Albon revela porque optou pela Williams em seu retorno à F1
Alex Albon manteve conversas com outra equipe, mas viu Williams como melhor opção. Christian Horner e Helmut Marko ajudaram nas negociações
Peça importante na recente “dança das cadeiras” dos pilotos da Fórmula 1 para 2022, Alex Albon vai fazer seu retorno à categoria pela Williams, equipe que dividirá com o canadense Nicholas Latifi. O piloto anglo-tailandês chega ao time para substituir George Russell, recém-contratado pela Mercedes para o lugar de Valtteri Bottas.
Antes de que todos os acordos fossem costurados e tudo viesse à público, Albon manteve conversas também com a equipe Alfa Romeo, que acabou optando pela experiência de Bottas para a vaga que hoje é de Kimi Raikkonen. Já com tudo acertado, Albon revelou, em entrevista à Autosport, que a Williams parecia mesmo a melhor opção. “Primeiramente, gostaria de dizer que são duas ótimas equipes”, disse Albon, mantendo um tom diplomático. “Mas, olhando para a Williams, diria que eles parecem estar em ascensão”.
De fato, a Williams tem apresentado resultados que sugerem evolução. Depois de definhar e chegar a ser a pior equipe do grid entre 2018 e 2020, o tradicional time inglês começou a apresentar sinais de melhora ainda no ano passado, e esse ano já soma pontos que o colocam à frente de Haas e Alfa Romeo. Houve, inclusive, um pódio de George Russell no confuso GP da Bélgica. A Alfa Romeo, por sua vez, vem em viés de baixa.
Em 2020, a Williams foi vendida, saindo das mãos da família que lhe empresta o nome e passando para o fundo de investimentos americano Dorilton Capital. Com isso, a expectativa é que a equipe consiga se livrar de suas dívidas e receba uma injeção de recursos ao longo dos próximos anos.
“Obviamente, eles têm investimentos chegando, mas também tive a chance visitar a equipe e eles todos me pareceram muito positivos, otimistas. Eles estavam muito empolgados para falar comigo, me envolver nas coisas e fazer as coisas acontecerem”, contou Albon. “Me pareceu uma ótima escolha para voltar ao grid.”
Albon contou um pouco dos bastidores de sua negociação: “as coisas começaram a se movimentar muito rápido, especialmente quando surgiu a notícia de que havia chances de o George ir para a Mercedes e o Valtteri para a Alfa”. Até que tudo fosse definido, ele não se via como a primeira opção da equipe. “Havia discussões anteriores acontecendo com o Jost [Capito, CEO] e com a Williams, mas era para ser”.
O piloto destacou, ainda, a importância de Christian Horner e Helmut Marko, nomes fortes da Red Bull, em sua transferência para a Williams. Albon é piloto da academia de pilotos da Red Bull, e é o atual piloto reserva e de testes da equipe, além de ter corrido nos últimos anos tanto pela Red Bull quanto pela Toro Rosso. A marca de energéticos cedeu Albon para a Williams, mas mantém publicamente as portas abertas para um futuro retorno.
Perguntado sobre uma declaração de Horner, em que este sugeriu uma tentativa de interferência do chefão da Mercedes, Toto Wolff, na negociação, Albon preferiu evitar polêmicas: “Não quero entrar em muitos detalhes, para ser honesto. É inevitável que algumas coisas assim aconteçam, mas é ótimo que tudo tenha dado certo no final.”