Teste: Chevrolet Montana Sport ainda usa base do Corsa
Fabricada sobre a plataforma do antigo Corsa de 1994, a picape usa motor 1.4 e carrega 765 kg, mas pode melhorar
O modelo atual da Chevrolet Montana foi lançado em 2010, com visual herdado do Agile e motor 1.4 flex de 99 cv de potência. Apesar das mudanças no projeto da cabine, a picape chegou com a mesma plataforma utilizada no Corsa desde 1994, o que a torna muito defasada em relação a outros carros da atualidade.
Uma das provas disso é a ergonomia ruim, demarcada pelo volante e pedais desalinhados, por exemplo. Além disso, os engates do câmbio manual de cinco velocidades são ásperos e imprecisos.
Quando ao assunto é segurança, a Chevrolet Montana também não consegue disfarçar o projeto defasado. Itens como controles eletrônicos de tração e estabilidade e airbags laterais não estão disponíveis nem como opcional. De série, a picape só oferece os obrigatórios airbags frontais e freios ABS.
ITEM | CONCEITO | NOTA |
---|---|---|
Desempenho | médio | 2 |
Consumo | bom | 3 |
Segurança | médio | 2 |
Conectividade | médio | 2 |
Conforto | médio | 2 |
Pacote de série | básico | 1 |
Usabilidade | médio | 2 |
VEREDICTO | MÉDIO | 2,0 |
No quesito desempenho, a Montana também deixa a desejar, principalmente quando a caçamba está carregada. A direção hidráulica deveria ser mais precisa para melhorar o conforto em dias de trabalho e a estabilidade em viagens rodoviárias.
A capacidade de carga da caçamba é uma das principais qualidades do carro. A Chevrolet Montana é capaz de suportar até 765 kg (a maior da categoria). O volume do compartimento da também é bastante grande (1152 litros) e só perde para a Fiat Strada (1220 litros).
Entre as três picapes pequenas comercializadas no Brasil, a Chevrolet Montana é a que tem menor volume de vendas, sendo comercializada em apenas duas versões: a LS, de entrada, e a Sport, topo de linha.
A lista de equipamentos de série da versão avaliada (Sport) inclui itens como sensor crepuscular, chave canivete, piloto automático, indicador de trocas de marcha, iluminação no porta-luvas, regulagem de altura do banco do motorista e rodas de alumínio aro 16’’.
O que é novo
- O motor 1.4 flex passou por algumas modificações em 2016.
- Freio de baixo arrasto e pneus verdes também foram incrementados na linha 2017.
O que nós gostamos
- Capacidade de carga da caçamba (765 kg).
- Volume caçamba (1.152 litros).
- Visibilidade traseira.
O que pode melhorar
- Ergonomia.
- Engates do câmbio.
- Estabilidade.
- Desempenho.
- Itens de segurança.
- Não há opção de cabine dupla nem estendida.
- Faltam sensores de estacionamento traseiros e iluminação no compartimento de carga, nesta versão mais cara.
Os números
- Motor: 1.4 flex
- Potência máxima: 99 cv a 6.000 rpm (g/e)
- Torque máximo: 127 Nm a 3.200 rpm (e)
- Câmbio: 5 marchas MT
- Comprimento: 4,514 m
- Largura: 1,700 m
- Altura: 1,572 m
- Entre-eixos: 2,669 m
- Peso: 1.136 kg
- Pneus: 195/55 R16
- Caçamba: 1.136 litros
- Carga útil: 765 kg
- Tanque: 49 litros
- 0-100 km/h: 10s4
- Velocidade máxima: 170 km/h
- Consumo cidade: 11,3 km/l (g)
- Consumo estrada: 12,6 km/l (g)
- Emissão de CO2: 113 g/km
- Modelo avaliado: 2019