Saindo Mazepin, quem assume a vaga na Haas na F1 em 2022?
Com a saída de Nikita Mazepin da Haas sendo considerada iminente, quem poderia assumir o posto?
Desde o início da invasão russa à Ucrânia, várias ações têm sido tomadas, notadamente pelos países ocidentais contra a Rússia. E se perguntava como ficaria a situação da Haas, já que a Uralkali é russa e conta com Dmitri Mazepin como dono da empresa, além de ser muito próximo de Vladimir Putin.
Com o começo dos conflitos, a equipe americana agiu rápido: tirou as citações russas do carro e no último dia em Barcelona, apareceu com um carro totalmente branco. Questionado, Guenther Steiner, chefe do time, declarou que a situação como todo seria definida esta semana e que o time estava garantido para esta temporada (você pode ler mais aqui e aqui).
Diante do quadro, se colocava como iminente a saída de Nikita Mazepin de um dos carros. O próprio piloto, em suas redes sociais, falou que a situação não estava mais em suas mãos. E a FIA convocou uma reunião extraordinária do Conselho Mundial Desportivo para discutir o que fazer em relação ao conflito e perante uma orientação do Comitê Olímpico Internacional (a FIA faz parte da “família olímpica” desde 2013) para a exclusão dos atletas e dirigentes da Rússia e Belarus.
Nesta terça, dia 1º, a FIA divulgou, especialmente em relação a pilotos, competidores e dirigentes, que os pilotos poderão tomar parte dos eventos sob a bandeira da entidade, mas desde que se alinhem com as diretrizes da FIA sobre neutralidade e promoção da paz. Sem contar a extensão da proibição do uso do hino e bandeira dos países até segunda ordem.
Dentro deste quadro, Mazepin poderia seguir como piloto da Haas como um piloto “neutro”, lembrando que ele já corre sob a bandeira da Federação de Automobilismo da Rússia por conta da punição à Rússia pelos casos de doping. Entretanto, cabe verificar se haveria clima para sua permanência no time e a própria dificuldade no deslocamento para as diversas provas diante das restrições de acesso colocadas por vários países.
Perante a impossibilidade, a pergunta que toma cada vez mais espaço é: quem entraria no lugar de Mazepin na Haas?
A primeira escolha seria a de Pietro Fittipaldi, piloto reserva da equipe. Em entrevista, Steiner declarou que ele seria a primeira escolha. Analisando friamente, é algo natural, já que conhece bem o time e chegou a fazer as etapas de Sakhir e Abu Dhabi substituindo Romain Grosjean no fim de 2020. Contra si, pesam a falta de ritmo e a possível existência de um pacote financeiro para apoiá-lo.
Embora Steiner tenha dito que este ano está garantido, não se pode esquecer que a Uralkali colocava no time um valor estimado entre US$ 20/30 milhões. Qualquer troco que venha, faz diferença.
Outra escolha que surge com força é a do italiano Antonio Giovinazzi. Piloto reserva da Ferrari e atualmente na Fórmula-E pela Dragon (é companheiro de Sergio Sette Câmara), Giovinazzi tem a favor o ritmo de corrida (sua última corrida de F1 foi em Abu Dhabi 2021) e a força da Ferrari por trás. Não podemos esquecer que a Haas compra tudo o que pode com os italianos e o VF22 foi concebido e construído em Maranello. Embora já tenha resistido às pressões anteriores para colocar pilotos dos italianos em seu time, o fator “desconto na fatura” pode pesar nesta escolha.
Correm por fora Nico Hulkenberg, reserva da Aston Martin, e Oscar Piastri, reserva da Alpine e campeão da F2 ano passado. Neste último caso, diz-se que os franceses aceitariam negociar para dar ritmo ao australiano e de certa forma reparar a injustiça de não estar como titular em alguma equipe este ano. Sobre Piastri, ainda entraria na equação o fator Andretti, que quer entrar na F1, estaria negociando novamente com Gene Haas e teria um acordo de fornecimento com os franceses.
Esta semana, teremos novidades sobre o assunto. O fato é que, caso o russo seja “convidado a se retirar”, o substituto terá que correr para estar a postos para a sequência final de testes no Bahrein, a partir do dia 10.