Assoreamento: o que é, como ocorre e consequências
O assoreamento é um fenômeno que ocorre quando pedras e lixo se acumulam no fundo dos rios e de corpos d'água, prejudicando o meio ambiente.
Assoreamento é o acúmulo de pedras, terra, lixo e outros materiais nos fundos de rios e corpos hídricos. É causado pela falta de mata, poluição e construção de barragens.
Assoreamento é o fenômeno que acontece em rios e cursos d'água, devido ao acúmulo de sedimentos — como pedras, rochas e até mesmo lixo descartado de maneira errada — nos leitos de rios, entre outros.
Desta forma, esse processo causa alterações no meio ambiente e, muitas vezes, altera permanentemente os fluxos de água. Rios antes navegáveis deixam de ser, outros acabam secando. Por isso, o assoreamento, por vezes, é combatido com trabalhos de prevenção ambiental.
O que é assoreamento?
O assoreamento de corpos hídricos é o acúmulo de pedras, terra, lixo e outros tipos de materiais no fundo de um fluxo de água — geralmente um rio.
Apesar de ser um fenômeno que acontece de forma natural, o assoreamento tem acontecido cada vez mais devido à ação humana e ao desmatamento. Isso porque o assoreamento ocorre devido à falta de mata ciliar, ou seja, de vegetação nas margens do corpo de água, que tem como função segurar e impedir que sedimentos caiam no rio.
O desmatamento também faz com que o solo fique menos resistente, podendo ser levado até o rio por fenômenos como chuvas e ventos, causando o assoreamento.
Qual a diferença entre erosão e assoreamento?
A erosão é o processo de deterioração dos solos. Assim como o assoreamento, ela pode acontecer por maneiras naturais, como chuvas ou vento, ou por intervenção humana.
No processo de erosão, a degradação do solo faz com que materiais expostos na superfície sejam deslocados até um terreno rebaixado. Por mudar o formato do solo, a erosão é considerada um processo modelador de relevo.
Por isso, o assoreamento é um tipo de impacto ambiental causado pelo processo de erosão, já que é durante a erosão que os sedimentos costumam cair nos corpos hídricos.
Diferentemente do assoreamento, a erosão é classificada de acordo com o agente que causa a corrosão e a intensidade que ela acontece. A classificação da erosão é a seguinte:
- Pluvial: que acontece devido à ação da água da chuva;
- Fluvial: que é causada pela ação da água dos rios;
- Glacial: que é causada por geleiras;
- Eólica: causada pela força dos ventos;
- Antrópica: causada pela interferência humana no ambiente.
Como ocorre o assoreamento?
O assoreamento ocorre quando sedimentos como pedras, terra, lixo são levados para o leito — ou seja, o fundo — de um corpo hídrico, como rios e cursos de água.
Ele pode ocorrer a partir do processo de erosão, ou de ação humana ao jogar lixo e itens próximos a corpos d’água. Também pode ser por ação de animais, por exemplo.
Esse fenômeno pode causar bancos de areia, extinção da vida animal naquele rio e escassez ou falta de abastecimento de água.
Quais são as causas do assoreamento?
Existem três causas principais do assoreamento. São elas:
- A falta de mata ciliar;
- A poluição por descarte incorreto de lixo;
- A construção de barragens.
Falta de mata ciliar
A mata ciliar é o nome dado à mata que fica nas margens dos corpos hídricos, funcionando como uma cobertura vegetal para impedir que um excesso de corpos estranhos caia nesses rios e cursos de água.
A retirada dessa mata faz com que o processo de assoreamento se intensifique, já que não há uma barreira entre o solo e o rio para impedir que sedimentos caiam na água.
Poluição por descarte incorreto de lixo
Além do descarte incorreto de lixo — sem a reciclagem correta dos materiais orgânicos —, detritos de construções e até mesmo esgoto acabam se acumulando no fundo de rios, causando o assoreamento.
Construção de barragens
A construção de barragens para usinas de energia hidrelétrica em locais que possuem fluxo de água mais lento causa o depósito de sedimentos nos fundos dos rios — além de, é claro, os detritos de construções também causarem o assoreamento em casos de construções como essas.
Quais as consequências do assoreamento?
As consequências do assoreamento vão além das consequências ambientais: também são sociais e de infraestrutura. Existem algumas consequências principais que precisam ser consideradas quando falamos sobre esse fenômeno.
Os cursos de rios e outros corpos hídricos podem ser desviados pelo assoreamento, além das águas ficarem mais rasas, dificultando a navegação pelos rios.
O assoreamento também diminui a capacidade dos corpos hídricos, o que pode levar à escassez de água tanto em grandes cidades quanto limitar a água que é utilizada para pecuária e agrícolas — causando desequilíbrio na economia baseada nessas atividades.
A água afetada pelo assoreamento por meio do descarte de lixo, esgoto e outros materiais orgânicos tornam-se impróprios para consumo e, com as chuvas intensas, as enchentes de rios costumam ser intensificadas pelo fenômeno. Isso pode causar o transbordamento de água e, consequentemente, tragédias em áreas perto desses locais.
Por fim, o assoreamento afeta a vida animal nos rios: ele faz com que a água se torne turva, o que, por sua vez, faz com que menos luz entre pela superfície.
A falta de luz afeta a fotossíntese de algas que vivem no fundo dos corpos hídricos, impedindo que o oxigênio usado por algas e peixes se renove. Com a falta de oxigênio, as espécies acabam morrendo — o que acaba com a vida na água daquele local.
Como evitar o assoreamento?
O assoreamento pode ser evitado por meio de ações de cuidado ambiental controladas. A principal delas é evitar a erosão do solo. Isso pode ser feito por meio de boas práticas agrícolas e pecuárias, que não prejudiquem o solo no qual os animais são criados ou as plantações são feitas.
Além disso, é muito importante manter o cuidado com matas ciliares, já que elas agem como uma barreira vegetal e natural que impede que detritos caiam nos corpos hídricos.
Em casos onde a mata ciliar não pode ser mantida, é importante trabalhar com o reflorestamento: plantando espécies de plantas perto das margens de rios, é possível impedir que sedimentos acabem neles.
Por último, é importante se atentar às ações humanas: fazer o descarte correto do lixo e do esgoto, evitando que esses detritos acabem nos fundos dos rios, e também planejar e limitar o represamento de rios para a construção de hidrelétricas.
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