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Áreas protegidas da Amazônia têm menor desmatamento em 10 anos no 1º semestre de 2024

De acordo com o Imazon, o primeiro semestre com maior desmate foi o de 2022, com 660 km², seguido por 2021, com 535 km²

24 jul 2024 - 12h55
(atualizado às 13h25)
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Mais de 200 focos de queimadas foram registrados em um só dia
Mais de 200 focos de queimadas foram registrados em um só dia
Foto: Reprodução

As unidades de conservação (UCs) da Amazônia tiveram o menor desmatamento dos últimos dez anos no primeiro semestre de 2024. É o que aponta o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon, que registrou devastamento de 93 km². O número representa queda de 18% quando comparado com o mesmo período de 2023.

Conforme a lei de nº 9.985 de 2000, as UCs consistem em espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

Na relatório divulgado pelo instituto de pesquisa, o primeiro semestre com maior desmate foi o de 2022, com 660 km², seguido por 2021, com 535 km². Nesses dez anos, em termos de comparação, a última vez que essas áreas de conservação tiveram menor desmatamento foi em 2017, com 181 km² (veja abaixo). 

Foto: Divulgação/SAD/Imazon

Em junho deste ano, os estados com mais áreas protegidas entre as dez mais desmatadas foram Acre e Rondônia, sendo cada um com três no ranking. No entanto, Pará registrou a UC que mais desmatou no mês. Conforme o Imazon, essa área é a APA Triunfo do Xingu, que sozinha representa a derrubada do equivalente a 700 campos de futebol. 

Terras indígenas

O estudo também aponta que as terras indígenas da região apresentaram redução na destruição florestal no primeiro semestre, com 15 km² derrubados. Essa é a menor área registrada desde 2016.

Foto: Divulgação/SAD/Imazon

"São dados positivos para a Amazônia, a redução do desmatamento nas unidades de conservação e terras indígenas é muito importante. Para que o desmatamento continue em tendência de queda, é necessário manter o ritmo de fiscalização nas áreas protegidas e focar nas regiões que ainda estão sob forte pressão ambiental. Qualquer redução nas ações de combate e controle podem acarretar no aumento da devastação nestes territórios novamente", afirmou em nota a pesquisadora Larissa Amorim.

Dados ainda são preocupantes

A Amazônia vinha apresentando queda no desmatamento há 14 meses seguidos, desde abril de 2023. No entanto, em junho deste ano, houve crescimento de 10% na derrubada, se comparado ao mesmo período do ano anterior, passando de 361 km² para 398 km². 

"A taxa é baixa quando consideramos a série histórica para junho. Devemos observar os próximos meses. Os órgãos responsáveis devem seguir com as ações de combate para garantir o não aumento do desmatamento", destaca Larissa.

Foto: Divulgação/SAD/Imazon

Do maior para o menor, os estados que mais contribuíram para a destruição de floresta em junho de 2024 foram: Amazonas (35%), Pará (26%) e Mato Grosso (15%). Juntos, eles concentram 77% do total detectado na Amazônia Legal. Cinco dos dez municípios que mais desmataram estão localizados no Amazonas, e outros três, no Pará.

Apesar disso, no acumulado do primeiro semestre, 2024 tem a menor área desmatada desde 2017, com 1.220 km². Conforme o Imazon, a diminuição chega a aproximadamente 36% quando comparada com o ano anterior. Apesar da queda, o número representa 670 campos de futebol devastados por dia. 

Fonte: Redação Terra
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