Com a queda nos preços, painéis solares passam a ser usados como cerca na Europa
Nova forma de instalação também dribla o alto custo de instalação do equipamento no telhado; entenda
Por causa da oferta excessiva de painéis solares produzidos na China, os preços caíram para metade do valor em relação ao ano passado. A oferta levou a uma nova forma de utilização para os equipamentos: como cerca para casas e jardins, em especial na Alemanha e Holanda.
A queda dos preços dos painéis solares na Europa é tão grande que eles ganharam uma nova utilização: cerca para casas e jardins principalmente em países como Alemanha e Holanda.
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A alternativa também foi uma forma de driblar o alto custo da instalação dos painéis nos telhados, que envolve o aluguel de andaimes e aumento do custo da mão-de-obra nesses países.
“Onde os próprios painéis são incrivelmente baratos, as restrições [de uso] passam a ser os custos de instalação. Por que colocar uma cerca quando você pode simplesmente colocar uma carga de painéis solares, mesmo que eles não estejam exatamente alinhados ao sol?” afirma Martin Brough, chefe de pesquisa climática do BNP Paribas Exane, ao Financial Times.
Um excesso de produção na China deixou o mercado de painéis solares superaquecido. Segundo a publicação, a expectativa é que a oferta mundial desses geradores de energia atinjam 1.100 gigawatts até ao final deste ano. O número é 3 vezes maior do que a atual procura, estima a Agência Internacional de Energia.
Com o excesso de oferta, os preços caíram. Segundo a BloombergNEF, um painel solar custava 11 centavos de dólar/watt no final de março, apenas metade do preço que estava no mesmo período do ano passado.
O Conselho Europeu de Fabricantes de Energia Solar alertou em fevereiro que os fabricantes de painéis da Europa em breve começariam a fechar se nenhuma assistência de emergência fosse fornecida.
O alerta foi confirmado por diferentes empresas. A francesa EDF disse ao jornal que sua produtora de painéis solares, Photowatt, "enfrenta dificuldades para encontrar equilíbrio econômico". Já a italiana FuturaSun, que fabrica painéis na China para vender na Europa, já projeta a fabricação de um produto mais simples e com menos capacidade de produção de energia, que forneça "megawatts" ao invés de "gigawatts", como alternativa.