Hamilton, sobre aposentadoria na F1: “Ainda tenho combustível”
Aos 37 anos, Lewis Hamilton afirma estar pensando em conquistar mais títulos e como avançar em sua luta pela diversidade
Em 2021, Kimi Raikkonen encerrou sua carreira. Esse ano, será a vez de Sebastian Vettel pendurar o capacete. Pouco a pouco, a “velha guarda” vai saindo da Fórmula 1. Lewis Hamilton e Fernando Alonso restaram como os decanos da categoria, os últimos pilotos da década de 2000 ainda na ativa. Momentos como esse, quando um piloto de determinada geração se retira, trazem à tona o tema “aposentadoria” para os contemporâneos que ficam.
Alonso parece nem querer ouvir falar em parar. Esse foi, inclusive, um dos motivos centrais de sua saída da Alpine rumo à Aston Martin. A equipe francesa ofereceu apenas um ano a mais ao piloto de 41 anos, que saiu rumo ao time verde por um vínculo de (supostas) três temporadas. Até os 44, portanto.
E Hamilton, 37 anos, também tem sido abordado para falar sobre o assunto. O inglês contou ao portal Autosport como recebeu a notícia da aposentadoria de Vettel, dois anos mais novo: “Acho que é um lembrete de que estou naquela parte da carreira em que as pessoas que chegaram comigo e correram comigo por tanto tempo começam a parar. Quando formos ver, Fernando também não estará mais aqui. E depois, quem sobra? Bom, eu serei o mais velho, eu acho. Mas, não, isso não me faz pensar em aposentadoria.”
O piloto revelou sentir que ainda tem o que entregar na F1 usando uma metáfora com combustível: “Quando falo de ter combustível sobrando no tanque, eu ainda estou lutando pelas coisas e ainda sinto que tenho muito a ir nesse sentido.”
Mas ressalta que não pretende ir até seu limite, dando a entender que deve parar antes de esgotar a motivação: “Se eu parar, ainda vou ter combustível no tanque. Não acho que eu vá queimar tudo até acabar. Mas espero que demore um pouco.”
O “combustível” do heptacampeão está na busca por voltar a fazer a Mercedes competitiva – e aumentar suas marcas: “Estou pensando em como melhorar o carro. Estou pensando em quais passos preciso dar para fazer essa equipe vencer de novo, em qual é o caminho para vencer outro campeonato mundial.”
Não é só com resultados na pista que Hamilton pretende gastar seu tanque. Ele, que é um expoente da luta por igualdade e diversidade no esporte, sente que ainda tem muito a fazer nesse sentido: “Que passos precisamos dar para termos todos alinhados nesse esporte para fazer mais, para verdadeiramente refletir o trabalho que temos feito em termos de diversidade? Estou pensando em todas essas coisas.”
Por fim, Hamilton elogiou os esforços de Vettel por abordar questões ambientais e humanitárias no mundo da F1: “O trabalho que tenho tentado fazer, e o que o Seb tem tentado fazer aqui, é de realmente acender uma faísca que inicie conversas para sairmos do esporte como um lugar melhor do que quando chegamos”, afirmou. “Acho que o Seb teve, definitivamente, um papel enorme nisso, e ainda há muito trabalho a se fazer.”