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Porsche e/ou Audi: a dúvida da VW para a entrada na F1

Chega cada vez mais próximo o momento de a gigante alemã decidir: entra ou não na F1? Se sim, que marca usar?

9 nov 2021 - 06h50
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Projeção de carros da F1 2022 com as marcas da Porsche e Audi. Qual das duas entrar? Ou as duas?
Projeção de carros da F1 2022 com as marcas da Porsche e Audi. Qual das duas entrar? Ou as duas?
Foto: Sean Bull Design / Twitter

Você tem acompanhado aqui no Parabólica a odisseia da decisão sobre as regras dos novos motores da F1. Em paralelo, o crescendo da possível decisão da VW entrar na F1. Isso é algo que se fala desde meados da década de 90, esteve próximo de acontecer anos atrás e agora, parece que há um alinhamento de planetas para que a coisa saia. 

Segundo a Auto Motor und Sport, no dia 15 de dezembro, a FIA deverá aprovar na reunião do Conselho Mundial as novas regras dos propulsores para 2026 na F1. Desta forma, uma decisão de entrada teria que ser tomada em praticamente um mês. Na semana passada, o vice-presidente de competições da Porsche, Thomas Laudenbach, declarou à Motorsport que as condições para a entrada da marca na categoria estavam postas e “uma coisa é clara: se uma decisão deste tipo deve ser tomada, não se pode esperar tanto porque, se você quer correr em 2025, tem que começar em um determinado tempo. É onde estamos agora". 

Depois de tantas discussões, uma fórmula parece ter sido alcançada para atender os atuais fornecedores como os atuais: manutenção do V6, uso de combustível 100% sustentável, abolição do MGU-H (recuperação de energia do turbo) e aumento de potência gerada pelo sistema híbrido. A VW solicitou o uso do eixo dianteiro para a recuperação de energia, mas se alegou que isso aumentaria demais o peso e demandaria maiores mudanças no chassi. Desta forma, a recuperação ficará inteiramente no eixo traseiro, além do uso de recuperação da energia das freadas. 

Tudo indica que o conselho deverá aprovar o investimento para a entrada. As regras segurando custos gerais, inclusive para os motores, acabam por entrar nesta equação. Então, começa mais um jogo de xadrez: qual marca usar? Audi ou Porsche? Entrar somente como fornecedora ou também comprar um time?

Tudo indica que as duas marcas devem entrar, até mesmo para dividir e acelerar o desenvolvimento, como vem acontecendo no projeto do hipercarro do WEC/IMSA. A F1 faz total sentido dentro do espírito de marketing das marcas. E seria uma forma do grupo atingir uma gama de categorias no esporte a motor, indo da F1, passando pelos protótipos (que voltarão em 2023), Rali (a Audi vai para o Dakar), Fórmula-E, GT e até motos (a Ducati é de propriedade da Audi). Lembrando que a Audi considerou uma entrada na década de 90, mas foi para os Protótipos.  

Já a Porsche seria o famoso caso de “resolver questões em aberto”. Ainda está na garganta o fiasco feito em 1991, quando forneceu um V12 em exclusividade para a Footwork. O motor era fraco, beberrão e pesado. Tanto que depois de 6 provas, foi descartado e não voltou mais. Houve tentativas em 2014 e 2018, mas não foi à frente. 

A fábrica das 4 argolas consideraria entrar não somente como fornecedora. A própria Auto Motor und Sport semanas atrás colocou a possibilidade de que a Audi estaria de olho em uma equipe. Até se falou na Sauber, após a desistência de Michael Andretti pela compra. Mas também aparecem na lista Williams (que vai ter uma coluna só para falar nela) e a McLaren... 

Se antes a maneira mais viável de se entrar na F1 era comprar um time, com o novo formato instituído pela Liberty no mais recente Acordo Comercial, se tornou a única. E com os tetos orçamentários para carros e motores, passou a fazer mais sentido para grandes montadoras e empresas investirem na F1 (vai ter coluna sobre isso em breve também). Além disso, a redução de custos aumentou a possibilidade do negócio se autogerir totalmente, que foi a solução buscada pela Mercedes para viabilizar a sua continuidade. 

A McLaren também estaria na lista da Porsche, por conta das ligações da década de 80 (não podemos esquecer que foram os ingleses que bateram na porta dos alemães para que fabricassem um motor sob encomenda). Outra também que estaria na mira seria a Red Bull, com quem conversaram em 2018, mas os taurinos fecharam com a Honda. 

Raposas felpudas dão a entrada como certa. É algo que a categoria quer muito para mostrar que é capaz de atrair novas marcas e garantir a sua sustentabilidade e continuidade. Diante do avanço da Fórmula-E e, principalmente, da entrada maciça de fábricas no novo projeto híbrido da WEC/IMSA, a F1 precisa mostrar que a cirurgia feita à céu aberto, com a ajuda da COVID-19, pode ajudar a mantê-la interessante para o público e para nos negócios, principalmente quanto a sua viabilidade para a indústria automobilística.

Estaríamos longe das 9 marcas de motores que já vimos na década de 90 na F1 (em 94, tivemos: Ilmor, Ford, Mugen, Peugeot, Mercedes, Ferrari, Hart, Yamaha e Renault). Mas a entrada de Audi e Porsche daria um peso enorme para a F1. Aguardemos os próximos capítulos desta rapsódia mais cheia de reviravolta do que novela mexicana.

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