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Novos motores da F1: temos acordo, com Audi e Porsche

Segundo a revista alemã Auto Motor und Sport, as linhas gerais foram acordadas e teremos anúncios em breve

1 out 2021 - 09h18
(atualizado às 17h39)
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Poderemos ver um desses na F1. Com o acordo de motores próximo, podemos imaginar...
Poderemos ver um desses na F1. Com o acordo de motores próximo, podemos imaginar...
Foto: @seanbulldesign / Twitter

O leitor do Parabólica tem acompanhado aqui as idas e vindas sobre as negociações e aspectos sobre os novos motores da F1. Afinal de contas, não está simplesmente envolvido o lado esportivo. Temos grandes corporações envolvidas e bilhões de dólares que fazem a roda girar de forma pesada...

Segundo o jornalista Tobi Gruener, do alemão Auto Motor und Sport, que vem sendo um dos principais pontos de divulgação da evolução deste processo, um acordo geral foi alcançado. Na última coluna aqui sobre assunto, isso havia ficado bem encaminhado. Porém, uma série de detalhes ainda estavam pendentes. Vários deles ainda estão na mesa, mas aparentemente teremos um final feliz. A intenção dos responsáveis é anunciar tudo antes do final da temporada.

Como dito anteriormente, o MGU-H realmente vai embora. O sistema elétrico deve gerar 350 cv ao invés dos atuais 163cv. Este aumento viria do redesenho do atual sistema de recuperação de energia em freadas (MGU-K). Isso implicaria em baterias maiores e, provavelmente, em mudanças no carro. O uso dos eixos para a recuperação de energia não está ainda totalmente descartado. O grande receio é o aumento de peso e acarretar mais uma grande mudança nos carros em tão pouco tempo. Por isso, a postergação da adoção deste novo conceito em 1 ano (2026 ao invés de 2025). 

Se falou na adoção de uma possível arquitetura V4, mas o V6 permanecerá. Esta seria uma decisão para atender aos atuais fornecedores. Além disso, o desenvolvimento seria mais restrito ainda, com a definição de mais áreas padronizadas. Entretanto, maior liberdade seria dada na área de combustão, para otimizar a queima de combustível. Esta solução atenderia ao chamado por redução de custos, que ficaria em cerca da metade dos atuais US$ 2 milhões por prova. Além disso, entraria em cena um teto orçamentário para desenvolvimento dos motores, estimado em US$ 50 milhões/ano (valor defendido pela Mercedes). 

O uso de combustível sintético já era uma das certezas desde o início. A questão era a liberação do fluxo de combustível. Mas isso implicaria em um aumento de peso (mais combustível) e a volta do reabastecimento está descartada. Diante disso, a potência do motor a combustão cairia. Para compensar esta perda, que não seria inteiramente recuperada pelo aumento da capacidade do sistema elétrico , os técnicos falam em um aprofundamento do conceito do DRS para ganhar velocidades em retas e até o retorno da suspensão ativa (que teve seu desenvolvimento iniciado para maximizar o efeito solo no início dos anos 80).

O fato é: essas mudanças seriam o grande chamariz para a entrada do Grupo VW na categoria, através de Audi e Porsche. Alguns analistas dão conta que a entrada do Qatar no calendário seria uma bela senha para os alemães finalmente se renderem, pois são donos de 17% das ações do grupo. Entretanto, sempre houve uma resistência do Estado da Baixa Saxônia (maior estado alemão), onde fica a sede do grupo e possui cerca de 15% do controle acionário, com poder de veto.

Segundo a matéria, as atuais fornecedoras e a F1 aceitariam estas mudanças diante do comprometimento da VW permanecer, no mínimo, por 5 anos. Em troca, também seria dada uma maior liberdade em testes para que os “novatos”  pudessem chegar a um ponto de competitividade, mesmo com a introdução dos limites orçamentários.  

A vinda da Audi e da Porsche para a F1 seria um verdadeiro trunfo para a categoria, diante da atração de montadoras inicialmente pela F-E e mais recentemente pelas novas regras do WEC/IMSA. Para as empresas, seria a vinda para uma das principais vitrines do automobilismo. Ambas possuem um DNA firme de competição e são vencedoras. A Porsche ainda tem algo de “negócios a resolver”: entrou como equipe na década de 60 (vencendo uma única vez), foi campeã na década de 80 com a McLaren, mas em um regime de “contratada” e cometeu um fiasco histórico em 1991 ao trazer um V12 pesado, fraco e problemático. A Audi tem um histórico através da Auto Union na década de 30 e venceu muito em rali e protótipos. Chegou a namorar com a F1 na década de 90 (construiu até um protótipo), mas os esforços foram direcionados para o Mundial de Protótipos e Le Mans.

Há otimismo. Mas não seria a primeira vez que a VW deixaria a noiva à beira do altar, melando o casamento. E pelo que diz, o ataque seria conjunto de Audi e Porsche. Embora tenham independência, a fórmula que está sendo usada para o novo regulamento do WEC se repetiria: desenvolvimento conjunto para otimizar gastos e ambas terem o benefício da exposição das marcas.

A ver agora como ficariam as equipes: teríamos novos times? Por um acaso as novatas fariam a aquisição de algum time atual? Enquanto perguntas são respondidas, novas questões se fazem presentes...

Parabólica
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