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Crítica: 'Cruella' é mistura de 'Coringa' com 'O Diabo Veste Prada'

Depois de Glenn Close, agora é Emma Stone quem encarna a versão jovem da vilã de "101 Dálmatas"

26 mai 2021 - 15h58
(atualizado em 31/5/2021 às 16h12)
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Hollywood descobriu um novo filão para faturar nas bilheterias: os filmes que contam as origens de vilões queridos do público. Depois de "Coringa", chegou a vez de Cruella De Vil, a vilã de cabelo meio branco, meio preto dos "101 Dálmatas". Glenn Close a viveu no famoso filme de 1996 (e numa sequência de 2000), e ela volta agora jovem e empoderada numa atuação perfeita de Emma Stone (Oscar de melhor atriz por "La La Land"). Saem os 101 dálmatas e ficam apenas três - mas com total importância na história.

São muitos os acertos da Disney que fazem de "Cruella" um filme bem divertido. O primeiro: ambientar o filme na Londres dos anos 70, com uma trilha sonora carregada do rock da época, de Zombies a Rolling Stones. O segundo: eleger como inimiga de Cruella - ou seja, a vilã da vilã - uma arrogante Baronesa da moda (Emma Thompson). Ansiosa para entrar no mundo fashion, Estella (a futura Cruella) consegue uma vaga no ateliê da Baronesa, mas vai comer o pão que o diabo amassou tendo que atender as suas extravagâncias. Não tem como não lembrar de "O Diabo Veste Prada"; e Thompson não fica atrás de Meryl Streep no papel da chefe carrasca.

O filme começa ainda na infância de Estella, quando ela torturava os garotos na escola e já ostentava seu famoso cabelo bicolor. Mas uma tragédia familiar a leva para Londres, onde se junta a dois meninos ladrões pé-de-chinelo para sobreviver. Eles ficam ao lado dela até Cruella se tornar uma grande fashionista, "causando" com suas performances na capital inglesa num período em que a ordem era detonar o "sistema".

Emma Stone em "Cruella"
Emma Stone em "Cruella"
Foto: Divulgação

A direção de Craig Gillespie (de "Eu, Tonya") não deixa o ritmo cair nem um segundo, equilibrando o filme entre a ação e uma ironia que talvez os adultos captem mais do que as crianças. E o roteiro faz um belo trabalho mantendo Estella/Cruella praticamente com uma dupla personalidade - enquanto a primeira foi a vítima de uma infância sofrida, quer apenas vencer na vida e conta sempre com os amigos, a segunda tem bastante prazer em torturar sua inimiga.

E vale o aviso: como em todos os filmes da Marvel, os créditos finais introduzem dois novos personagens que serão fundamentais na sequência. Sim, "Cruella 2" já está nos planos da Disney.

CRUELLA

Estreia nesta quinta 27/5 nos cinemas

A partir desta sexta 28/5 também no streaming apenas para assinantes da Disney+, para compra no Premier Access (R$ 69,90)

Classificação: 12 anos

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