MotoGP: A ascensão da América do Sul
Com o crescente destaque dos pilotos latino-americanos nas categorias de base, o futuro da região na MotoGP é promissor
Em 2024, David Alonso foi o grande protagonista das categorias de acesso da MotoGP. O colombiano de apenas 18 anos chocou o mundo com seu talento ao quebrar um recorde histórico de Valentino Rossi, tornando-se o piloto com mais vitórias na Moto3 – uma marca que perdurava havia 27 anos. Além disso, o "Baby GOAT", como é carinhosamente apelidado pelos fãs, superou o recorde de Marc Márquez ao conquistar o maior número de vitórias em uma única temporada no Mundial: foram 14 triunfos, o título de campeão e a promoção para a Moto2. A bandeira colombiana esteve no topo do pódio diversas vezes, reforçando o impacto e a visibilidade que Alonso trouxe para a América Latina.
Outro nome de destaque foi Diogo Moreira. Em sua temporada de estreia na Moto2, o brasileiro conquistou o título de novato do ano e ainda garantiu um pódio sobre o campeão da categoria, Ai Ogura, na última corrida da temporada. O desempenho impressionante chamou a atenção da Pramac Yamaha, que, segundo a imprensa francesa, estaria de olho no piloto de 20 anos para a temporada de 2026 – ano que pode marcar o retorno da MotoGP ao Brasil. Com a Yamaha sendo uma das marcas mais populares no mercado de motos do país, a presença de um brasileiro na equipe poderia atrair ainda mais fãs e patrocinadores para a categoria.
A Argentina também estará representada na nova geração da MotoGP. Valentín Perrone, de apenas 17 anos, fará sua temporada de estreia na Moto3 com a equipe Red Bull KTM Tech3, após uma campanha impressionante na Rookies Cup, onde terminou em terceiro lugar com duas vitórias. Já Marco Morelli, outro jovem talento argentino, permanecerá mais um ano na Rookies Cup, buscando seguir os passos de seu compatriota para garantir uma vaga na Moto3 em 2025.