Pix Automático x Débito Automático: entenda as diferenças
Pix Automático poderá expandir as possibilidades para que empresas recebam seus pagamentos recorrentes
O Banco Central do Brasil anunciou recentemente que sua nova aposta tecnológica para 2024 será o Pix Automático. Parecido com o Débito Automático, utilizado por mais de 23% da população brasileira, segundo a pesquisa do Banco Central "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", a modalidade a partir do Pix funcionará sem a dependência de convênios com instituições paralelas.
A expectativa é que empresas de variados segmentos, que necessitem do pagamento recorrente, como, por exemplo, operações de crédito, companhias de rede elétrica, luz e água, assinaturas de serviços possam usufruir e fornecer o método.
“Hoje, devido a essa necessidade de convênios, o Débito Automático gera mais custos na operação, entrega uma experiência horrível e segmenta a utilização para uma parcela pequena dos negócios, normalmente apenas para as companhias de serviços públicos. A proposta de mudança coloca um novo cenário para disponibilização acontece diretamente dentro do ambiente de pagamentos instantâneos, com uma série de funcionalidades para o gerenciamento, como a definição do limite máximo da parcela e o cancelamento a qualquer momento”, explica o especialista em Pix e meios de pagamento Fernando Nunes, cofundador e CEO da Transfeera, fintech que fornece infraestrutura de pagamentos para as empresas.
A necessidade de uma permissão prévia
O funcionamento será a partir de uma autorização prévia, que acontece apenas no momento da habilitação do Pix Automático. Após essa permissão, os débitos serão realizados de forma automática mensalmente, sem a necessidade de pagamentos manuais ou autenticação a cada operação. A autorização poderá ser feita por meio de tecnologias já utilizadas hoje no Pix, como a leitura de QR Code ou Código de Pix copia e cola.
De acordo com o cronograma do Banco Central, essa possibilidade do Pix Automático vem sendo trabalhada desde 2021, porém algumas mudanças de curso fizeram com que a finalização acontecesse apenas nesse momento para o lançamento em 2024.
“É necessário pensar que o Pix já é o modelo de pagamento preferido dos brasileiros, e isso influencia diretamente na produção de novas tecnologias e na expansão do uso, principalmente no quesito B2B. Dessa forma, trazer um tipo de pagamento já existente para a funcionalidade do Pix, porém com novas facilidades e permissões, será um grande passo para a maior expansão da modalidade no mercado, como uma espécie de centralização dos meios de pagamentos em apenas um método”, destaca o CEO da Transfeera.
A Transfeera defende que o Pix trouxe mais autonomia e economia para transferências, por isso passou a escalar as transações 100% dentro da modalidade instantânea e acompanha as tendências do meio para maior facilidade das empresas que atende.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.