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McLaren e Audi: uma ligação que faz todo o sentido, não só na F1

As conversas entre as partes podem chegar a um termo muito em breve e resolveria muita coisa, não só nas pistas.

5 abr 2022 - 12h02
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A McLaren vai ter de novo ligação com montadora
A McLaren vai ter de novo ligação com montadora
Foto: McLaren / Divulgação

A McLaren está nas manchetes nos últimos dias não por seu desempenho, mas sim por conta de uma possível proposta feita pela alemã Audi para a aquisição da marca. Não está claro até onde vai a extensão, mas pelos valores que se discutem, tratar-se-ia da compra da divisão de corridas.

E por que isso? Em 2020, a McLaren anunciou a venda de 15% das ações da divisão de corrida, que foi desmembrada do grupo, para o grupo americano MSP Sports Capital, no valor de 185 milhões de libras, podendo chegar a 33% até o final deste ano. Tanto que Zak Brown falou que este movimento ajudou na sobrevivência do time (e pagar o empréstimo feito pelo Banco Nacional do Bahrein para fazer a temporada 2020).

Mesmo assim, o grupo como um todo vem fazendo uma série de movimentos para tentar recuperar o folego (falamos nisso no ano passado aqui). Mesmo com avanços, a situação ainda é muito complicada. Embora a área de carros esportivos tenha uma grande margem de lucro (e responda por mais de 80% das receitas do grupo), o mercado ainda está instável e os custos são altos. Todo este quadro deixa os acionistas com receio, especialmente o Fundo Soberano do Bahrein (majoritário). 

Nos últimos 2 anos, a McLaren teve uma injeção de mais de 450 milhões de libras pelos acionistas (Papi Latifi incluído), mais a venda da sede (o MTC) e da subsidiária de tecnologia (a Applied), o refinanciamento de títulos de dívida US$ 620 milhões que venciam este ano e ainda um investimento de 400 milhões de libras por parte de um fundo de investimento inglês e do Fundo Soberano da Arabia Saudita. Tudo isso ajudou, mas não resolveu.

Não entra aí somente o lado financeiro, mas também o tecnológico. A montadora tinha um plano ousado de eletrificar toda a sua linha até 2026, bem como desenvolver uma nova base para seus carros. Ter uma parceria se tornava primordial. Com os problemas da COVID e de caixa, os planos mudaram. Mas a McLaren fechou um acordo com a BMW em 24 de março para desenvolver estes dois campos.

Enquanto o anuncio oficial não vem, eis as projeções da Audi
Enquanto o anuncio oficial não vem, eis as projeções da Audi
Foto: Mark Antar Design / Twitter

No ano passado, a alemã também foi cogitada como uma possível compradora da McLaren, mas houve uma negativa, até porque também envolveria a área de corridas e a BMW não tem planos de voltar à F1, mesmo com novos regulamentos.

Não é de hoje que se fala que a Audi entraria na F1 com uma equipe própria. Dados os valores envolvidos para uma equipe do zero, vale a pena partir para a aquisição de uma existente. A aquisição da McLaren faria sentido como um todo para os alemães. Senão vejamos:

- Teria uma marca forte em seu portfólio. A Audi faz parte da área Premium da VW e tem tradição na parte esportiva, embora os alemães também tenham a Lamborghini e a Porsche neste campo. E pelo histórico, o nome McLaren seria mantido. O exemplo da Ducati, que é controlada pela montadora, dá um certo alento;

- A McLaren voltaria a se beneficiar do relacionamento direto com uma montadora. Seria bom não só para a área de competições, mas também para a automotiva, como falamos antes.

A conferir a extensão do negócio. O que se fala é que a McLaren gostaria de vender toda a estrutura e a Audi só gostaria de ter neste primeiro momento a divisão de corridas, o que lhe daria entrada também nos EUA, um de seus mercados mais fortes, através da Indy.

Mas chamam a atenção os valores envolvidos. Em 2020, a negociação de 15% da área de competições envolveu 185 milhões de libras. Agora, falando em 650 milhões de euros, equivalente a quase 545 milhões de libras, significaria cerca de 44% do controle acionário se fizéssemos uma proporção com os valores anteriores. 

Se este valor surgido agora for para a aquisição dos 67% restantes, significaria uma redução de quanto a equipe realmente estaria avaliada, principalmente diante do divulgado menos de 2 anos atrás. Diante do quadro financeiro, tal situação chama a atenção. 

A ver a situação, pois sempre há o espectro da Williams na jogada, que tem boa parte do seu quadro técnico vindo da VW (falamos aqui sobre isso...). Mas hoje a McLaren é comandada por Michael Macht, que tem 30 anos de experiência na Porsche e no grupo VW...

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