Williams F1 define um piloto para 2023. Quem será o outro?
Williams confirma que Alex Albon seguirá no time em 2023 “e além”. Conheça as opções para o outro carro da equipe
A Williams anunciou nessa quarta-feira, 03, que Alex Albon continuará em seus quadros nos próximos anos. O comunicado oficial da equipe fala em uma renovação para 2023 “e além”, sem especificar a validade do acordo.
Albon, anglo-tailandês de 26 anos, estreou na F1 em 2019 pela Toro Rosso e foi promovido para a Red Bull ainda no decorrer de sua primeira temporada, permanecendo por lá até o fim de 2020. Depois de um 2021 como reserva das equipes do grupo taurino, voltou a pilotar como titular em 2022 pela Williams, mas mantendo vínculo com a Red Bull.
Quando do anúncio de Albon pela Williams, a Red Bull afirmava considerar Albon como “futura opção” para um de seus carros, e por isso optou por seguir com algum relacionamento com o piloto. Esse momento indefinido do futuro foi postergado com a extensão do contrato entre Sergio Perez e a Red Bull até 2024.
Sem vaga na Red Bull e desempenhando um bom trabalho na Williams, a renovação de Albon com a equipe comandada por Jost Capito parecia natural. Apesar de não haver uma confirmação quanto à extensão do novo contrato, é possível especular que seja até o fim de 2024, de modo que Albon volte a entrar no rol de opções da Red Bull após essa data.
O anúncio, mesmo que esperado, fecha mais uma opção na dança das cadeiras da Fórmula 1 para 2023. A Williams tinha seus dois pilotos com contratos válidos apenas até o fim de 2022. Se uma das vagas está definida, a outra segue em aberto.
E o outro carro?
Nicholas Latifi está na Williams desde 2019. Sua entrada na equipe deveu-se, em muito, ao apoio financeiro que levou à equipe em um momento de profunda crise financeira. Desde então, o cenário mudou. A família Williams vendeu o time para o fundo de investimentos norte-americano americano Dorilton Capital, que aportou recursos, e a situação se aliviou.
Com alguma autonomia para escolher seus pilotos mais por questões técnicas e menos financeiras (não que esse fator ainda não tenha um peso nas decisões), a Williams tem algumas opções à mesa.
Uma delas é a própria renovação de Latifi. O canadense conhece o time, tem bom relacionamento interno e, apesar de estar longe da prateleira de cima, tem alguns bons atributos. Ele tem andado próximo a Albon, e chegou a fazer bons treinos no passado recente, elevando sua estima dentro da equipe.
Logan Sargeant
Quem está se credenciando para uma vaga no time é Logan Saegeant, piloto da academia da Williams. Americano como a Liberty Media e a Dorilton Capital, ele preencheria a lacuna de um piloto os Estados Unidos, um velho desejo da categoria para alavancar ainda mais a audiência e o marketing por lá.
Sargeant é bem mais que uma mera peça de marketing, no entanto. Em sua primeira temporada completa na F2, ocupa o 3º lugar no campeonato e vem em uma crescente, mostrado evolução. Está escalado para pilotar pela Williams no treino livre do GP dos Estados Unidos.
Nyck de Vries
Piloto ligado à Mercedes, de Vries já é figura carimbada nas temporadas de especulação da F1. Pode-se dizer que é mais uma vítima da falta de vagas da categoria. O holandês venceu a F2, mas não encontrou espaço na categoria principal. Migrou para a F-E, onde também se sagrou campeão.
Esse ano, foi escalado para fazer um treino livre pela Williams – além de fazer outro pela Mercedes. Seu nome é bem-quisto no paddock, e ele já se mostrou um piloto capaz e versátil, apesar de ainda não ter experiência como titular na F1. Por ser ligado à Mercedes, que fornece unidades de potência à Williams, uma eventual negociação tende a ser facilitada.
Oscar Piastri
Oscar Piastri chegou a ter seu nome vinculado à Williams em boatos recentes. Na ocasião, imaginava-se que a Alpine, a quem o piloto é ligado, renovaria com Fernando Alonso e costuraria um acordo com a Williams para manter o jovem promissor em atividade. Mais ou menos como a Red Bull faz com Albon também na Williams.
Mas os acontecimentos dos últimos dias bagunçaram tudo. Alonso fechou com a Aston Martin e pulou fora da Alpine, que não tardou em anunciar Piastri. Esse, por sua vez, se manifestou dizendo que não iria correr pela equipe, dando a entender que estava negociando com outro time.
O rumou mais volumoso dá conta de que esse outro time seria a McLaren, que abriria mão de Daniel Ricciardo. Mas e se for a Williams? Difícil imaginar que Piastri bateria de frente com a Alpine para fechar com uma equipe que, hoje, anda mais atrás. Mas a possibilidade, mesmo que remota, existe.
Daniel Ricciardo
Ainda na esteira do rolo Alpine-Piastri, o mais provável é que o piloto feche com a McLaren e Daniel Ricciardo fique sobrando. Em se concretizando esse cenário, o caminho quase natural do experiente australiano seria um retorno à Alpine, pela qual correu quando a equipe ainda se chamava Renault. O próprio Otmar Szafnauer, chefe de Alpine, parece ser um fã da ideia.
Mas, se por acaso Piastri for para a McLaren e Ricciardo não fechar com a Alpine, ele pode ser uma opção interessante à Williams. Seu nome agregaria experiência ao time ele se manteria ativo na F1 - algo que parece ser seu plano para os próximos anos. Cabe lembrar que, até que se anuncie o contrário, Ricciardo segue como piloto da McLaren para 2023. Por enquanto, tudo são especulações nessa história.
Felipe Drugovich
A esperança brasileira merece ser alimentada. Drugovich é o atual líder da F2, e isso tem peso. Nada impede que a Williams demonstre interesse em seus serviços e faça uma proposta para que Felipe substitua Latifi.
Mas é preciso ser realista. Até o momento, nenhum rumor indica que isso esteja no radar da equipe. Se for o caso de pescar algum talento da F2, Sargeant está na frente de Drugovich na fila da Williams pelos motivos citados acima.