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Uma questão de peso (mínimo) na F1 2022

Às vésperas do início da temporada da F1, um tema que parecia superado voltou a ser levantado por várias equipes: o peso mínimo dos carros

2 mar 2022 - 07h00
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Segundo as notícias, a Alfa está na frente em questão de peso
Segundo as notícias, a Alfa está na frente em questão de peso
Foto: F1.com

Desde que o mundo é mundo, peso é algo que impacta diretamente em corrida de carro. Afinal, quanto mais leve, mais rápido se consegue andar. Ou até também compensar certos comportamentos do carro. Até algum tempo atrás, não era incomum as equipes construírem carros mais leves para poderem jogar melhor com o peso (lastro).

Mas para este ano, a situação ficou um tanto diferente. Nos últimos anos, o peso dos carros veio aumentando sistematicamente, especialmente por conta da segurança. Por isso mesmo os carros foram crescendo para poder acomodar as estruturas introduzidas, bem como compensar as perdas aerodinâmicas. Algo paralelo ao processo visto na indústria automobilística.

A FIA e a F1, além de buscar melhorar o espetáculo pelo lado aerodinâmico, procurou reforçar a segurança. Vários requisitos de absorção de impactos foram bem ampliados e levou a mais um aumento de peso. Além disso, o próprio regulamento reforçou as restrições ao uso de determinados materiais justamente por conta de custos e houve a mudança dos pneus. O quadro a seguir mostra a evolução do peso ao longo do tempo.

Evolução do peso ao longo dos anos na F1. Em verde, as alterações do peso para o novo regulamento
Evolução do peso ao longo dos anos na F1. Em verde, as alterações do peso para o novo regulamento
Foto: Sergio Milani

Nota-se que desde a versão inicial das novas regras, um significativo aumento havia sido previsto (de 752 para 775kg). Mas as equipes foram pedindo mais peso. A F1 acabou dando seguidos aumentos e fechou no início de dezembro em 795kg. Isso fica claro nas barras verdes do gráfico.

Lembrando que este peso é com o carro sem combustível e líquidos. O piloto não entra mais nesta conta desde 2019 e foi estabelecido um mínimo de 80kg para isso. Caso o peso fique abaixo, o lastro deverá ser colocado abaixo do posto do piloto, em posto estipulado pelo regulamento e devidamente verificado pela FIA.

Só que mesmo com os aumentos estabelecidos, as equipes se viram apertadas com o peso. A questão veio à tona através da alemã Auto Motor und Sport, dizendo que somente o carro da Alfa Romeo estaria mais próximo do limite de peso. O mesmo veículo diz que Ferrari e Mercedes também estariam sofrendo e que a Red Bull estaria na casa dos dois dígitos acima do mínimo. Nada foi confirmado, mas teria havido uma solicitação por parte dos times junto à FIA para que houvesse uma nova revisão.

Isso faria diferença, pois estima-se que 10kg significaria um acréscimo de 3 décimos no tempo em Barcelona. Em um cenário em que qualquer ganho de tempo impacta, qualquer coisa importa. Ainda mais com um regulamento técnico totalmente novo e uma restrição orçamentária imposta. Qualquer mudança tem que ser muito bem pensada e – principalmente – bem executada.

Normalmente, as equipes conseguem economizar peso quando constroem novas versões dos chassis por conta da distribuição das camadas de compósitos. Mas este ganho fica na casa de 2/3 kg. Não se pode pedir aos pilotos que emagreçam pois o peso é fixo. E o regulamento estabelece quais os materiais que devem ser usados, mesmo os alternativos (aqui entra o cânhamo nos bancos da McLaren). O caminho que os técnicos têm é muito estreito. E o choro é livre.

Mas o que fazer com quem conseguiu chegar ao limite? Deve ser penalizado? E a FIA abrir uma brecha deste tipo às vésperas do campeonato? Peso importa e muito. Mas há limites para ajustes e, caso a FIA abra alguma brecha neste sentido, o campeonato já começaria manchado.

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