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Cientistas irão bombardear ilha remota com um milhão de ratos devoradores de aves; entenda

Ação deve ocorrer em 2027 e visa proteger a população de albatrozes-gigantes, que estão ameaçados

4 set 2024 - 05h00
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Albatrozes-gigantes da Ilha Marion
Albatrozes-gigantes da Ilha Marion
Foto: Divulgação/MouseFreeMarion

Os albatrozes-gigantes da Ilha Marion, localizada entre a África do Sul e a Antártida estão sob ameaça. Uma população invasora de camundongos, introduzida acidentalmente por navios de caça de focas no século XIX, está devorando as aves marinhas vivas, atacando não só os filhotes, mas também os adultos. Para reestabelecer o equilíbrio, cientistas planejam bombardear os 'ratos devoradores'.

Conservacionistas do Projeto Marion sem Ratos, iniciativa conjunta do governo sul-africano e da organização BirdLife South Africa, anunciaram um plano ambicioso para erradicar a população de ratos, estimada em até um milhão. A operação, prevista para ocorrer no inverno de 2027, terá o lançamento aéreo de 660 toneladas de pellets envenenados com raticida.

Os camundongos da Ilha Marion não são uma ameaça nova, mas seus ataques a albatrozes adultos, documentados em 2023, trouxeram nova urgência à situação. Esses roedores atacam as aves de forma agressiva e lentamente, causando ferimentos que frequentemente resultam em infecções letais ou em morte por inanição. 

Ratos atacam as aves, que morrem de infecção ou inanição
Ratos atacam as aves, que morrem de infecção ou inanição
Foto: Otto Whitehead/BirdLife South Africa

Os albatrozes, que não estão adaptados a enfrentar predadores terrestres, se tornam presas fáceis para os ratos, segundo a Live Science. Todos os anos, centenas de milhares de aves estão em risco devido aos ataques dos camundongos.

Não se trata do primeiro plano de contenção dos danos. Porém, tentativas passadas de controlar a população de camundongos na Ilha Marion foram desastrosas. Na década de 1940, por exemplo, gatos foram introduzidos na ilha para ajudar a conter os roedores. 

No entanto, os felinos se tornaram predadores ainda mais perigosos, matando centenas de milhares de aves por ano. A erradicação dos gatos só foi concluída décadas depois, em 1991, após um impacto devastador no ecossistema local.

Diferente das tentativas anteriores, a nova estratégia envolve o uso de um raticida específico, que foi escolhido por não prejudicar os invertebrados nativos nem as aves marinhas que se alimentam no mar. Os conservacionistas estão confiantes de que, ao lançar os pellets envenenados durante o inverno, quando os ratos estão mais desesperados por alimento, será possível eliminar a população de roedores de forma mais eficaz.

O sucesso deste projeto é vital para restaurar o equilíbrio ecológico da Ilha Marion e proteger as aves que dependem do habitat único da ilha. "É crucial eliminar todos os ratos. Se um único casal sobreviver, eles podem se reproduzir e reiniciar o ciclo de destruição", alertou Mark Anderson, CEO da BirdLife South Africa.

Fonte: Redação Terra
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