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Ferrari com asas pretas não é sinônimo de sucesso na F1

A equipe utilizou asas desta cor, mas não teve muito sucesso. Agora, o preto volta na F1-75

17 fev 2022 - 18h33
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Ferrari SF-75, modelo da Scuderia para 2022
Ferrari SF-75, modelo da Scuderia para 2022
Foto: Scuderia Ferrari / Divulgação

A Ferrari anunciou nesta quinta-feira (17) o seu modelo para a temporada de 2022, o F1-75, com a novidade da volta de suas asas pretas. A equipe de Maranello já utilizou essa cor nas asas durante um longo período, que também foi parte do seu maior jejum de títulos na categoria.

Clay Regazzoni com a Ferrari 312T durante a temporada de 1976, quando a Ferrari utilizava as asas metalicas
Clay Regazzoni com a Ferrari 312T durante a temporada de 1976, quando a Ferrari utilizava as asas metalicas
Foto: Wikimedia Commons / Lothar Spurzem

A Ferrari costumava usar asas com pintura metálica nos anos 70. Isso mudou a partir de 1982, quando a equipe começou a utilizar a asa dianteira preta. Este ano em especial foi bem trágico para a escuderia: Gilles Villeneuve acabou vindo a falecer em um acidente no GP da Bélgica e Didier Pironi, que liderava o campeonato por uma grande margem, veio a quebrar as pernas durante a qualificação do GP da Alemanha. A equipe chegou a levar o título dos Construtores, mas não conquistou títulos de pilotos.

Em 1983, a asa traseira também ficou preta. Com a dupla de franceses, René Arnoux e Patrick Tambay,  levou novamente a disputa dos construtores, mas os pilotos acabaram terminando em terceiro e quarto, respectivamente. Em 1984, a Ferrari não ameaçou a McLaren, apesar do vice de construtores. 

Ferrari 126C3 de 1983, com as asas pretas
Ferrari 126C3 de 1983, com as asas pretas
Foto: Wikimedia Commons / Mikaël Restoux

Em 1985, de forma improvável, a Ferrari chegou a disputar o título, com Michele Alboreto, mas acabou ficando pelo caminho durante a temporada por problemas técnicos. Durante os anos de 1986 e 1989, a equipe não chegou a disputar os primeiros lugares  Em 1990, com Alain Prost, a equipe voltou a disputar o título de pilotos, mas novamente perdeu para Ayrton Senna, com a McLaren, que criou uma dinastia durante o final dos 1980 e começo dos anos 1990.

A partir de 1993, as asas pretas mudaram um pouco. Ganhando o patrocínio branco da Marlboro em uma das aletas. Porém, o sucesso continuava longe, a equipe não se encontrava. Em 1994, o patrocínio da tabacaria ganhou mais espaço na asa traseira, que ainda manteve uma grande parte preta. Na pista, as coisas começaram a se ajeitar, com a vinda de Jean Todt para ser chefe de equipe.

Alain Prost com a Ferrari de 1990
Alain Prost com a Ferrari de 1990
Foto: F1 / Twitter

Em 1996, Schumacher chegou e as configurações de pintura se mantiveram as mesmas. Em 1997, a Ferrari deixou de usar a asa traseira preta: no lugar ficou o vermelho.  Naquele ano, o alemão chegou a disputar o título até a última etapa, quando jogou o carro para cima de Villeneuve. A manobra não deu certo e levou à desclassificação posterior do alemão do campeonato.

Em 1998, Schumacher novamente ficou no quase. No ano seguinte,  o alemão acabou se machucando no GP da Grã-Bretanha, quebrando a perna e ficando fora de alguns GPs. Mesmo assim, a equipe disputou o título com Eddie Irvine e não levou. Mas ganhou o título de construtores.

O carro de 1999 foi o último que teve asa preta antes do carro de 2022
O carro de 1999 foi o último que teve asa preta antes do carro de 2022
Foto: Wikimedia Commons / Paul Lannuier

Em 2000, a Ferrari aboliu a asa dianteira preta, com o modelo F1-2000. Com esse carro, Schumacher tirou a equipe da fila do campeonato de pilotos, que durava desde 1979 e iniciou uma dinastia de cinco títulos consecutivos. Durante o período entre 1982 e 1999, quando a equipe teve as asas pretas, acabou tendo apenas três títulos de construtores. Será que a Ferrari F1-75 vai mudar essa tradição? Veremos durante a temporada.

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