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Guia F1 2022 - A AlphaTauri quer se firmar na metade da frente

Equipe B da Red Bull busca marcar território na parte da frente do pelotão intermediário. Se Tsunoda ajudar, é possível subir de posição

15 mar 2022 - 20h59
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Yuki Tsunoda trava os pneus de seu carro nos testes do Barein
Yuki Tsunoda trava os pneus de seu carro nos testes do Barein
Foto: AlphaTauri / Twitter

Nome oficial: Scuderia AlphaTauri 

Carro: AT03 

Motor: Red Bull RBPTH001  

Pilotos: #10 Pierre Gasly e #22 Yuki Tsunoda   

Posição em 2021: 6º de 10 

A equipe

A AlphaTauri nada mais é do que a Toro Rosso, que correu na F1 de 2006 a 2019, com um novo nome. A mudança se deu apenas por questões de marketing, mas todo o resto é mesmo, inclusive a razão de ser da equipe: um satélite da Red Bull. Sendo assim, a Toro Rosso/AlphaTauri nunca teve a pretensão de ser uma competidora real por vitórias e títulos. Claro, ganhar é ótimo, mas o foco dos investimentos do grupo e, por consequência, dos resultados, é a Red Bull Racing. 

Isso não quer dizer que a equipe seja fraca, no entanto. Muito pelo contrário. Desde 2019, a fase é muito boa, com os carros do time sendo frequentadores constantes da zona de pontuação e, eventualmente, do pódio. O ápice foi a épica vitória de Pierre Gasly no GP da Itália de 2020. 

O ano passado não teve vitória, mas foi ainda melhor no geral. A equipe terminou o campeonato de construtores no 6º lugar entre os construtores, igualando 2008 e 2019 como seu melhor resultado. A pontuação foi a maior já obtida pelo time, e o 5º lugar bateu na trave, ficando com a Alpine por apenas 13 pontos. 

A receita para 2022 é a mesma. O motor segue sendo o da Honda, mas sem o nome Honda. Com a saída da montadora japonesa da F1, a Red Bull comprou os direitos de uso das Unidades de Potência e seguirá as equipando em suas duas equipes, mas com o nome de Red Bull Powertrains. A dupla de pilotos também permanece a mesma, formada por nomes vindos da academia de jovens pilotos do grupo, como manda a tradição da equipe. 

Pierre Gasly e Yuki Tsunoda permanecem com a divertida dupla da AlphaTauri
Pierre Gasly e Yuki Tsunoda permanecem com a divertida dupla da AlphaTauri
Foto: AlphaTauri / Twitter

A dupla de pilotos

#10 Pierre Gasly:

o francês de 26 anos chega à temporada de 2022 com moral. Mostrou que superou bem a fritura que sofreu da Red Bull em 2019 e assumiu o protagonismo da AlphaTauri, fazendo ótimas corridas e batendo seus companheiros com propriedade. O fez em 2020, contra Daniil Kvyat, e repetiu a dose com ainda mais autoridade sobre o novato Yuki Tsunoda no ano seguinte. 

Seus bons resultados começam a deixá-lo grande demais para a AlphaTauri. Ele parece pronto para alçar voos mais altos na carreira, algo que a equipe não vai poder proporcionar. Dentro do grupo Red Bull, depende de uma saída de Sergio Perez para galgar um lugar no time principal novamente. Mas, aí, enfrentaria novamente a preferência interna por Max Verstappen. 

O futuro de Gasly é incerto. A ele, cabe manter o foco no presente, se impor mais uma vez em 2022 e torcer para que oportunidades surjam. Preparado, ele seguramente está. 

#22 Yuki Tsunoda: o pequeno japonês chegou chegando. Conseguiu um 9º lugar logo em sua primeira corrida, dando canseira em nomes de peso como Fernando Alonso e Sebastian Vettel. E ficou por aí. Depois disso, o piloto entrou numa espiral de más corridas, com erros e derrotas para o colega. Seus chiliques no rádio também desagradaram a equipe. 

Para tentar se recuperar, Tsunoda se mudou para perto da sede da equipe, tentou se aproximar do pessoal e focou em melhorar sua performance, o que de fato aconteceu na parte final da temporada. A AlphaTauri lhe deu mais uma chance para 2022. Mas talvez não haja outra chance caso ele faça menos de ¼ dos pontos da equipe outra vez... 

A visão frontal do AT03. Na foto, pilotado por Tsunoda em Barcelona
A visão frontal do AT03. Na foto, pilotado por Tsunoda em Barcelona
Foto: Pirelli Motorsport / Twitter

O carro de 2022

O AT03 mantém as cores adotadas desde 2020, mas traz mudanças na pintura. O azul escuro se torna ainda mais presente no visual do carro. Há quem olhe o carro e se lembre das clássicas Brabham dos anos 1980, imortalizadas pelos títulos de Nelson Piquet em 1981 e 1983. 

Assim como o carro da Aston Martin, o AT03 adota uma carenagem que se estende até próximo à suspensão traseira. Mas, ao contrário da citada Aston Martin, o carro da AlphaTauri é bem mais estreito na porção final. São receitas diferentes para um mesmo regulamento. E, para o bem da categoria, ainda há várias outras intepretações feitas por outras equipes. O tempo dirá quem acertou a mão. 

Gasly no Bahrein com o AlphaTauri AT03
Gasly no Bahrein com o AlphaTauri AT03
Foto: AlphaTauri / Twitter

A pré-temporada

A AlphaTauri teve uma pré-temporada bastante regular. Foram 307 voltas completadas em Barcelona e outras 371 no Barein. Em termos de rodagem, a equipe ficou atrás apenas e Mercedes e Ferrari. O carro se mostrou confiável e permitiu que a equipe completasse o programa previsto sem maiores problemas. 

O desempenho também pareceu ser bom quando algum dos pilotos tentou forçar mais o ritmo (nesse particular, vale tomar os devidos cuidados que essa análise merece, uma vez que é difícil fazer comparações diretas entre as equipes nos testes). O maior “senão” fica por conta do efeito porpoising, que assolou o AT03 em boa parte das atividades. 

O AlphaTauri AT03 indo para a pista em Barcelona Twitter
O AlphaTauri AT03 indo para a pista em Barcelona Twitter
Foto: AlphaTauri / Twitter

Expectativas para 2022

O AT03 se mostrou sólido e, aparentemente, rápido ao longo dos testes de pré-temporada. A AlphaTauri vem em uma boa fase desde 2019, e não há indícios de que isso vá mudar em 2022. Com um carro que não apresentou graves problemas de confiabilidade, a equipe pode voltar seus esforços para a questão do propoising (que afeta, em maior ou menor grau, todos os times), e buscar logo de cara evoluções de performance. 

No que depender de Gasly, a AlphaTauri tende a ser uma potência de meio de tabela, sendo frequentadora assídua da zona de pontuação. Mas, se a equipe quiser passar de seu teto e ir além de 6º entre os construtores, precisará contar também com um bom desempenho de Yuki Tsunoda. O japonês sabe ser rápido, mas é inconstante. Chegou a hora dele mostrar maturidade para que o time possa pleitear voos mais altos. A potencial melhor temporada da AlphaTauri passa, necessariamente, por uma evolução de Tsunoda. 

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