Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Parabólica

Peso mínimo F1 2022: conversando, a FIA atende a todos

Após a chiadeira das equipes em Barcelona, a FIA deverá aumentar o peso mínimo para os carros da F1 2022

7 mar 2022 - 18h16
Compartilhar
Exibir comentários
Bottas e o Alfa C42: o peso pluma atual vai perder o posto
Bottas e o Alfa C42: o peso pluma atual vai perder o posto
Foto: Alfa Romeo F1 / Divulgação

Os leitores e leitoras sempre em cima da notícia deste site vão se lembrar que alguns dias atrás fizemos uma matéria falando sobre o peso mínimo dos carros da F1 nesta temporada (eis o link aqui). Nela, falamos que somente 1 dos 10 carros deste ano, a Alfa Romeo, estaria dentro do peso mínimo estabelecido, 795kg. E que a Red Bull seria aquela que enfrentaria maiores problemas.

Nesta coluna, eis o que escrevi sobre a situação:

Mas o que fazer com quem conseguiu chegar ao limite? Deve ser penalizado? E a FIA abrir uma brecha deste tipo às vésperas do campeonato? Peso importa e muito. Mas há limites para ajustes e, caso a FIA abra alguma brecha neste sentido, o campeonato já começaria manchado.

Pois bem, não podemos esquecer que corridas também se vencem fora das pistas. E a politicagem correu brava em Barcelona. Mais uma vez, as equipes foram até à FIA pedir o aumento do peso mínimo. Agora, uma das desculpas eram os reforços a serem feitos nos chassis por conta dos quiques aparecidos com a volta do efeito solo (o porpoising, já abordado aqui também).

Diante do quadro, ainda não foi oficializado, mas a FIA teria concordado em adotar uma posição conciliatória: não daria tudo que as equipes gostariam, mas abre a porta para o acréscimo de mais 3 kg, indo para 798kg. Esta informação foi publicada nesta segunda pelo jornalista Roberto Chinchero, da edição italiana da Motorsport.

Este aumento de 3kg seria explicado da seguinte forma: 1kg por conta do conjunto pneu/rodas; 1 kg pelas calotas e 1kg pelos reforços estruturais nos chassis. As equipes não teriam tudo que gostariam, mas seria alguma coisa. Sem contar que, caso fosse posto em votação, um placar de 8 x 2 não seria pouco provável (além da Alfa Romeo, a McLaren teria conseguido chegar perto do piso e estaria reticente em uma revisão da marca atual).

Além disso, a FIA evitaria chegar ao número “mágico” de 800kg. E aí chegaríamos com certeza ao dado impressionante de um F1 largar com 1 tonelada de peso. Complicado? Senão vejamos: 800 kg (peso mínimo, carro sem combustível) + 80 kg do piloto (peso mínimo) + 120 kg de combustível... A vida do piloto fica mais complicada...

Tabela da evolução do peso da F1. Em verde, as revisões de peso do regulamento atual
Tabela da evolução do peso da F1. Em verde, as revisões de peso do regulamento atual
Foto: Sergio Milani

O que se diz é que este acréscimo também acomodaria ao trabalho que a Alfa Romeo terá que fazer no C42. Embora tenha conseguido chegar no peso mínimo, o carro foi um dos que mais sofreu com o porpoising e já virá bem revisado para o Bahrein. Com este trabalho, o carro já teria seu peso acrescido e chegaria ao novo valor.

Esta revisão alivia, mas não resolve o problema de quem estaria precisando “emagrecer”. Por enquanto, tudo ainda está na área das probabilidades, pois ninguém admitiu abertamente qual é a extensão do problema. Afinal, peso a mais acaba por deixar carro mais devagar e não tem mais a carta de tirar mais potência do motor para compensar. Sem contar a dinâmica do carro que se altera, já que impacta em consumo de pneu, acerto de suspensão... Com o teto orçamentário, a margem de manobra diminui.

Diante a situação, a FIA acomodou ligeiramente. A ver como funcionará isso no início efetivo do campeonato, pois a carta da “segurança” poderá ser usada para disfarçar uma nova revisão...

Parabólica
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade