Metade dos pais tenta evitar resfriados nos filhos do jeito errado
Estratégias "folclóricas" sem evidências de seus efeitos são comuns; veja a melhor maneira de prevenir resfriados
Quantas vezes você já evitou sair de cabelo molhado no vento para não ficar resfriado? Segundo um estudo norte-americano, esse é um exemplo de maneira "folclórica" de evitar a doença recomendada por 70% dos pais. No entanto, não há evidências de que seja uma forma efetiva de afastar a doença, já que ela é uma infecção viral.
Outro jeito usado para evitar que os filhos peguem resfriado são as vitaminas e suplementos, alegado por 51% dos pais entrevistados pela Universidade de Michigan. Também não há provas de que isso funcione. A enquete foi feita com 1119 pais de crianças de 5 a 12 anos.
Por outro lado, 99% das famílias costumam ensinar às crianças algumas estratégias de higiene pessoal que funcionam, como não colocar a mão no nariz e na boca e não dividir talheres. Essas práticas são efetivas para deixar o perigo do resfriado bem longe.
Evitar contato próximo com quem está doente era ensinado por 87% dos pais, enquanto a limpeza da casa era um jeito de evitar resfriados usado por 84% deles.
"É importante que os pais compreendam quais estratégias de prevenção contra a gripe são baseadas em evidências. Embora alguns métodos sejam muito eficazes na prevenção de resfriados, outros não demonstraram realmente fazer qualquer diferença", afirma Gary Freed, co-diretor da pesquisa.
Como evitar resfriados
As crianças são os principais portadores de vírus de resfriado, na natureza. Por falta de hábitos de higiene, que serão apreendidos com seu desenvolvimento, umas contaminam as outras, e não há muito como mudar isso. Assim uma criança brincando na escola ou no parquinho do prédio recebe vírus de outras, assim como para elas também transmite. Impossível evitar esse contato e transmissão.
Os vírus do resfriado entram no corpo por meio da mucosa da boca, olhos ou nariz. O mais comum é se levar a mão contaminada ao rosto. Esta porta os vírus adquiridos pelo contato manual com pessoas resfriadas ou objetos contaminados. Há também a possibilidade dos vírus atingirem essas mucosas, através de gotículas invisíveis, suspensas no ar, após a pessoa resfriada espirrar, tossir ou falar. Estima-se que para essa forma de contágio, haja a necessidade de se estar a menos de um metro da pessoa infectada.
O compartilhamento de objetos contaminados, tais como corrimãos, telefones e outros é uma das principais formas de transmissão.