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Biólogo tem contato acidental com caravela-portuguesa e fica com braço paralisado

Incidente ocorreu em uma praia em Fernando de Noronha (PE) no ano de 2009

29 jan 2024 - 12h29
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Caravelas-portuguesas são conhecidas popularmente por esse nome devido aos ventos, que as movimentam
Caravelas-portuguesas são conhecidas popularmente por esse nome devido aos ventos, que as movimentam
Foto: Foto:Istock

Um biólogo ficou com o braço paralisado após encostar acidentalmente em caravelas-portuguesas, animais marinhos frequentemente confundidos com água-viva. O incidente ocorreu em uma praia em Fernando de Noronha (PE) no ano de 2009.

Em entrevista ao Terra, o biólogo, mergulhador e educador ambiental Nauther Andres falou sobre a sensação de ter o braço paralisado e explicou o que deve ser feito após o acidente. “Na época, eu ainda não era biólogo, mas já possuía conhecimento sobre a espécie, pois frequento praias desde muito cedo. Quando tive contato com a caravela-portuguesa, eu estava na areia, e ela já estava morta e escondida. Mesmo após sua morte, ela liberou a toxina que deixou meu braço paralisado”, lembrou.

“Quando uma pessoa é atingida pela toxina que a caravela-portuguesa libera, ela deve ir rapidamente para um hospital. Para aliviar as dores no momento, também é indicado a utilização de vinagre no local que teve contato com os tentáculos do animal”, explica.

O que são caravelas-portuguesas?

Apesar de serem frequentemente confundidas com águas-vivas, as caravelas-portuguesas não pertencem a essa categoria, sendo, na verdade, uma espécie de sifonóforos, criaturas pequenas e transparentes do mar aberto.

Formadas por uma colônia de organismos especializados, apresentam uma bolsa flutuante colorida, semelhante a uma bexiga, e longos tentáculos com células urticantes abaixo. Suas toxinas podem causar irritações na pele e reações alérgicas.

Encontradas em águas tropicais e subtropicais, as caravelas-portuguesas são impulsionadas pelo vento e pelas correntes oceânicas, não possuindo mecanismos de propulsão próprios. Por viverem na superfície da água e terem uma aparência exótica, é comum que turistas, que não conhecem a espécie, queiram se aproximar ou até mesmo tocar no animal.

Fonte: Redação Terra
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