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A China está construindo uma represa sem precedentes em uma área onde vivem milhões de pessoas; o problema é a atividade sísmica

Se um forte terremoto atingir a região e causar a ruptura dessa super-represa, milhões de pessoas poderiam ser afetadas em um evento catastrófico

12 mar 2025 - 13h15
(atualizado em 13/3/2025 às 11h27)
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Foto: Xataka

A nova megaconstrução da China é um dos projetos mais ambiciosos que o país já teve: uma super-represa tão monumental que deixaria em segundo plano a da Barragem das Três Gargantas, na província de Hubei, na China. A nova produz três vezes mais energia do que a espetacular estrutura de mais de dois quilômetros de comprimento. Mas, claro, há um problema.

A super-represa

É uma realidade: a China avança com a construção da super-represa de Motuo no Tibete, um projeto de infraestrutura sem precedentes que, se concluído, se tornará a maior usina hidrelétrica do mundo, aproveitando um desnível abrupto de 2.800 metros, superando a capacidade da Barragem das Três Gargantas (atualmente a maior do mundo).

Localizada no Grande Cânion do Yarlung Tsangpo, na fronteira com a Índia, a represa despertou preocupações ambientais, geopolíticas e humanitárias, especialmente devido à falta de transparência de Pequim sobre seu desenvolvimento. Especialistas alertam que o projeto representa uma "bomba d'água" para milhões de pessoas na Índia e em Bangladesh.

Riscos sísmicos

O Tibete é uma das regiões mais sísmicas do planeta, algo que já é sabido há muito tempo, pois está localizado na colisão da Placa Indiana com a Placa Euroasiática. De fato, um recente terremoto de magnitude 7.1 em Shigatse causou danos em cinco represas hidrelétricas e a morte de 134 pessoas, demonstrando a vulnerabilidade da infraestrutura na região. Embora a obra de Motuo possa ser projetada para resistir a terremotos, ...

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