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Como escolher o ar-condicionado considerando a sua sustentabilidade e eficiência

Aparelhos considerados ecológicos são aqueles que usam gases menos danosos ao meio ambiente; entenda

16 fev 2024 - 05h00
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Foto: Getty Images

Quando chega o verão, o brasileiro já sabe: janelas abertas, roupas confortáveis, ventilador na potência máxima ou ar-condicionado ligado. Se antes do aquecimento global tornar-se uma realidade a busca pelo ‘conforto térmico’ já existia, a tendência é que o resfriamento passe a ser uma questão de sobrevivência e de geração de energia mais sustentável.   

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alerta: o resfriamento já é responsável por mais de 70% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), e a demanda pelo conforto térmico deve triplicar até 2050. Mas, qual a relação dos GEEs com a emissão de CO2? 

Alguns modelos de ar-condicionado utilizam gases como os CFCs (clorofluorcarbonetos) que, ao serem liberados na atmosfera, destroem a camada de ozônio. A boa notícia é que com adoção do Protocolo de Montreal dos anos 1990, e os avanços das pesquisas, já existem opções menos agressivas ao meio ambiente. 

“Os aparelhos de ar-condicionado ecológicos, ou sustentáveis, utilizam estes gases alternativos, que são menos danosos ao ambiente. No Brasil, os tipos de gás muito utilizados são o R22 e o R410a. Alguns fabricantes já utilizam o tipo R-32, que possui um impacto ainda menor”, explica Rene Marcelino Abritta Teixeira, Doutor em Engenharia Elétrica e Coordenador do curso de Engenharia Elétrica da FMU.

Atenção na hora da compra

O ideal é que o consumidor fique atento também às características técnicas do produto na hora da compra. Equipamentos mais baratos até podem pesar menos no bolso na hora da compra, mas, a médio e longo prazo, irão "gastar mais" e provocar "um impacto ambiental maior". 

“É importante observar o tipo de gás que ele utiliza e a sua eficiência energética. Aparelhos menos eficientes consomem mais energia e refrigeram menos. Este é o aspecto mais importante a ser levado em consideração. Ao consumir, deve-se ficar atento às etiquetas de eficiência dos aparelhos”, ressalta Teixeira. 

Segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE), o uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores elétricos são responsáveis por quase 20% do total de eletricidade usada atualmente em edifícios em todo o mundo. A tendência é que este número aumente, já que o planeta caminha para aquecer 3°C até o final do século.

O desafio para garantir o resfriamento de residências e prédios com menor impacto ambiental é global. “Uma usina hidrelétrica, por exemplo, gera energia renovável, mas a construção da usina e o represamento da água causam um impacto muito grande para todo o ecossistema local", reflete Teixeira.

Algumas estratégias como o arrefecimento passivo, como mudanças na orientação e layout da residência,  uso de ventilação, tintas refletivas e sombreamento natural fazem a diferença e podem salvar vidas. Além disso, de acordo com a AIE, o investimento e uso de aparelhos de ar-condicionado mais eficientes pode também reduzir pela metade a demanda futura de energia. 

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Fonte: Redação Terra
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