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Paris-2024 se esforça para ser edição mais sustentável da história dos Jogos Olímpicos

95% das locações são reutilizadas ou construídas temporariamente para o evento

25 jul 2024 - 05h00
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Os Jogos Olímpicos de Paris vão ter pódios sustentáveis nesta edição
Os Jogos Olímpicos de Paris vão ter pódios sustentáveis nesta edição
Foto: Divulgação/Instagram/@paris2024

A Olimpíada de Paris, que começa oficialmente nesta sexta-feira, 26, e seguirá até 11 de agosto, se esforça para ser a edição mais sustentável da história. O Comitê Olímpico Internacional e a prefeitura da capital francesa se juntaram por iniciativas de conservação de energia, renovação, criatividade e manutenção do legado para a cidade.

O pódio dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris-2024 foi construído em plástico reciclável, foi projetado em módulos que servirão tanto para os Jogos Olímpicos quanto para os Jogos Paralímpicos. A parte da frente reproduz a "renda metálica" da Torre Eiffel. Já o interior dos três degraus é cinza em referência ao zinco dos telhados da capital francesa.

O lema de sustentabilidade não deve ficar apenas na teoria, e até os atletas vão sentir isso na prática. Isso porque o cardápio conta com pelo menos 60% das refeições à base de plantas. Os coolers na Vila Olímpica serão geotérmicos, para amenizar as altas temperaturas do verão na França.

Limpeza do Rio Sena

O Comitê Organizador estabeleceu objetivos de emitir menos da metade dos gases de efeito estufa dos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Para que a meta seja alcançada, foram adotadas diversas medidas, como a despoluição do Rio Sena.

Inclusive, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, até mergulhou no rio para mostrar que as águas não estão mais poluídas e têm condições de receber as provas da Olimpíada. Há 100 anos era proibido nadar no Sena por causa da poluição.

Prefeita Anne Hidalgo mergulha nas águas do Rio Sena
Prefeita Anne Hidalgo mergulha nas águas do Rio Sena
Foto: Abdul Saboor / REUTERS

Para viabilizar a limpeza do rio, foi preciso construir uma catedral subterrânea. A estrutura gigante tem 50 metros de largura e 30 metros de profundidade, e pode armazenar até 50 milhões de litros de água, o que equivale a 20 piscinas olímpicas.

A instalação foi construída para armazenar água da chuva e evitar que o rio Sena receba despejo de esgoto. O investimento é de aproximadamente 1,4 milhão de euros (cerca de R$ 8,5 milhões) e deve criar condições para que o grande público possa mergulhar no Sena a partir de 2025.

Outras ações

Estão previstos também o plantio de árvores para amenizar o calor do verão europeu, a instalação de painéis solares para eliminar geradores a diesel, e reutilização das estruturas de outros eventos, além de materiais oriundos de reciclagem. Na parte estrutural, 95% das locações são reutilizadas ou construídas temporariamente para o evento, incluindo o Stade de France e o Vélodrome de Saint-Quentin.

Entrada da Vila Olímpica em Paris onde ficam os atletas durante os Jogos
Entrada da Vila Olímpica em Paris onde ficam os atletas durante os Jogos
Foto: Reprodução Instagram/COB

Para diminuir o consumo de energia e reduzir a emissão de carbono no evento, o ar-condicionado sairá de circulação. Ou seja, os quartos da Vila Olímpica não terão o aparelho refrigerador.

A Vila Olímpica, aliás, foi construída de prédios em blocos separados, pensando na circulação de correntes de vento. O bairro é ligado à rede de refrigeração urbana, um sistema que bombeia água do rio Sena para tubulações subterrâneas. Assim, é possível reduzir a temperatura em até 6ºC em relação ao ambiente exterior.

Stade de France, o maior estádio do país, se transformou no Estádio Olímpico
Stade de France, o maior estádio do país, se transformou no Estádio Olímpico
Foto: Reprodução Instagram @stadefrance

Cadeiras feitas de plástico reciclado

A organização do evento anunciou que 11 mil lugares de duas arenas que vão sediar competições serão feitos de plástico reciclado. Oito mil serão construídos na Arena Multiuso Porte de La Chapelle, próxima à Torre Eiffel, enquanto outros três mil serão colocados no Centro Aquático Olímpico.

As cadeiras vão variar de cor, dependendo do tipo de plástico utilizado na sua produção. No total, 30 toneladas de material foram coletadas. A iniciativa é um esforço da organização para reduzir a emissão de carbono relacionada ao evento. Outras ações que envolvam conservação e renovação de energia também serão feitas para a competição.

Fonte: Redação Terra
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