As equipes Mercedes sofrem no início da temporada F1 2022
Não é exclusividade da Mercedes o início ruim. Aston Martin, McLaren e Williams também sofrem no começo da temporada
Dizemos que a temporada 2022 da F1 está somente no começo. Tivemos 2 etapas e estamos às vésperas da 3ª. Certezas muitos tem, mas se configuram mais em achismos do que em dados. Entretanto, tendências começam a aparecer. E uma das que chamam a atenção é o péssimo começo das equipes com motor Mercedes.
Ainda há reticências em colocar na conta do motor este começo fraco. É fácil jogar nesta conta ainda mais por conta dos dados de velocidade final observados neste início do ano. Segundo informações surgidas na Auto Motor und Sport, a Mercedes coloca pelo menos 2 décimos da diferença para Ferrari e Red Bull vindas do motor.
Cada equipe tem seus próprios erros para considerar. O site formu1a.uno fez o favor de listar cada um:
- Mercedes: excesso de resistência ao ar (arrasto) e peso, além do problema da quicada (porposing);
- Aston Martin: falta de apoio aerodinâmico, excesso de arrasto e peso e quicada;
- McLaren: falta de apoio aerodinâmico e refrigeração dos freios;
- Williams: falta de apoio aerodinâmico e distribuição de peso.
Das 3 equipes clientes, podemos dizer que somente a McLaren não usa boa parte do trem traseiro vindo da Mercedes. Aston Martin e Williams utilizam também a caixa de câmbio vindos da “nave-mãe”, sendo que a primeira também usa a suspensão traseira.
Imagine você comprar um sofá para a sua casa e a fábrica diz exatamente onde deve ficar na sala. Mas não satisfeito, você também compra uma mesa com cadeiras e tem que obedecer a orientação dada pela fábrica onde tem que ficar. Sua margem de decoração e organização fica bem limitada, correto?
É o que acontece com Aston e Williams. Elas acabam atrelando seus conceitos ao que a Mercedes pensou originalmente para seu projeto. Neste caso, a Alfa Romeo/Sauber foi um pouco diferente: para poder ter ganhos nos campos de peso e aerodinâmicos, ela optou por fazer a sua própria caixa, somente utilizando a parte interna da Ferrari.
A unidade de potência por si só acaba por impactar diretamente o projeto, pois mexe em ponto de instalação no chassi, estabelecimento dos elementos de refrigeração, lubrificação, integração com o trem traseiro e desenho da parte de trás do carro (capô, laterais). Quanto mais vem de fora, menos problemas de integração, porém menor liberdade técnica.
Desta maneira, o sucesso do projeto acaba sendo diretamente ligado ao que vem do fornecedor. Já vimos em temporadas anteriores os motores Mercedes ajudando a ser um elemento positivo de competitividade e a Ferrari afundar seus clientes, especialmente em 2020.
Existem várias pistas para pesquisar este início lento do “Mundo Mercedes”. Como vimos, cada um tem seus problemas. Mas um elemento comum assombra....