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Quedas fatais quadruplicam e número se aproxima de homicídios

Maioria dos casos ocorre com idosos; confira, então, como evitar quedas que podem ser fatais

10 jul 2019 - 16h14
(atualizado às 17h17)
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A quantidade de mortes por queda está quatro vezes maior no estado de São Paulo nos últimos 16 anos, se aproximando do número de homicídios. Os dados, divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, indicam que as mortes por queda já representam o terceira principal motivo de mortalidade devido a causas externas (ou seja, que não são por doenças).

Maioria dos casos de quedas fatais acontece com idosos - Foto: Shutterstock
Maioria dos casos de quedas fatais acontece com idosos - Foto: Shutterstock
Foto: Foto: Shutterstock / Minha Vida

Assim, mortes por quedas têm se enquadrado na mesma categoria de óbitos no trânsito, homicídios e suicídios. Em 2002, foram contabilizadas 644 quedas fatais no estado (correspondendo a 1,9% das mortes por razões externas). Porém, o número saltou para 3.3361 óbitos, ocupando 15% dos casos em 2016.

Os homicídios caíram quase 73% nesses 16 anos de análise, reduzindo de 15.337 casos em 2000 para 4.227 em 2016. Os números, então, aproximam os casos de homicídio da quantidade de morte por quedas.

Idosos correspondem à maioria dos casos

Das 3.361 quedas fatais registradas, mais da metade (1.809) ocorreram com pessoas acima de 75 anos. Os dados revelam ainda que homens têm maiores chances de mortes por quedas desde jovens.

Assim, o grupo de risco é majoritariamente composto por pessoas:

  • Do sexo masculino
  • A partir de 75 anos

Vale ressaltar que a saúde do idoso brasileiro tem sido cada vez mais frágil. É o que apontam pesquisas, como o estudo feito pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Realizada com mais de 600 idosos, a análise concluiu que sintomas como fadiga, fraqueza, redução da velocidade de caminhada e perda de peso involuntária têm se tornado comuns entre pessoas acima de 75 anos.

Denominada de "síndrome da fragilidade", os pesquisadores apontam que a saúde prejudicada entre os idosos tem crescido exponencialmente. E entre os idosos considerados "frágeis", cerca de 50% sofreu quedas - contra apenas 6% dos idosos saudáveis e não-frágeis.

Entre os que sofreram quedas, apenas metade procurou um serviço de emergência. E 1/3 necessita de cuidador, pois não conseguem realizar tarefas rotineiras sozinhos, como comer, banhar ou se levantar.

O perigo das quedas

Quedas em geral podem levar a óbito. Contudo, isso se torna mais grave entre os idosos, uma vez que seus ossos estão mais frágeis. Assim, uma queda em um jovem pode gerar uma fratura no quadril; enquanto a um idoso, pode causar um trauma craniano ou mesmo resultar em morte.

Além disso, mesmo que as quedas não sejam fatais instantaneamente, muitas necessitam de cirurgias. Algumas operações podem ser muito delicadas, especialmente em pessoas a partir de 75 anos e que podem não resistir na fase do pós-operatório.

Aqueles que sobrevivem acumulam ainda, muitas vezes, incapacidades para se locomoverem. Por sua vez, essas incapacidades aumentam as possibilidades de caírem novamente.

Como prevenir quedas fatais

A alternativa mais eficaz para se evitar quedas fatais é a atividade física, segundo estudo da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

A pesquisa revela que o sedentarismo na terceira idade:

  • Reduz o equilíbrio
  • Compromete a agilidade
  • Diminui o reflexo
  • Enfraquece os ossos
  • Prejudica o sistema imunológico
  • Aumenta riscos de doenças
  • Reduz a massa muscular

Concluiu-se, então, que o envelhecimento causa um enorme impacto negativo em pessoas que não se exercitam regularmente. Portanto, é fundamental que tanto homens quanto mulheres pratiquem atividades físicas, principalmente quando a partir dos 50 anos.

Exercícios para idosos

Se você ou alguém próximo já está na terceira idade (ou ainda não chegou a este período, mas se preocupa com a saúde), veja alguns exercícios recomendados pela educadora física Francini Vilela, coordenadora do Centro de Estudos do Envelhecimento da Unifesp.

1. Natação/hidroginástica

A natação e até mesmo a hidroginástica auxiliam não só a perder gordura, mas também a fortalecer os músculos, proteger as articulações, prevenir doenças e melhorar o sistema respiratório.

2. Corrida

Pratique a corrida dentro de seus limites e sempre com o acompanhamento de um profissional especializado para ter todos os benefícios desta prática. Caso tenha limitações, mescle uma caminhada com trotes. Não esqueça de alongar bem antes dos treinos, para aumentar a flexibilidade e evitar dores nas articulações.

3. Bicicleta

A bicicleta já é queridinha entre os idosos. Além de trazer todos os benefícios de exercícios aeróbicos, ela trabalha o fortalecimento dos músculos - principalmente das pernas, coxas e quadris. Vale lembrar que estes músculos são de extrema importância à saúde do idoso, auxiliando no equilíbrio de todo corpo.

4. Musculação

Para evitar quedas fatais, a dica é fortalecer pernas e quadris com a musculação. Mais do que fazer movimentos com uma carga alta, a ideia é repetir os movimentos nos aparelhos e com pesos livres. Assim, dores e lesões são evitadas.

5. Pilates

O pilates é um grande aliado a pessoas na terceira idade. O exercício alivia dores nas costas, melhora a autoestima e o convívio social, fortalece os músculos, aumenta o equilíbrio e reduz o estresse.

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