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Teste: Peugeot 208 Allure 1.2 tem consumo campeão

Ele continua oferecendo equipamentos exclusivos para a categoria, mas precisa de atualização nos itens de segurança e conectividade

3 out 2019 - 11h08
(atualizado em 5/10/2019 às 08h13)
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O Peugeot 208 Allure é bonito, mas as vendas são fracas.
O Peugeot 208 Allure é bonito, mas as vendas são fracas.
Foto: Divulgação

O Peugeot 208 chegou ao Brasil em 2013, com visual moderno e ampla lista de equipamentos de série, o que o classificou como compacto premium na época. Agora, seis anos depois, o segmento de hatches compactos ficou ainda mais competitivo no mercado brasileiro. Com a chegada de novos concorrentes como Fiat Argo, Volkswagen Polo e Toyota Yaris, o Peugeot 208 foi perdendo a imagem de compacto premium, principalmente pela ausência de alguns equipamentos de segurança. 

O controle eletrônico de estabilidade (ESP), por exemplo, só está disponível na versão esportiva GT 1.6 THP. Também fazem falta airbags de cortina e assistente de partida em rampa nas configurações mais caras.

Apesar disso, o Peugeot 208 ainda tem muita personalidade e alguns itens exclusivos, que o potencializa contra os rivais. Elé é o único do segmento a oferecer teto panorâmico de grande amplitude e ar-condicionado digital de duas zonas. A posição de dirigir também é outro grande diferencial do Peugeot 208. O conceito i-Cockpit, atualmente utilizado em todos os carros da marca, combina volante de raio curto em posição mais baixa e painel de instrumentos elevado, em linha com o campo de visão do motorista. A coluna de direção conta com ajustes de altura e profundidade e a central multimídia tem aparência flutuante, que facilita a leitura das informações.

PEUGEOT 208 ALLURE 1.2
ITEM CONCEITO

NOTA

(1 A 5)

Desempenho médio 2
Consumo ótimo 5
Segurança bom 3
Conectividade médio 2
Conforto muito bom 4
Pacote de série bom 3,5
Usabilidade médio 2
VEREDICTO MÉDIO 2,2

Avaliamos a versão Allure, a mais completa da linha 1.2. O visual interno possui linhas modernas e envolventes, com acabamento satisfatório para a categoria. O único ponto com aspecto mais antigo no interior da cabine é o painel de instrumentos, que ainda não é totalmente digital nem configurável. Os ponteiros são analógicos e a tela do computador de bordo é monocromática.

A central multimídia de 7’’ é outro grande atrativo do Peugeot 208. É possível espelhar smartphones via Android Auto e Apple CarPlay, visualizar informações do computador de bordo, receber e enviar mensagens por comados de voz e ainda escolher entre três temas de personalização da tela (Red, Blue e Cooper). 

A amplitude do teto de vidro panorâmico e os comandos do ar-condicionado digital bi-zone do Peugeot 208 Allure, causam a sensação de estar a bordo de um carro de categoria superior. Na parte de trás, a situação é um pouco diferente. O espaço para as pernas é bom, porém passageiros com mais de 1,80 m de altura podem sofrer com a declividade do teto. O porta-malas está na média da categoria, tem capacidade de 285 litros e conta com iluminação em todas as versões. 

Como itens de segurança, o Peugeot 208 traz apoio de cabeça e cinto de três pontos para todos os ocupantes, sistema de ancoragem para cadeirinhas infantis e quatro airbags (laterais e frontais). 

O Peugeot 208 Allure tem câmera de ré e volante revestido de couro
O Peugeot 208 Allure tem câmera de ré e volante revestido de couro
Foto: Ericlis Magon / Guia do Carro

O motor 1.2 Pure Tech tricilíndrico de 90 cavalos de potência mostra que carro francês pode agradar não somente pelo visual, mas também pela eficiência energética e desempenho. O propulsor trabalha em baixas rotações, permitindo agilidade dentro da cidade e baixo nível de ruído interno. O torque máximo de 127 Nm é atingido em apenas 2750 rpm. O consumo é um dos melhores da categoria. Na etiquetagem do Inmetro, o Peugeot 208 1.2 tem nota A e conta com o selo de eficiência energética.

Em termos de dirigibilidade, o hatch também agrada. O Peugeot 208 1.2 tem boas acelerações e retomadas de velocidade em viagens rodoviárias. Os ajustes da suspensão e direção elétrica também não decepcionam, permitindo boa relação entre conforto e boa estabilidade. Por ser um motor tricilíndrico, o nível de ruído interno é bem satisfatório e não incomoda em rotações mais altas. O câmbio manual de cinco velocidades, embora tenha curso um pouco longo, proporciona engates leves e precisos, contribuindo para a agilidade dentro da cidade.

Além do teto panorâmico e do ar-condicionado digital automático de duas zonas, o Peugeot 208 Allure 1.2 se diferencia das versões de entrada por oferecer quatro airbags, limitador de velocidade e piloto automático. Na lista de equipamentos de série, todas as versões do Peugeot 208 oferecem itens importantes como faróis com máscara negra e guias de LED, lanternas de LED, porta-luvas refrigerado, Isofix, regulagem de altura do banco do motorista e iluminação no porta-malas.

A assinatura luminosa das lanternas lembram as garras de um leão
A assinatura luminosa das lanternas lembram as garras de um leão
Foto: Ericlis Magon / Guia do Carro

O que é novo

  • As principais atualizações do Peugeot 208 ocorreram no facelift de 2016, com as modificações no visual e a adoção do novo motor 1.2 Pure Tech de três cilindros para as configurações de entrada.
  • A interface da central multimídia foi atualizada em 2017, com visual mais elevado e novo layout de distribuição das informações. 

O que nós gostamos

  • O consumo de combustível do motor 1.2 Pure Tech é um dos melhores da categoria.
  • O conceito i-Cockpit de dirigir é um grande diferencial.
  • O teto panorâmico e o ar-condicionado digital de duas zonas elevam a sensação de requinte.
  • Os ajustes das suspensões e da direção elétrica são bem calibrados.
  • O porta-luvas refrigerado contribui para a comodidade a bordo.
  • A central multimídia é bem posicionada e conta com espelhamento via Android Auto e Apple CarPlay.

O que pode melhorar

  • Não há comando interno de abertura da tampa do tanque de combustível.
  • O espaço para a cabeça e para os ombros na parte de trás é um pouco limitado.
  • Há somente uma entrada USB.
  • Faltam alguns equipamentos de segurança como controles eletrônicos de tração e estabilidade.
O câmbio é manual de cinco marchas.
O câmbio é manual de cinco marchas.
Foto: Ericlis Magon / Divulgação

Os números

  • Preço: R$ 66.290
  • Motor: 1.2 flex
  • Potência máxima: 90 cv a 5.750 rpm (e)
  • Torque máximo: 127 Nm a 2.750 rpm (e)
  • Câmbio: 5 marchas MT
  • Comprimento: 3,975 m
  • Largura: 1,702 m 
  • Altura: 1,472 m  
  • Entre-eixos: 2,541 m 
  • Peso: 1.073 kg
  • Pneus: 195/60 R15 
  • Porta-malas: 285 litros
  • Tanque: 55 litros
  • 0-100 km/h: 12s8
  • Vel.  máxima: 170 km/h
  • Consumo cidade: 13,9 km/l (g) 
  • Consumo estrada: 15,5 km/l (g) 
  • Emissão de CO2: 89 g/km 
  • Modelo avaliado: 2019
Guia do Carro
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