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Ferrari F1 aposta em pintura retrô com carro rubro-negro

Novo F1-75 traz pintura vermelha e preta similar às das décadas de 1980 e 1990.

17 fev 2022 - 10h16
(atualizado às 10h38)
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A F1-75 traz a bela pintura do passado da equipe
A F1-75 traz a bela pintura do passado da equipe
Foto: Ferrari / Divulgação

A Ferrari foi mais uma a apresentar seu carro para a temporada de 2022 da Fórmula 1. O evento, transmitido pelas redes sociais da equipe, contou com uma pequena introdução do chefe Mattia Binotto sobre o novo F1-75 e sobre a equipe, além de declarações da dupla de pilotos. Dupla essa, que continua a mesma de 2021, com Charles Leclerc indo para seu quarto ano na equipe e Carlos Sainz Jr. para seu segundo. Depois das breves falas, o carro foi revelado.

De cara, o que chama a atenção é a volta do preto aos carros da Ferrari. Assim como nos bólidos da equipe do período entre 1983 a 1992, o F1-75 tem o corpo vermelho escuro e as asas dianteira e traseira em preto. Difícil não apontar a semelhança com os carros imortalizados por Alain Prost, Nigel Mansell, Gerhard Berger, Michelle Alboreto, Jean Alesi, Stefan Johansson, entre outros. Ficaria ainda mais parecido se a pintura não fosse fosca, mas há razões técnicas para esse tipo de acabamento ter sido adotado por várias equipes há alguns anos (menos peso e arrasto).

O perfil da Ferrari F1-75
O perfil da Ferrari F1-75
Foto: Ferrari / Twitter

Os uniformes dos funcionários da equipe, apresentados ainda na semana passada, já davam a dica de que a pintura voltaria a trazer o preto ao lado do tradicionalíssimo vermelho. Havia uma boa dose de expectativa em torno do lançamento para que se visse como seria o esquema de cores com essa combinação clássica. Em boa medida, o evento dessa quinta-feira (17) foi frustrado pelo vazamento de uma foto na quarta (16), mas as imagens oficiais trazem muito mais detalhes sobre o F1-75.

Nota-se que o carro é a versão pronta, não um simulacro. Sobre isso, vale frisar que, até o momento, apenas a apenas a Red Bull se prestou a fazer um evento para não mostrar seu carro pronto (a Haas não fez evento, apenas divulgou renders). E mesmo o modelo “fake” usado na apresentação da equipe dos energéticos já recebeu uma atualização na pintura, com a inclusão de um novo patrocinador.

O F1-75 visto de frente
O F1-75 visto de frente
Foto: Ferrari / Twitter

Voltando à Ferrari, o F1-75 traz um bico mais curvado que os demais carros, exceto o da Alfa Romeo (do qual ainda não se tem imagens claras), indo até a lâmina inferior da asa dianteira, onde fica mais "pontudo". Além disso, é possível notar os respiros na parte traseira da carenagem, próximos ao motor, semelhantes aos mostrados pela Aston Martin. A lateral também se diferencia dos carros mostrados até aqui, sendo mais reta que as dos concorrentes, com entrada de ar compridas e largas. A tomada de ar acima da cabeça do piloto tem um formato triangular. Falaremos mais sobre as implicações dessas diferenças técnicas no Parabólica.

O novo e (belo) F1-75 foi revelado pela Ferrari
O novo e (belo) F1-75 foi revelado pela Ferrari
Foto: Ferrari / Twitter

O F1-75 não traz nenhuma menção às marcas da gigante do tabaco Phillip Morris, parceira do time desde 1974. Mesmo com a proibição das propagandas de cigarro, que já tem quase duas décadas, a empresa continuou apoiando a Ferrari e expondo suas marcas em forma de códigos de barras, formas geométricas e marcas alternativas, com a Mission Winnow. O fim da parceria sela o fim de uma importante era para a Ferrari e para a Fórmula 1.

Se há quem se vá, há quem chegue. A Ferrari volta a receber apoio do Santander, que esteve com o time entre 2010 e 2018. Quando se juntou ao time, o banco espanhol chegou em apoio a um piloto conterrâneo, Fernando Alonso. Agora, com outro espanhol a bordo, a empresa volta a Maranello. Dessa vez, no entanto, com menos destaque no carro do que na passagem anterior. Outras marcas que surgem no carro italiano são a Snapdragon (leia mais sobre as ligações entre Fórmula 1 empresas de tecnologia), a Ceva, que ocupa o espaço da UPS como parceiro do setor logístico, e a Tevas, de criptomoedas, outro setor que está investindo forte em equipes de F1.

Carro traz pequena entrada de ar no bico, provavelmente para refrigeração dos pilotos
Carro traz pequena entrada de ar no bico, provavelmente para refrigeração dos pilotos
Foto: Ferrari / Twitter

O F1-75 não criou expectativa apenas com relação à pintura. O desempenho do carro também é muito aguardo pelos tifosi. Depois de um péssimo 2020 e um 2021 de reconstrução, o time aposta alto no novo regulamento para dar o salto que falta para poder, enfim, voltar a brigar de igual para igual pelo título da Fórmula 1. Se o novo carro for tão rápido quanto é bonito, os italianos podem ficar esperançosos.

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