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Anvisa aprova medicamento inédito contra esclerose múltipla

O medicamento diminui a probabilidade de surtos e atrasa a progressão da doença

27 fev 2018 - 11h22
(atualizado às 11h47)
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou nesta segunda-feira (26) um medicamento inédito no Brasil para o tratamento da esclerose múltipla.

O produto trata-se de anticorpo monoclonal ocrelizumabe, que tem com nome comercial de OCREVUS®. O medicamento foi registrado pela empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.

Doenças neurodegenerativas incluem Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose múltipla
Doenças neurodegenerativas incluem Alzheimer, Parkinson, Huntington e esclerose múltipla
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com

De acordo com a Anvisa, o ocrelizumabe identifica e elimina linfócitos B específicos, reduzindo a inflamação e os ataques na bainha de mielina. Além disso, o uso do medicamento diminui a probabilidade de surtos e atrasa a progressão da doença.

O novo medicamento foi aprovado com a indicação para ?tratamento de pacientes com as formas recorrentes de esclerose múltipla (EMR) e esclerose múltipla progressiva primária (EMPP)?.

A aprovação do OCREVUS® foi baseada em três grandes estudos científicos multicêntricos cujos resultados, publicados na edição de janeiro de 2017 da New England Journal of Medicine (NEJM), demonstraram reduções consistentes nos principais marcadores de atividade e progressão da esclerose múltipla.

Em nota divulgada ao Minha Vida, o diretor médico da Roche Farma Brasil, Lenio Alvarenga, revelou que a aprovação do remédio representa uma nova esperança para pacientes com esclerose múltipla que mantém atividade da doença e progressão de incapacidade, apesar dos tratamentos disponíveis.

"Até agora, nenhum tratamento aprovado pelo órgão estava disponível para ambas as formas da doença EMR e EMPP. Acreditamos, considerando os estudos clínicos, que o ocrelizumabe tem o potencial de mudar o curso da doença e concretizar nosso objetivo de transformar o avanço no conhecimento científico em novas terapias que atendam às necessidades dos pacientes, nossa principal contribuição para a ciência e a sociedade", completa Lenio.

O que é Esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central). Isso acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com "intrusas", e as ataca provocando lesões. O sistema imune do paciente corrói a bainha protetora que cobre os nervos, conhecida como mielina.

A esclerose múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. A doença não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença.

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