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Com Interlagos e mais pontos, F1 fará 3 sprints em 2022

Depois de um impasse envolvendo os custos das corridas sprint, F1 propõe a realização de três edições, incluindo Interlagos, com novidades

14 fev 2022 - 21h09
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Interlagos teve a melhor sprint  de 2021 e ajudou a consolidar o formato.
Interlagos teve a melhor sprint de 2021 e ajudou a consolidar o formato.
Foto: F1 / Reprodução

As corridas sprint foram uma das maiores novidades da Fórmula 1 em 2021. O formato consiste em uma corrida mais curta realizada no sábado, cujo resultado define o grid de largada para a corrida principal. O modelo foi realizado em três fins de semanas (Silverstone, Monza e Interlagos), e dividiu opiniões entre o público, os pilotos e as equipes. 

Mas o bom retorno comercial motivou a F1 a expandir a ideia. Quando anunciou o calendário da temporada de 2022, Stefano Domenicali, CEO da categoria, avisou que pretendia ampliar a quantidade de sprints. Pouco depois, se definiu que seriam seis edições, nos GPs de Barein, Ímola, Canadá, Áustria, Holanda e novamente São Paulo. 

Mas algumas equipes e a Fórmula 1 não chegaram a um acordo quanto aos custos dessas sprints adicionais, e o plano acabou travado. Zak Brown, CEO da McLaren, alegou que as equipes maiores (a saber: Mercedes, Ferrari e Red Bull) queriam usar as sprints como uma brecha para furar o limite orçamentário, algo que incomodou as equipes médias e pequenas. Escrevemos sobre esse impasse aqui e aqui.

Agora, a Comissão da F1, que reúne a organização da categoria e as equipes, chega um acordo: realizar apenas três edições das sprints em 2022, em Ímola, Áustria e novamente no Brasil. Também foram acertados alguns ajustes para tentar mitigar as principais críticas feitas ao formato. 

Para tentar resolver o problema de falta de ação nas sprints, mais pontos serão distribuídos. Antes, apenas os três primeiros pontuavam (3 pontos para o 1º, 2 para o 2º e 1 para o 3º), o que acabava por desestimular que os pilotos tomassem riscos. Nesse ano, a ideia é distribuir pontos para os 8 primeiros (8, 7, 6, 5, 4, 3, 2 e 1, nessa ordem), dando mais motivação para disputas aos sábados. 

Outro ponto bastante criticado em 2021 foi a desvalorização da classificação, que, nos fins de semana realizados nesse formato, acontece na sexta-feira e define o grid da sprint. A honra de “pole-position” era concedida ao vencedor da sprint, e não ao piloto que fez a volta mais rápida na classificação. Agora, o resultado da classificação de sexta passa a contar como pole position nas estatísticas da categoria – o que faz todo sentido. 

A questão dos custos foi resolvida em termos semelhantes aos do ano passado: cada equipe tem direito a desembolsar 450 mil dólares extras por sprint, mais 100 mil dólares para reparos em caso de acidente. 

A proposta, que teve aprovação unânime das equipes, vai agora para ratificação do Conselho Mundial de Esporte a Motor (World Motor Sport Council), da FIA. A tendência é que não haja impeditivos e a ideia seja colocada em prática. 

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