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Tudo que você precisar saber sobre a história da F1 em Ímola

Vitórias, rivalidades, acidentes, tragédias. A rica história da F1 em Ímola tem de tudo um pouco. Confira momentos mais marcantes

19 abr 2022 - 02h13
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Senna passa Prost em 1989: o início de um rivalidade feroz
Senna passa Prost em 1989: o início de um rivalidade feroz
Foto: Wikimedia Commons

A Fórmula 1 se prepara para a terceira edição do Grande Prêmio da Emília-Romanha, que acontece no próximo domingo (24). Apesar do nome ainda não tão conhecido do GP, o circuito é um velho conhecido do mundo da F1: Autódromo Enzo & Dino Ferrari, em Ímola, na Itália. 

Já são quatro décadas de F1 na pista italiana. A vasta história acumulada faz de Ímola um dos templos da Fórmula 1. E nós juntamos o que de mais importante aconteceu nesse período para te contar. 

O belo Autódromo Enzo & Dino Ferrari, em Ímola, Itália. GPs da Itália, de San Marino e da Emíla-Romanha, mas o lugar é mesmo
O belo Autódromo Enzo & Dino Ferrari, em Ímola, Itália. GPs da Itália, de San Marino e da Emíla-Romanha, mas o lugar é mesmo
Foto: F1 / Twitter

Mesma pista, vários GPs

Ímola estreou oficialmente na F1 recebendo o GP da Itália de 1980, em substituição à pista de Monza, que estava fechada para reformas. O circuito fez sucesso e os promotores deram um jeito de mantê-lo no calendário mesmo com a volta de Monza. A solução foi rebatizar a prova como GP de San Marino. O nome vinha “emprestado” do minúsculo país encrustado na Itália, a 100 km de Ímola. O evento aconteceu com esse nome de 1981 a 2006. 

O retorno aconteceu só em 2020, e meio por acaso. Isso porque o calendário daquele ano foi refeito às pressas, quase integralmente na Europa, graças à pandemia do coronavírus. San Marino não quis se envolver na empreitada, e o apoio de autoridades locais fez com que a corrida recebesse o nome da província da Emília-Romanha. O evento tampão acabou agradando e o contrato foi estendido até 2025.

Em 1979, a pista ainda foi palco do GP Dino Ferrari, evento extraoficial que não contava pontos para o campeonato. Essa prova, vencida por Niki Lauda, credenciou o circuito para receber corridas oficiais a partir do ano seguinte. 

Piquet vence o GP da Itália de 1980, em Ímola
Piquet vence o GP da Itália de 1980, em Ímola
Foto: Matt Bishop / Twitter

Vitórias brasileiras

Os pilotos brasileiros são parte da história da Fórmula 1 em Ímola. Por motivos felizes e tristes. Comecemos pela parte boa. 

As duas primeiras corridas oficiais realizadas na pista, em 1980 e 1981, foram vencidas por Nelson Piquet, então correndo pela Brabham. Ayrton Senna faturou uma a mais: 1988, 1989 e 1991. Senna, com três vitórias, é o segundo maior vencedor em Ímola, empatado com seu rival Alain Prost. 

A foto de 1993 marca o fim da rivalidade que havia começado em Ímola quatro anos antes
A foto de 1993 marca o fim da rivalidade que havia começado em Ímola quatro anos antes
Foto: F1 / Twitter

Berço de rivalidades 1 – Senna x Prost

Falando nisso, foi justamente em Ímola que a histórica rivalidade entre Senna e Prost começou, em 1989. O estopim foi uma ultrapassagem do brasileiro sobre o francês na segunda largada da prova. Prost diz que Senna descumpriu um acordo entre os dois ao ultrapassá-lo nessa largada. Já Senna alegava que o tal acordo valia só para a primeira largada. 

Um não engoliu a versão do outro, e a relação entre os dois azedou, descambando para uma rivalidade acirrada. Sem clima na McLaren, Prost saiu da equipe rumo à Ferrari ao fim daquela temporada. 

A polêmica ultrapassagem de Pironi sobre Villeneuve, em 1982
A polêmica ultrapassagem de Pironi sobre Villeneuve, em 1982
Foto: @ClassicFormula1 / Twitter

Berço de rivalidades 2 – Villeneuve x Pironi

História parecida aconteceu em 1982, quanto a então dupla da Ferrari, formada por Gilles Villeneuve e Didier Pironi, se desentendeu em Ímola. Villeneuve liderava com Pironi em 2º, ambos bem distantes do 3º. A Ferrari instruiu que seus pilotos diminuíssem o ritmo, ao que Villeneuve obedeceu. Mas Pironi passou o colega na volta final e venceu. 

Foi de propósito ou Pironi não entendeu a mensagem? Não se sabe ao certo. Fato é que a rivalidade que se formou naquele exato momento tinha potencial para ser histórica, mas o destino não quis que durasse: Villeneuve veio a falecer já na corrida seguinte, na Bélgica. Pironi, por sua vez, sofreu acidente grave e encerrou a carreira ainda no mesmo ano. 

 A largada do fatídico GP de San Marino de 1994, com Senna na pole
A largada do fatídico GP de San Marino de 1994, com Senna na pole
Foto: Wikimedia Commons

A tragédia de 1994

Foi em Ímola que a Fórmula 1 perdeu um de seus grandes nomes. O acidente fatal de Ayrton Senna aconteceu lá, em 1994. O brasileiro perdeu controle do carro e bateu na curva Tamburello, quando liderava a 7ª volta da corrida. 

No mesmo final de semana, outros acidentes aconteceram. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger também foi vítima fatal de uma batida, mas na curva Villeneuve. Já o também brasileiro Rubens Barrichello se feriu em batida violenta na Variante Bassa, na sexta-feira. 

A perigosa curva Tamburello antes da reforma
A perigosa curva Tamburello antes da reforma
Foto: @1990sF1 / Twitter

Histórico de acidentes

A curva Tamburello, que vitimou Senna, já havia sido palco de acidentes muito feios que, felizmente, não fizeram vítimas. Nelson Piquet (1987), Gehrard Berger (1989), Michelle Alboreto (1991) e Riccardo Patrese (1992) mostraram que a curva era bastante perigosa. Mas nada foi feito para mudá-la a tempo de evitar o pior. 

Só depois da tragédia que medidas (tardias) foram tomadas. Tanto a curva Tamburello quanto a curva Villeneuve foram remodeladas já para 1995. Ambas deixaram de ser de trechos alta velocidade e passaram a ser de média. A Variante Bassa também foi remodelada para os anos seguintes, e hoje já não existe mais graças ao aumento da reta de largada. 

Memorial em homenagem a Ayrton Senna em Ímola
Memorial em homenagem a Ayrton Senna em Ímola
Foto: @sennatheking / Twitter

Memorial e homenagens

Existe um memorial em homenagem a Ayrton Senna próximo à curva onde tudo aconteceu. O local se tornou um ponto de peregrinação para milhares de fãs do mundo inteiro, que vão ao até lá anualmente para lembrar do piloto brasileiro. 

Há ainda outras homenagens a Senna pelo circuito: um grande mural pintado pelo artista brasileiro Kobra exibe o rosto do piloto na torre de controle da pista. O museu do autódromo também conta com itens que remetem a Senna. Esse ano, um carro com um pintura especial dedicada ao piloto brasileiro será exposto durante o fim de semana do Grande Prêmio.

Schumacher é o rei de Ímola
Schumacher é o rei de Ímola
Foto: F1 / Twitter

O rei de Ímola

O fim de semana trágico de 1994 terminou com uma melancólica vitória de Michael Schumacher. Mas o que se via era o começo de uma era de glória para o piloto alemão. Ele viria a vencer outras seis vezes em Ímola, conquistando o recorde absoluto da pista com impressionantes sete vitórias.

Exceto a primeira, as outras seis vitórias de Schumacher foram conquistadas pilotando pela Ferrari, levando os tifosi à loucura. Maranello, sede da equipe vermelha, fica a apenas 80 km de Ímola.

Schumacher vence horas após o falecimento de sua mãe, em 2003
Schumacher vence horas após o falecimento de sua mãe, em 2003
Foto: F1 / Twitter

Vitória sob luto

A mais emblemática vitória do alemão em Ímola, certamente, foi a de 2003. Horas antes da corrida, Elisabeth, mãe de Michael e Ralf Schumacher, faleceu. Os dois voaram até a Alemanha às pressas para as últimas homenagens à mãe e voltaram à Itália a tempo de participar da corrida. Os dois largaram da primeira fila.

Apesar de enlutados, os irmãos mantiveram a concentração e correram com vigor. Os dois chegaram perto de bater roda na acirrada largada, com Ralf passando Michael para assumir a ponta. Ao fim da prova, foi Michael quem venceu, com seu irmão sendo 5º. Assim que acabou a cerimônia de premiação, ambos voaram novamente à Alemanha para ficar com a família.

Schumacher segura Alonso para vencer em 2006
Schumacher segura Alonso para vencer em 2006
Foto: F1 / Twitter

Schumacher x Alonso

O último triunfo no palco italiano, em 2006, foi decidido no finalzinho. O interminável Fernando Alonso tentou até os metros finais, mas não conseguiu passar Schumi. Foi o troco do ano anterior: em 2005, o que se viu foi um final de prova com Alonso trancando a porta e Schumacher desesperado tentando a ultrapassagem. 

Verstappen passa Hamilton na largada em Ímola, em 2021
Verstappen passa Hamilton na largada em Ímola, em 2021
Foto: F1 / Twitter

Hamilton 1 x 1 Verstappen

Desde o retorno de Ímola à F1, em 2020, quem venceu na pista se sagrou campeão. 

Em 2020, a vitória ficou com Lewis Hamilton. Ele era 3º, atrás de Valtteri Bottas e Max Verstappen, quando fez uma parada sob safety car virtual e pulou para 1º. Verstappen bem que tentou caçá-lo, mas sofreu um estouro de pneus e abandonou. 

Já em 2021, foi a vez de Verstappen. Com pista úmida, holandês pulou de 3º para 1º logo na largada e de lá não mais saiu. Hamilton errou pouco antes da metade da prova e caiu de 2º para 9º, mas conseguiu se recuperar e voltar ao 2º lugar. 

Parabólica
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