileira de bancos tem o mesmo padrão dos bancos dianteiros e traseiros. Mesmo configurado para 7 lugares há 233 litros disponíveis para bagagem. Com 5 passageiros são ótimos 661 litros. Com a segunda e terceira fileira de bancos rebatidos, há um gigante espaço de 1.760 litros, maior do que o de uma picape média.
> O quadro de instrumentos é digital de 10,25”, personalizável. A central multimídia, full HD, tem display de 10,1” com navegação por GPS e espelhamento Android e Apple sem cabo. O carregamento do smartphone é por indução e ainda há USB para carregamento com cabo nas três fileiras de assentos.
> O carro tem alto nível de segurança, com seis airbags e itens de condução semiautônoma, como frenagem de emergência. E tudo é facilmente configurável no display central.
> A posição de dirigir é bastante elevada, mas o acesso ao carro é fácil. O Commander também tem boa altura mínima do solo, com 21,2 cm de vão livre.
> O motor a diesel de 170 cv e o câmbio automático de 9 marchas entregam no Jeep Commander a mesma qualidade já vista na dupla Renegade e Compass, porém com torque ainda maior.
> Apesar do porte grande (4,77 m), o Jeep Commander é fácil de estacionar, pois não é muito largo (tem 1,86 m de largura).
O que pode melhorar
> De uma forma geral, o design do Jeep Commander está muito distante do visual dos modelos da Jeep importados dos Estados Unidos. Visto de lado, o carro parece ser desproporcional. A traseira é o ponto fraco do Commander em termos visuais.
> O espaço para pernas na terceira fileira foi muito prejudicado com a decisão de oferecer um bagageiro razoável mesmo com 7 passageiros. Por isso, é preciso avançar o banco do meio para frente, o que também reduz o espaço para pernas.
> O motor 2.0 a diesel não é muito eficiente e coloca o Jeep Commander na categoria D do Inmetro. Sua potência específica é baixa (87 cv/l).
Ao volante
> Só tivemos oportunidade de dirigir o Jeep Commander na cidade, devido à pouca disponibilidade dos carros até o momento. Ele tem uma posição de dirigir excelente, pois os bancos são anatômicos, com regulagem elétrica, e o volante tem ajuste de altura e de profundidade.
> No trânsito urbano, o Commander a diesel mostra ótima desenvoltura, pois o torque é generoso (380 Nm) e está disponível num regime baixo de rotações (1.750 rpm).
> Na frenagem de 90 a 0 km/h, o carro para sem desvios de trajetória, o que mostra um bom comportamento em caso de emergência.
> O Commander tem vão livre menor e ângulo de entrada pior do que seu irmão menor, o Jeep Compass Trailhawk - portanto, sua capacidade de transpor alguns obstáculos é um pouco limitada na comparação “caseira”, mas, rodando na cidade, em nenhum momento ele raspou a frente no piso.
> Devido ao peso (1,9 tonelada), o Jeep Commander é meio lento - vai de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos. Sua relação peso/potência também não é muito alta (11,2 kg/cv), mas a relação peso/torque é ótima (5 kg/Nm), o que proporciona boas retomadas de velocidade - mérito também do câmbio AT9.
Principais números
Motor: 2.0 turbo diesel
Potência: 170 cv a 3.750 rpm
Torque: 380 Nm a 1.750 rpm
Câmbio: AT9
Tração: 4x4
0 a 100 km/h: 11s6
Velocidade máxima: 197 km/h
Porta-malas: 661 litros (5 lugares)
Autonomia cidade: 10,3 km/l
Autonomia estrada: 12,9 km/l
Alcance: 787 km